ÁREA: Ensino de Química
TÍTULO: MEMORIZANDO AS FUNÇÕES ORGÂNICAS
AUTORES: MADEIRA, K.P. (UFES-CCE) ; PAES, M.F. (UFES) ; SILVA, I.V. (UFES) ; RANGEL, L.B.A (UFES) ; CERRI, M. F. (UFES)
RESUMO: RESUMO: Durante a realização de atividades lúdicas em sala de aula os alunos ficam entusiasmados ao aprender de uma forma mais interativa e os professores estimulados, uma vez que essa atividade transforma o processo de ensino e aprendizagem em algo ativo e agradável. Motivados pelos resultados positivos obtidos por educadores no ensino de química, propomos um jogo da memória como uma alternativa educacional com a função de auxiliar a fixação de conceitos e aplicações das principais funções orgânicas. A atividade deve partir de uma abordagem prévia por parte do docente em relação às características estruturais e aplicações das funções orgânicas no cotidiano. Os alunos terão o jogo como facilitador para memorização e aplicabilidade de 11 funções orgânicas.
PALAVRAS CHAVES: palavras-chave: atividades lúdicas, funções orgânicas, jogo da memória.
INTRODUÇÃO: INTRODUÇÃO: Jogos lúdicos podem ser considerados educativos se desenvolverem habilidades cognitivas importantes para o processo de aprendizagem, tais como resolução de problemas, percepção, criatividade, raciocínio rápido, dentre outras. Quando um jogo é elaborado com o objetivo de atingir conteúdos específicos para ser utilizado no meio escolar, este é denominado didático (Godoy et al., 2010). Dessa forma, ajuda a construir novas descobertas, desenvolve e enriquece a personalidade do educando e simboliza um instrumento pedagógico que leva ao professor a condição de condutor, estimulador e avaliador da aprendizagem (Chaguri, 2009). A prática de atividades que auxiliem a integração dos conceitos em Química Orgânica com a aplicabilidade no cotidiano do aluno tem sido uma preocupação constante de muitos educadores. De fato, existe uma grande variedade de compostos orgânicos descritos que são classificados em diferentes funções das quais as mais comuns são: álcoois, aldeídos, amidas, aminas, cetonas, derivados de halogênios, ésteres, éteres, fenóis, hidrocarbonetos. Diante disso, observa-se que os alunos apresentam dificuldade em memorizar e associar as funções orgânicas com sua estrutura química e utilização no dia a dia. Sendo assim, o objetivo dessa atividade é propor uma alternativa educacional que estimule o interesse dos estudantes nas aulas de química e, consequentemente, auxilie na fixação de conceitos e aplicações das principais funções orgânicas propostas.
MATERIAL E MÉTODOS: MATERIAS E MÉTODOS: Material necessário: cartolina ou papel cartão em 3 cores distintas (azul, branca e verde).
Número de cartas: 11 cartas de cada cor.
Número de participantes: um intermediador (professor) e pelo menos dois alunos do ensino médio.
Preparando as cartas do jogo: Imprima os três tipos de cartas propostas e cole no papel cartão ou cartolina. As cartas de cor azul possuem nomes das respectivas funções orgânicas: alcoóis, aldeídos, amidas, aminas, cetonas, derivados de halogênios, ésteres, éteres, fenóis, hidrocarbonetos. As cartas brancas possuem as estruturas químicas relacionadas com as cartas azuis; e as verdes possuem a aplicação/utilização das 11 funções caracterizadas estruturalmente nas cartas azuis.
Como jogar: No começo do jogo as cartas com as mesmas cores são embaralhadas separadamente e dispostas em 3 colunas encarreiradas, uma para cada cor e viradas para baixo uma ao lado da outra. Uma jogada consiste em virar uma carta azul, depois uma carta branca e por fim uma carta verde. Todos os alunos devem visualizar as cartas que foram viradas. Se elas forem correspondentes, o aluno formará uma trinca, que deverá ser guardada por ele. Se as três cartas viradas não formarem correspondências, acabou a jogada. Em seguida, coloque as cartas em seus lugares, com a face virada para baixo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: RESULTADO E DISCUSSÃO: A atividade lúdica proposta foi testada entre alunos do 3º ano do ensino médio de uma escola particular do município de Vila Velha, ES. Esses alunos já haviam aprendido em sala de aula todas as funções orgânicas que foram abordadas na presente atividade. Ela foi considerada importante pelos alunos, pois possibilitou que, além de memorizarem as características estruturais que identificam as funções, percebessem a utilização de cada uma delas no cotidiano.
Em consonância com os dispositivos teóricos de Tonelli (2004) e Kishimoto (1998), percebemos que o caráter de integração e interação contidas nas atividades lúdicas, como a proposta na presente atividade, permite a construção do conhecimento com ações práticas. Por conseguinte, compreendemos a partir das mencionadas contribuições teóricas que a motivação é um dos fatores principais para o sucesso da aprendizagem.
A utilização de atividades que ajudam a esclarecer e facilitar muitos assuntos de diversas disciplinas tem sido uma prática constante de muitos educadores. A interação dos alunos durante as atividades lúdicas podem ser abordadas desde a confecção das cartas desse jogo (figuras 1 e 2 correspondem a 2 trios de cartas formadoras de trincas), necessitando do estudo do conteúdo previamente na sala de aula. Por isso, esta atividade auxilia no processo de desenvolvimento do aprendizado, uma vez que estimula o raciocínio, o estudo fora do ambiente da sala de aula, a integração com os colegas, além de aumentar a auto-estima e a responsabilidade dos discentes. Dessa maneira, o estudante pode perceber que as funções orgânicas são amplamente utilizadas na fabricação de muitos produtos de uso diário, o que torna sua memorização mais agradável e facilitada.
CONCLUSÕES: CONCLUSÃO: O êxito observado com a realização da atividade entre alunos do ensino médio aponta que a presente atividade pode ser utilizada por professores do ensino médio com o objetivo de auxiliar o ensino/aprendizagem da química orgânica.
AGRADECIMENTOS:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: GODOY, T.A.F., OLIVEIRA, H.P.M., CODOGNOTO, L. Tabela Periódica - Um Super Trunfo para Alunos do Ensino Fundamental e Médio. Revista Química Nova na Escola, v32, nº1, p. 22-25, 2010.
CHAGURI, J. P. A Importância das Atividades Lúdicas no Ensino do Espanhol. Jornal Correio do Noroeste, Loanda, Ano 4, Nº 49, p. 03, 2009. Serviços.
SZUNDY, P. T. C. A Construção do Conhecimento do Jogo e Sobre o Jogo: ensino e aprendizagem de LE e formação reflexiva. Tese de Doutorado. 2005 (Doutorado em Lingüística Aplicada e Estudos da Linguagem)– Laboratório de Estudos da Linguagem. PUC, São Paulo.
CHAGURI, J. P. O Ensino do Espanhol com Brincadeiras com Aprendizes Brasileiras. Revista X. Curitiba, v. 2, n. 2, p. 73-89, 2009.
TONELLI, J. R. A. Jogos de leitura e ensino de línguas; Anais; In: II Encontro Científico do curso de Letras - O Desafio das Letras; Rolândia, 2004
DANTAS, H. Brincar e Trabalhar. In: KISHIMOTO, T. M. (org). Brincar e suas teorias. São Paulo: Pioneira, 1998.
PAES, M.F., PARESQUE, R. Jogo da memória: onde está o gene?Genética na escola, Ano4, v. 2, p. 26-29, 2009.