ÁREA: Iniciação Científica

TÍTULO: Avaliação do teor proteico de frutos nativos do cerrado do Maranhão, Tocatins e Pará.

AUTORES: ALBUQUERQUE, M.C.M. (CESI/UEMA) ; SOUSA, G.S. (CESI/UEMA) ; SILVA, E.C. (CESI/UEMA) ; SILVA, D.S. (CESI/UEMA) ; FERNANDES, E.N. (CESI/UEMA; U)

RESUMO: O presente trabalho apresenta a determinação proteína total empregando o método do
Biureto em extrato bruto de frutas da região do cerrado dos estados do Maranhão,
Tocantins e Pará. As seguintes frutas foram selecionadas para serem estudadas: açaí
(Euterpe oleracea Mart.); buriti (Mauritia flexuosa L. f.); cajá (Spondias mombin )
murici (Birsonima crassifonia L. Rich.). Os resultados obtidos indicaram que o teor de
proteína nas frutas estudadas variam dentro das regiões dos estados. Dentre as frutas
estudadas o açai foi o que apresentou os maiores teores de proteína, o valor máximo
encontrado para esta espécie foi de 44 g/L de proteína; os menores valores foram
apresentados pelo cajá, 0,63 g/L.

PALAVRAS CHAVES: frutas do cerrado; proteinas; biureto

INTRODUÇÃO: As proteínas são macromoléculas complexas, compostas de aminoácidos, necessárias para
os processos químicos que ocorrem nos organismos vivos. Muitas pesquisas têm sido
desenvolvidas e demonstram que as fontes protéicas de origem vegetal são muito mais
econômicas, mais ecológicas, são saborosas e melhores para a saúde. A importância das
proteínas está relacionada com suas funções no organismo, e não com sua quantidade.
Todas as enzimas conhecidas, por exemplo, são proteínas. (LEHNINGER, 2007).As
frutíferas do Cerrado ocupam lugar de destaque, seus frutos são comercializados em
feiras da região com grande aceitação popular; os frutos das espécies nativas do
cerrado oferecem um elevado valor nutricional, além de atrativos sensoriais como,
cor, sabor e aroma peculiares e intensos, ainda pouco explorados comercialmente
(RODRIGUES, 2004; ÁVIDOS e FERREIRA, 2011). As frutas do cerrado, são bastante
apreciadas pela população da região, entretanto do ponto de vista científico ainda há
poucos estudos voltados para a esta área. Neste contexto, o presente trabalho
apresenta a determinação proteína total empregando o método do Biureto em extrato
bruto de frutas da região do cerrado dos estados do Maranhão, Tocantins e Pará. As
seguintes frutas foram selecionadas para serem estudadas: açaí (Euterpe oleracea
Mart.); buriti (Mauritia flexuosa L. f.); cajá (Spondias mombin )murici (Birsonima
crassifonia L. Rich.), buscando-se um mapeamento do perfil do comportamento do teor
proteíco apresentado pelas espécies estudadas nas diferentes regiões avaliadas.


MATERIAL E MÉTODOS: Todas as soluções foram preparadas com água destilada, utilizando reagentes de grau
analítico, conforme procedimento descrito na literatura por Fatibello et al 2002. A
detecção espectrofotométrica foi feitaempregando-se um espectrofotômetro (Femto 700
plus). A centrifugação do homogenato vegetal foi empregado uma centrifuga
refrigerada (Hermle, modelo Z 36HK). As operações de pesagem foram realizadas em uma
balança analítica digital, NETTLE, modelo Toledo AG45, precisão 0,0001g. Após a
lavagem e secagem, 25 g do tecido vegetal descascado foram picados e homogeneizados
em um liquidificador com 100 mL de tampão fosfato 0,1 mol L-1 (pH 6,5) contendo 2,5 g
de agente protetor (PVP’s). Em seguida, o homogenato foi filtrado em quatro camadas
de gazes e centrifugado a 9500 r.p.m. durante 28 minutos e 30 segundos a 4°C. A
solução sobrenadante foi empregada para a determinação de proteínas totais. A
determinação de proteína foi feita empregando-se o método do Biureto, no qual foi
adicionado a cada alíquota de 0,2 mL da amostra, 1,0 mL de reagente Biureto e 0,5 mL
de água destilada, o produto dessa reação foi monitorada espectrofotometricamente a
546 nm.


RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram analisados os extratos brutos obtidos de frutas do cerrado de diferentes
regiões dos estados avaliados. Verificou-se que o fator da sazonalidade influencia na
ocorrências dos frutos, variando entre os estados. Os resultados foram obtidos de uma
série de 9 repetições para cada amostra. Foram analisadas um total de 27 amostras. Os
resultados apresentados destacaram o acaí como o fruto de maior valor de proteína
total, variando em uma faixa de 8 a 44 g/L de proteína. O segundo maior teor protéico
foi apresentado pelo buriti, onde os resultados variaram de 6,8 a 17,5 g/L de
proteína total. O murici apresentou valores que variaram de 2,6 a 8 g/L, enquanto o
cajá foi o que apresentou os menores teores de proteína, variando de 0,6 a 1,32 g/L.
Para todas as frutas avaliadas foi verificado um comportamento similar quanto a
variação de seus teores dentro das mesmas regiões estudadas. Estes resultados indicam
a necessidade da realização de estudos que correlacione os valores apresentados com
as condições climáticas de cada região analisada, assim como as condições do solo,
temperatura, umidade, dentre outros.

CONCLUSÕES: Os resultados obtidos demonstraram uma grande variação nos teores de proteína total
entre as espécies estudadas. Os dados obtidos são de extrema importância para
trabalhos futuros onde haja uma interdisciplinaridade para que se avalie as
características analíticas das frutas do cerrado correlacionando com as condições
climáticas, solo, umidade, temperatura, das regiões estudadas.

AGRADECIMENTOS: PIBIC/CNPQ/UEMA; CCSST/UFMA

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