ÁREA: Ensino de Química

TÍTULO: LABORATÓRIO AMBULANTE DE QUÍMICA: FERRAMENTA PARA O ENSINO EXPERIMENTAL NA EDUCAÇÃO BÁSICA

AUTORES: DE FREITAS FILHO, J. R. (UFRPE/UAG) ; FREITAS, J. C. R. (UFPE) ; DA SILVA, L. P. (UFRPE) ; DE FREITAS, J. J. R. (UFRPE)

RESUMO: RESUMO: O presente trabalho descreve a utilização de laboratório ambulante em aulas de ciências, mas especificamente de Química em Escola Públicas da Cidade de Garanhuns–PE. A metodologia consistiu em dois momentos: pesquisa de campo e pesquisa em sala de aula. Em sala de aula foi realizado experimentos simples onde os estudantes investigaram, observaram, discutiram e validaram os resultados obtidos com seus pares. Observou-se, também que os estudantes se envolveram com os experimentos, e isto se pode perceber pelo relato oral e escrito dos mesmos.

PALAVRAS CHAVES: laboratório ambulante, experimento, ensino de química.

INTRODUÇÃO: INTRODUÇÃO: A experimentação tem sido considerada uma estratégia de ensino útil para promover a aprendizagem dos estudantes. Pesquisas revelam, entretanto, que muitos professores apresentam uma visão simplista da experimentação, imaginando ser possível “comprovar a teoria no laboratório”, outros acreditam que a partir do laboratório se possa chegar às teorias. Desta forma, pode-se considerar que pouco contribuirá para a aprendizagem significativa (Zanon, 2000 e Hodson, 1998). Analisando o papel da experimentação no Ensino de Ciências, especificamente a Química, observa-se que esta estratégia é pouco utilizada em escolas, devido inúmeros motivos, dentre eles falta de laboratório, falta de equipamentos e substâncias, carga horária elevado dos professores dentre outros. Mas, por outro lado, sabemos que a experimentação é importante na formação de elos entre as concepções espontâneas e os conceitos científicos, propiciando aos estudantes oportunidades de confirmar suas idéias ou então reestruturá-las. De acordo com Santos e Schnetzler (1996), as atividades experimentais são relevantes quando caracterizadas pelo seu papel investigativo e sua função pedagógica em auxiliar o(a) aluno(a) na compreensão dos fenômenos. Logo, o presente trabalho teve como objetivo proporcionar aos estudantes da educação básica da cidade de Garanhuns, aula de Química, através de kits, que funcionou como Laboratórios Ambulantes.

MATERIAL E MÉTODOS: MATERIAIS E MÉTODOS: O período de desenvolvimento do projeto teve duração de 180 dias (março/2010 a maio/2010) e foi dividido em dois momentos: I- pesquisa de campo e II– pesquisa em sala de aula. A pesquisa de campo consistiu em uma consulta a GRE (Gerência Regional de Educação) para a identificação das escolas de sua jurisdição, conforme os seguintes critérios: localização, modalidade de ensino, classe social dos estudantes e da comunidade na qual a escola está inserida. Foram selecionadas aleatoriamente duas escolas. Em seguida ocorreu uma visita in locus, as duas escolas selecionadas, onde ocorreram entrevistas com os estudantes, professores e gestores, além da escolha das turmas que seriam contempladas com o laboratório. No segundo momento, deu-se a utilização do laboratório ambulante em sala de aula. As aulas experimentais consistiram de: a) identificação dos equipamentos e vidrarias do laboratório, bem como utilização; b) montagem de experimentos com aparelhagens convencionais e alternativas; c) identificação de substâncias estranhas presentes no leite; d) realização de experimentos simples utilizando temáticas diversas como alimentos, medicamentos e meio ambiente.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram confeccionados manuais de experimentos, onde a metodologia proposta consistia no uso tanto de materiais alternativos como de materiais de um laboratório convencional, como meio de auxiliar os estudantes durante as aulas prática. Os jogos químicos foram confeccionados (Figura 1) com o intuito de promover o ensino/aprendizagem de conceitos químicos. Foram confeccionados, também CD’s com aplicativos de química (CARBOPOLIS, CIDADE DO ÁTOMO, CENTRAMAX CHEMICAL, QUIPTABELA 4.01, CHEMLAB entre outros) para os estudantes.
No desenvolvimento dos experimentos utilizamos dois modelos de aula experimental: a) modelo tradicional, e b) modelo interacionista. No modelo de aula tradicional mostrou-se a vidrarias e equipamentos do laboratório ambulantes e o professor fez uma prática demonstrativa. No modelo interacionista, figura 2, o estudante realiza, investiga, observa, discute e valida os resultados obtidos com seus pares. Para realização dos experimentos foram utilizados materiais e reagentes encontrados em supermercados locais e os procedimentos foram elaborados coletivamente entre professor - estudante. Após realização dos experimentos alguns conceitos foram construídos: açúcar redutor, hidrólise, reação, solubilidade, degradação, fervura, diluição, dissolução, mistura, nutrientes, alimentos, entre outros. Em alguns experimentos utilizaram materiais alternativos como garrafas PET para armazenamento das soluções preparadas, quenga de coco para macerar alguns alimentos dentre outros.





CONCLUSÕES: CONCLUSÃO: O laboratório ambulante se constituiu em uma ferramenta para o ensino e aprendizagem das ciências, mas especificamente da química, pois um dos agravantes para introdução das atividades experimentais de química nas Escolas Públicas é o custo de materiais, instrumentos e também pelo fato de alguns professores utilizarem forma desarticulada, no ensino de ciências. Observou-se que os estudantes se envolveram com os experimentos, e isto se pode perceber pelo relato oral e escrito dos mesmos.

AGRADECIMENTOS: AGRADECIMENTOS: Os autores agradecem a FACEPE, CNPq, UFRPE/UAG, UFRPE e UFPE.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Hodson, D. 1988. In: Educ Philosophy and Theory. 20: 53- 66.
Santos, W. L. P.; Schnetzler, R. P. 1996. Ensino de Química e Cidadania. Química Nova na Escola, 4: 28.
Zanon, L. B. E Silva, L. H. A. 2000. A Experimentação no Ensino de Ciências, in: Ensino de Ciências: fundamentos e abordagens. CAPES/UNIMEP, 120: 53.