ÁREA: Iniciação Científica

TÍTULO: Comparativo da eficiência inibitória de extratos de plantas na corrosão do cobre em HNO3 1M para diferentes períodos

AUTORES: PAIVA, D.V.M. (UECE) ; ARAUJO, S.V.L. (UECE) ; ARRUDA, J.G.C. (UECE) ; FILHO, M.A.N.S. (UECE) ; SLIVA, R.C.B. (UECE)

RESUMO: O cobre e suas ligas são usados em equipamentos na indústria química. Os inibidores de corrosão usados, em sua maioria, são tóxicos e caros. A exploração de produtos naturais de origem vegetal como inibidores de corrosão baratos é um campo essencial de estudo. O presente trabalho analisa comparativamente a eficiência inibitória (EI) de extratos etanólicos das plantas Pectis oligocephala, Pectis apodocephala e Talisia esculenta, como inibidores de corrosão do cobre em HNO3 1M. Com a técnica de polarização potenciodinâmica de varredura linear obtiveram-se as curvas de polarização. Os extratos das plantas usadas mostram baixos valores de EI. Os valores de EI das soluções com extratos depois de aproximadamente 10 meses estocadas são todos negativos.

PALAVRAS CHAVES: cobre, extrato, polarização

INTRODUÇÃO: Cobre e suas ligas são amplamente utilizados em muitos tipos de equipamento na área da química (Moretti et al., 2002). Com a exposição e a alta freqüência de uso do cobre, tem-se o aparecimento de produtos da corrosão que interferem negativamente a eficiência dos sistemas. Os depósitos podem ser dissolvidos utilizando tratamentos com soluções de ácidos inorgânicos ou orgânicos (Quartarone et al., 2008). Vários trabalhos têm sido realizados sobre o uso de compostos orgânicos como inibidores da corrosão de metais em meio ácido agressivo. (Barouni et al., 2008). Um dos métodos mais usados para redução da taxa de corrosão do metal é a adição de inibidores. (El-Etre et al., 2005). A exploração de produtos naturais de origem vegetal como inibidores de corrosão baratos e ecológicos é um campo essencial de estudo (Oguzie, 2008). Modernas exigências sanitárias, de higiene e ecológicas tornam urgente substituir os inibidores de corrosão tóxicos por aqueles que tenham efeitos equivalentes (Sizaya et al., 2008). O presente trabalho analisa comparativamente o comportamento da eficiência inibitória (EI) de extratos etanólicos das plantas Pectis oligocephala (extrato 1), Pectis apodocephala (extrato 2) e Talisia esculenta (extrato 3), do semi-árido nordestino, conhecidas vulgarmente como “limãozinho, “chá-de-moça” e “pitombeira”, respectivamente, da corrosão do cobre em HNO3 1M em diferentes períodos de tempo. Os extratos citados apresentam em sua composição taninos flabofênicos, esteróides livres e saponinas, verificados em testes fitoquímicos. Para o presente trabalho foi usada a técnica de polarização potenciodinâmica de varredura linear.

MATERIAL E MÉTODOS: Cobre e suas ligas são amplamente utilizados em muitos tipos de equipamento na área da química (Moretti et al., 2002). Com a exposição e a alta freqüência de uso do cobre, tem-se o aparecimento de produtos da corrosão que interferem negativamente a eficiência dos sistemas. Os depósitos podem ser dissolvidos utilizando tratamentos com soluções de ácidos inorgânicos ou orgânicos (Quartarone et al., 2008). Vários trabalhos têm sido realizados sobre o uso de compostos orgânicos como inibidores da corrosão de metais em meio ácido agressivo. (Barouni et al., 2008). Um dos métodos mais usados para redução da taxa de corrosão do metal é a adição de inibidores. (El-Etre et al., 2005). A exploração de produtos naturais de origem vegetal como inibidores de corrosão baratos e ecológicos é um campo essencial de estudo (Oguzie, 2008). Modernas exigências sanitárias, de higiene e ecológicas tornam urgente substituir os inibidores de corrosão tóxicos por aqueles que tenham efeitos equivalentes (Sizaya et al., 2008). O presente trabalho analisa comparativamente o comportamento da eficiência inibitória (EI) de extratos etanólicos das plantas Pectis oligocephala (extrato 1), Pectis apodocephala (extrato 2) e Talisia esculenta (extrato 3), do semi-árido nordestino, conhecidas vulgarmente como “limãozinho, “chá-de-moça” e “pitombeira”, respectivamente, da corrosão do cobre em HNO3 1M em diferentes períodos de tempo. Os extratos citados apresentam em sua composição taninos flabofênicos, esteróides livres e saponinas, verificados em testes fitoquímicos. Para o presente trabalho foi usada a técnica de polarização potenciodinâmica de varredura linear.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: As curvas de polarização ilustradas na Figura 1 mostram que, com adição dos extratos, os valores de corrente na região catódica diminuem, enquanto na região anódica os valores de corrente aumentam em relação à condição ausente de extrato. Enquanto que as curvas de polarização, exibidas na Figura 2, evidenciam que, com adição dos extratos, os valores de corrente na região catódica e anódica aumentam. É notado na Tabela 1, que, na presença dos extratos, os valores do potencial de corrosão Ecorr nas duas situações tendem a valores mais negativos em relação ao valor de potencial na ausência do extrato. Este aspecto indica a inibição da reação catódica. Na Tabela 1, o valor de corrente de corrosão Icorr na presença dos extratos 1 e 2 (100 ppm) na situação I aponta para maior EI pois este valor é menor do que aquele observado para a solução ausente de extrato e para as soluções contendo os extratos isoladamente. Comparativamente, o valor de Icorr obtido na situação II sugere que o extrato colabora para o processo corrosivo. Todavia, na solução com extrato 3 nas duas situações, é notado que a Icorr é maior do que na ausência deste. Este fato aponta que a dissolução do cobre ocorre, incrementada pela presença do extrato 3, e que o comportamento do aditivo em solução é o mesmo nas duas situações (valores alocados na Tabela 1). Os valores de EI das soluções com extratos na situação II são todos negativos, ou seja, os extratos, após período de estocagem em solução, devem sofrer degradação significativa, alterando o comportamento da mesma.





CONCLUSÕES: Os resultados revelam que os três extratos não são inibidores de corrosão para o cobre em HNO3 1M. O valor negativo de EI para o extrato 3 nas duas situações revelam a coincidência de resultados, ou seja, o extrato possui o mesmo comportamento em solução. As curvas de polarização nas duas situações mostram que, na presença dos extratos, os valores de Ecorr tendem a valores mais negativos em relação ao valor de potencial na ausência do extrato, evidenciando certa inibição catódica. Os valores de EI das soluções com extratos na situação II são todos negativos, ou seja, são degradados em solução.

AGRADECIMENTOS: Os autores expressam sinceros agradecimentos a FUNCAP.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: Moretti, G.; Guidi, F. 2002. Tryptophan as copper corrosion inhibitor in 0.5 M aerated sulfuric acid. Corrosion Science, 1996: 1995–2011

Quartarone, G.; Battilana, M.; Bonaldo L.; Tortato T. 2008. Investigation of the inhibition effect of indole-3-carboxylic acid on the copper corrosion in 0.5 M H2SO4. Corrosion Science, 50: 3467–3474

Barouni, K.; Bazzi, L.; Salghi, R.; Mihit, M.; Hammouti, B.; Albourine, A.; El Issami, S. 2008. Some amino acids as corrosion inhibitors for copper in nitric acid solution. Materials Letters, 3325: 3325–3327

El-Etre, A.Y.; Abdallah, M.; El-Tantawy, Z.E. 2005. Corrosion inhibition of some metals using lawsonia extract. Corrosion Science, 386: 385–395

Oguzie E. E. 2008. Evaluation of the inhibitive effect of some plant extracts on the acid corrosion of mild steel. Corrosion Science, 50: 2993–2998

Sizaya O. I.; Savchenko O. N.; Korolev A. A.; Ushakov V. G. 2008. Adsorption of inhibitors based on vegetable raw materials at steel. Protection of Metals, 44: 248–252

Gunasekaran, G.; Chauhan, L.R. 2004. Eco friendly inhibitor for corrosion inhibition of mild steel in phosphoric acid médium. Electrochimica Acta, 4388: 4387–4395