ÁREA: Alimentos
TÍTULO: Caracterização físico-química de méis produzidos em quatro regiões do município Apodi RN
AUTORES: TÔRRES, W. L. (UFERSA) ; MARTINS, J. C. P. (UFERSA) ; OLIVEIRA, T. A. (UFERSA) ; AROUCHA, E. M. M. (UFERSA) ; MOURA, A. A. C. (UFERSA) ; MAIA. P. M. E. (UFERSA) ; FERREIRA. R. M. A. (UFERSA)
RESUMO: Este trabalho teve como objetivo caracterizar físico-quimicamente méis de abelha (Apis
mellifera L.) produzidos em quatro regiões do município de Apodi RN. Para isto, foram
coletadas amostras de méis de abelha Apis mellifera diretamente dos produtores e essas
foram transportadas para o Laboratório de Tecnologia de Alimentos da Universidade
Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), onde foram determinadas: umidade, teor de
hidroximetilfurfural (mg/kg), acidez livre, cinzas (%) e pH. Os dados foram submetidos
à análise de variância e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de
probabilidade. Verificou-se que alguns dos méis analisados não atenderam as
especificações vigentes na legislação para os parâmetros avaliados.
PALAVRAS CHAVES: características físico-químicas; mel; qualidade.
INTRODUÇÃO: O mel é produto biológico com composição que varia com a flora e ainda sofre
influência das condições climáticas e endafoclimáticas da região onde foi produzido.
Suas características físico-químicas devem ser estudadas, principalmente nas regiões
tropicais,onde existe grande diversidade de flora apícola associada as taxas elevadas
de temperaturas e umidade(SODRÉ,2002).As análises físico-químicas de mel é de extrema
importância para a manutenção da qualidade do mel, e segurança dos seus
consumidores.Os padrões já estabelecidos por órgão de fiscalização internacionais e
nacionais possibilitam a fiscalização de méis de diferentes origens, bem como suas
alterações, que podem acabar por interferir na qualidade final do
produto(carvalho,2000). A instrução normativa nº 11 de 11 de outubro de 200
regulamenta os padrões de identidade e qualidade do mel, preconizando suas
características sensoriais, físico-químicas , através da fixação de valores de
referencias, que muitas vezes podem ser utilizados na pesquisa de adulterações ou
processamento inadequado(Brasil, 2000).Este trabalho teve por objetivo a
caracterização físico-química de méis de abelha(Apis mellifera L.) produzido em
quatros regiões do município de Apodi-RN.
MATERIAL E MÉTODOS: Os méis que foram analisados neste projeto foram os de pequenos produtores rurais
localizados no município de Apodi-RN As amostras foram retiradas conforme a produção
de méis dos apicultores totalizando para as analises um total 500 gramas por amostra.
Em seguida foi transportado para o Laboratório de Química do Departamento de
Agrotecnologia e Ciências Sociais da Universidade Federal Rural do Semi-Árido
(UFERSA), campus de Mossoró, onde as amostras foram analisadas imediatamente quanto a
umidade, pH, acidez livre, cinzas e hidroximetilfurfural(HMF), utilizando os métodos
da A.O.A.C.(1990). O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente
casualizado, com quatros regiões e três repetições por cada região. As analises de
variâncias das características avaliadas foram realizadas através do aplicativo
software SISVAR(FERREIRA,2003)Os tratamentos foram testado pelo teste de Tukey ao
nível de 5% de probabilidade.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Pode-se observar que houve diferença significativa entre todas as características
dos méis (tabela 1).Verificaram-se diferenças na umidade dos méis analisados, sendo
que duas regiões apresentaram umidade superior a 20% (Brasil, 2000). A umidade é uma
das características mais importantes por influenciar na sua viscosidade, peso
específico maturidade, cristalização, sabor, conservação e palatabilidade do mel.
Segundo Schweitzer(2001), se for acima desse valor, maior será o risco de
fermentação. Verificaram-se diferenças nos teores de HMF preexistente nos méis
analisados todos os méis atenderem a legislação especifica. O mel proveniente das
regiões do vale e da chapada do Apodi apresentaram menores teores, estes méis possuem
uma melhor qualidade, pois de acordo com Verrisimo (1988) valor elevado de HMF
indica queda no seu valor nutritivo, pela destruição de algumas vitaminas e enzimas.
Embora o pH não seja indicado, atualmente, como analise obrigatória, mas mostra-se
como variável auxiliar para avaliação da qualidade. O valor médio do pH dos méis
estudados foi de 4,08, variando entre 3,9 a 4,2. Estes valores encontram-se próximo
dos valores escritos por Noronha (1997). A acidez diferenciaram-se em todas as
regiões variando de 19,56 a 40,47 meq kg-1 conforme as normas brasileiras
verificaram-se que todos os valores das regiões para acidez estão dentro do valor
máximo permitido. Em um trabalho realizado por Almeida (2002) obteve resultado
variando de 6 a 46 meq kg-1 em 34 amostra de méis do estado de são Paulo. Os valores
de cinzas diferenciaram-se estatisticamente das regiões, A região pedra obteve
0,0567% e a região vale obteve 0,1167% estando as mesmas enquadradas na norma
vigente, pois o limite Maximo de cinza presente no mel deve ser de 0,600%.
CONCLUSÕES: Os parâmetros físico-químicos de identidade e qualidade dos méis de abelha do município
de Apodi-RN na proporção de quatro regiões avaliada duas apresentaram algum parâmetros
físico-químicos em desacordo com a legislação brasileira em vigor no parâmetro
umidade, todas a regiões atenderem a legislação especifica no parâmetro de
HMF(hdroximetilfurfural) sendo que o mel proveniente das regiões do vale e da chapada
do Apodi apresentaram menores teores destes compostos quando comparados aos méis das
demais regiões.
AGRADECIMENTOS:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: ALMEIDA, D. Espécies de abelhas (Hymenoptera, Apoidea) e tipificação dos méis por elas produzidos em área de cerrado do município de Pirassununga, Estado de São Paulo. Piracicaba: Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”/USP, 2002. 103p. Dissertação de Mestrado
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