ÁREA: Iniciação Científica

TÍTULO: FORMAÇÃO INICIAL DO PROFESSOR DE QUÍMICA E SUAS NECESSIDADES FORMATIVAS: IMPLICAÇÕES SOBRE A PRÁTICA PEDAGÓGICA .

AUTORES: BRITO, M. V. (IFPI) ; SOARES, M. F. C. (IFPI)

RESUMO: Objetivo da presente pesquisa é investigar a formação inicial dos professores de
Química e caracterizar numa perspectiva didática e metodológica as maiores dificuldades
de aprendizagem no Ensino de Química, evidenciando aulas práticas com método para
superar tais dificuldades. O instrumento de coleta de dados foi o questionário, os
sujeitos da pesquisa foram 10 professores que lecionam atualmente na Rede Estadual, na
cidade de Parnaíba-PI, 05 deles na categoria de efetivo e 05 na de substituto,
analisou-se apenas os 05 professores efetivos da amostra total. Observa-se que as bases
formativas refletem nas dificuldades dos alunos e dificilmente conseguem associar
teoria e prática. A maioria dos docentes busca fazer dessas dificuldades uma ferramenta
para melhorar sua prática pedagógica.

PALAVRAS CHAVES: formação docente, dificuldades de aprendizagem, aulas práticas.

INTRODUÇÃO: O Ensino de Química em tempos atrás estava se tornando cada vez mais sistemático, ou
seja, transmissivo pautado no ensino tradicionalista e com único método o mérito
classificatório para exames de vestibulares. Fato com esse faz gerar problemas na
aprendizagem em Química, bem como reflete a importância do professor pesquisador do
seu próprio ensino. A existência de uma desconsideração do ensino como fator que
reflete nos problemas de aprendizagem por alguns professores, geralmente é porque
eles não fizeram de maneira consistente o curso de licenciatura em Química ou sua
formação foi pouco baseada nos processo de ensino-aprendizagem, como também em
teorias inovadoras. Sabe-se que o ensino reflete sobre a aprendizagem, e que as
dificuldades na aprendizagem em Química geram consequências na forma com os alunos
mobilizam os saberes empíricos a partir dos saberes científicos transmitidos e
produzidos pelos professores. O uso de aulas práticas ainda é considerado por muitos
professores como um mecanismo didático para amenizar as dificuldades de compreensão,
mas devem partir de hipóteses, situações problemas e identificação de variáveis e não
apenas considerada uma ferramenta que complementa a teoria. Objetivo da presente
pesquisa é investigar a formação inicial dos professores de Química e as implicações
sobre sua ação docente, bem com caracterizar numa perspectiva didática e metodológica
as maiores dificuldades de aprendizagem no Ensino de Química, ressaltando o uso dos
experimentos com método principal para superar essas dificuldades.

MATERIAL E MÉTODOS: A presente pesquisa é de natureza qualitativa, os sujeitos da pesquisa foram 10
professores que lecionam atualmente na Rede Estadual de Ensino, em escolas públicas da
cidade de Parnaíba-PI, 05 deles são efetivos e 05 são substitutos. O questionário
semiestruturado contendo oito questões foi o instrumento utilizado para a coleta de
dados, que permitiu obter informações a respeito da formação docente, importância do
conhecimento científico como prática social, mobilização dos saberes docentes,
necessidades formativas, dificuldades no ensino de química, e o uso de aulas práticas
como método didático inovador, sendo que dos temas tratados acima apenas três últimos
citados serão discutidos com resultados preliminares da primeira analise do trabalho de
Iniciação Cientifica.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Com relação ao perfil dos sujeitos pesquisados verificou-se que dos cinco (05)
professores analisados quatro possuem Licenciatura Plena em Química e um (01) possui
formação em Ciências com habilitação em Química. Na 1ª categoria relacionada as
necessidades formativas, 2/5 dos professores afirmaram que na sua graduação foi
trabalhado muitas teorias sem nenhuma relação prática com o uso de vidraria e
aparelhagem de laboratório, 2/5 afirmaram que adquiriram conhecimentos específicos
suficientes para trabalhar com a Química, no entanto a base pedagógica deixou
lacunas, e 1/5 afirmou que adquiriu conhecimentos para trabalhar a disciplina. Na 2ª
categoria relativa a dificuldade de aprendizagem em química 2/5 dos professores
descreveram que as maiores dificuldades é o fato de que muitos alunos não conseguem
relacionar o conhecimento cientifico com situações reais do cotidiano, outros 2/5
afirmaram que essas dificuldades também são bastante plausíveis devido a pouca base
matemática e a falta de lógica interpretativa, 1/5 afirmou que não senti nenhuma
dificuldade em transmitir e produzir os conteúdos de química e não justificou o
porque de sua afirmação. Todos responderam que os conteúdos mais complexos na visão
dos alunos são os que envolvem cálculos como cálculos estequiométricos, concentração
de soluções, equilíbrio químico, devido a pouca base matemática. Na 3ª categoria que
trata do uso de aulas práticas como método didático inovador, 4/5 dos professores
afirmaram que realizam aulas práticas com experimentos e também fazem uso de recursos
áudios-visuais como data-show e DVDs, apenas 1/5 dos professores afirmou não realizar
nenhuma atividade inovadora, pois a escola não dispõe de condições para tal
realização.


CONCLUSÕES: Pode-se afirmar a partir das escritas dos professores que as necessidades formativas
na formação docente refletem nas práticas atuais, visto que existem professores que
tem receio de trabalhar com aulas práticas devido a pouca base no laboratório e
outros sentem dificuldades em lidar com situações que requerem estratégias
pedagógicas. A maioria busca fazer dessas dificuldades uma ferramenta para melhorar o
trabalho, apesar da pouca base especifica e pedagógicas, fazem uso de aulas práticas
e de recursos didáticos inovadores com intuito de tornar o Ensino de Química mais
produtivo possível.


AGRADECIMENTOS: PROGRAMA DE APOIO À PESQUISA CIENTÍFICA E/OU TECNOLÓGICA DO IFPI


INSTITUTO FEDERAL DO PIAUÍ- IFPI


PRÓ-REITORIA DE PESQUISA

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: 1- FERREIRA, Luiz Henrique; HARTWIG, Dácio Rodney; OLIVEIRA, Ricardo Castro. Ensino experimental de química: Uma abordagem investigativa contextualizada. Química nova na escola. Vol.32, nº 2, p. 101-106, maio. 2010.
2- GERALDO, Antonio Carlos Hidalgo. Didática de Ciências naturais. Campinas, SP. Autores Associados. 2009, 170p.
3- SALVADEGO, wanda Naves Cocco; LABURÙ, Carlos Eduardo. Uma analise das relações do saber profissional do professor do Ensino Médio com a atividade experimental no ensino de química. Química nova na escola. Vol.31, nº3. P.216-223. Agosto,2009.
4- SOARES, Maria de Fátima Cardoso. MENDES SOBRINHO, José Augusto. Saber experiencial de docentes de ciências naturais que atuam nas séries iniciais do ensino fundamental: formas de aquisição e mobilização. MENDES SOBRINHO, José Augusto de Carvalho. In: MENDES SOBRINHO, José Augusto de Carvalho (Org.) Práticas pedagógicas em ciências naturais: abordagem na escola fundamental. Teresina: EDUFPI, 2008. p. 169-202.