ÁREA: Ensino de Química
TÍTULO: A PILHA DE DANIELL COMO FORMA DE CONTEXTUALIZAÇÃO DA ELETROQUIMICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE QUIMICA EM ARIQUEMES - RO.
AUTORES: OLIVEIRA, O. F. (FAEMA) ; MACIEL, F. P. (FAEMA) ; SIMONATTO R. M. (FAEMA) ; BEVILAQUA, C. G. (FAEMA) ; DE SOUZA, J. A. (FAEMA) ; ALVES-SOUZA, R. A. (FAEMA) ; ZAN R. A. (FAEMA)
RESUMO: O trabalho proposto tem como encaminhamento fundamental o conhecimento organizado com práticas, explorando experimentos ligados a conteúdos teóricos relacionados a contextualizações e aplicados a situações reais e a novas descobertas e assim entender os fenômenos que ocorrem. Atualmente em cada parte que olhamos, a eletroquímica está presente, desde a rede elétrica que abastece as nossas casas até as pequenas pilhas de relógios, de bateria de celulares, passando por processo de galvanização, produção e extração industrial do alumínio, notebooks e outros. A dificuldade de se trabalhar esse conteúdo no ensino médio, sem a pratica é um dos entraves vistos. Esses entre outros problemas que motivaram um grupo de alunos do curso de química em formular uma pratica pedagógica sobre o tema.
PALAVRAS CHAVES: ensino de química, eletroquímica, pilha de daniell
INTRODUÇÃO: Com base na crescente evasão dos alunos do ensino médio, principalmente em relação à Química, considera-se que, mesmo por parte daqueles que já concluíram o curso, esta ciência é fortemente rejeitada, bem como outros muitos preferem, simplesmente, apagá-la de suas vidas como se nunca tivesse existido. Considerando que a educação é uma das áreas carentes do país, podem-se inserir como conseqüências dessa condição, as escolas sendo as mais prejudicadas, ficando estas desestruturadas, professores com remuneração deficiente, sem contar com a falta de profissionais qualificados. Nessa perspectiva podemos destacar “professores formados em outras áreas do conhecimento ministrando aulas de Química e Física” onde Ricardo (2003), fala que mesmo com a nova LDB e com a elaboração dos PCNs, a reforma pretendida na educação enfrenta sérios obstáculos que vão desde a indisponibilidade de materiais didático-pedagógicos e má formação dos professores, até a estrutura verticalizada do sistema de ensino. Com isso, muitos alunos têm saído do ensino médio horrorizados com o conteúdo de química. Com base nisso tudo, é proposto por parte de alguns alunos do 5º semestre do curso de química licenciatura a elaboração de uma estratégia de ensino ou método para ministrar este conteúdo, de forma contextualizada e prática, sendo que o planejamento é essencial para que o processo ensino aprendizagem seja bem sucedido, para que o aluno possa assimilar o conteúdo de forma clara, e o professor tenha sucesso na transmissão do conhecimento Esse trabalho busca o comprometimento e o envolvimento do aluno no processo de ensino aprendizagem e sua participação como agente ativo da elaboração do saber.
MATERIAL E MÉTODOS: O trabalho foi realizado com um grupo de seis alunos (Figura 01) integrantes do 5º semestre do curso de química licenciatura. Onde num primeiro instante esse grupo iniciou o planejamento da estratégia a ser seguida para trabalhar os conceitos sobre pilhas através de uma serie de etapas que se firmam na contextualização e investigação como bases para a construção do conhecimento. As atividades e experimento buscam, contudo, o comprometimento e a participação do aluno no processo de ensino aprendizagem como agente ativo elaboração do conhecimento. A proposta para trabalhar a pilha de Daniell, foi baseada no referencial teórico e metodologia apresentada em Aguiar (2005). Neste relato um planejamento de ensino deve ser um conjunto organizado e coerente de atividades, com conteúdos relacionados entre si, que trabalhe os diferentes momentos, ou fases de ensino, do processo de construção de conhecimentos. As fases de ensino identificadas em um plano de ensino bem elaborado, devem seguir cada uma desta etapas, segundo Aguiar (2005): Problematização inicial, Desenvolvimento da narrativa do ensino, Aplicação dos novos conhecimentos, Reflexão sobre o que foi apreendido. Seguindo Aguiar (2005), o grupo elaborou cada uma das etapas e em paralelo foi elaborando o experimento a ser aplicado nesta contextualização, que utilizou os seguintes materiais: uma barra de Zinco e outra de cobre, unidas por um fio metálico, solução de íons Zn²+, solução de íons Cu²+, tubo de vidro ou mangueira transparente, gelatina saturada com um sal (KNO3).
RESULTADOS E DISCUSSÃO: O grupo de alunos-professores que desenvolveu o plano de ensino e o experimento fez todos os testes necessários para o total funcionamento do experimento, buscou todos os contextos e conhecimentos necessários para a contextualização e aplicação de todas as s etapas propostas por Aguiar (2005) e do experimento em sala. Como parte do processo de elaboração esse grupo apresentou sua aula desenvolvida através do seu plano de ensino e experimento aos seus colegas (Figuras 02), como forma de observação de seus colegas, geração de opiniões, conceitos, sugestões. Os alunos juntaram todas as sugestões, criticas na forma de formulário que foi distribuído entre os colegas computou tudo como forma de melhorar a sua estratégia de ensino e experimento. E onde eles puderam ver que varias dificuldades foram encontradas em seu percurso como a indisponibilidade de tempo, de materiais e recursos. Ainda, o ensino por contextualização e construção do conhecimento exige do professor e do aluno uma mudança cultural e de atitudes para romper com as barreiras do ensino tradicional, onde só existe o transmissor e o receptor do conhecimento. Após essa etapa de melhoramento e aprimoramento da técnica o grupo esta trabalhando a mesma para uma aplicação em sala de aula em uma escola do ensino médio da região, onde serão utilizadas todas as formas de contextualização desenvolvidas, sugeridas e elaboradas pelo grupo.
CONCLUSÕES: Tendo em vista neste primeiro momento a aplicação desta contextualização onde tanto colegas e futuros professores do curso saíram aprendendo muito, o grupo já pode concluir que a capacidade do aluno de conceituar o conteúdo visto em sala de aula, depende em parte da forma como o professor passa este conteúdo com dinâmicas e métodos inovadores, o professor poderá melhorar a qualidade do ensino e conseqüentemente o nível do aprendizado dos alunos e que ele o professor não apenas um agente passivo transmissor do conhecimento e sim ferramenta para a construção do conhecimento.
AGRADECIMENTOS: A FAEMA pelo apoio.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: Atkins, P.W. Jones, L.L. Principio de Química: questionando a vida moderna e o meio ambiente, Ed. Bookman, 2001. RICARDO, Elio C. Implementação dos PCN em Sala de Aula: Dificuldades e Possibilidades. Fisica na Escola, v.4, n°1 : 8-11, 2003. AGUIAR JR. O, Projeto de Desenvolvimento Profissional de Educadores (PDP), modulo II, O planejamento do ensino. Projeto Escolas-Referência do Governo do Estado de Minas Gerais, 2005.