ÁREA: Ensino de Química

TÍTULO: A experimentação no processo de ensino e aprendizagem de Química

AUTORES: GARCIA, L.V. (UFU) ; OLIVEIRA, D.R. (UFU) ; SILVA, F.C. (UFU) ; LEMES, V.C. (UFU) ; AMORIM, E. (UFU)

RESUMO: O objetivo deste trabalho foi avaliar o uso de atividade experimental, bem como validar a sua importância como metodologia de ensino. Uma entrevista aberta foi realizada com alunos e professores de Química de uma escola estadual da cidade de Uberlândia, e os mesmos discorreram sobre a importância da realização da atividade experimental e a freqüência com que o laboratório de química é utilizado na escola. Os resultados mostraram que a maioria dos professores (75%) não utiliza o laboratório para a realização de aulas experimentais e que os alunos vêem a atividade como algo fundamental no processo de ensino e aprendizagem.

PALAVRAS CHAVES: atividade experimental, laboratórios, pibid

INTRODUÇÃO: A experimentação no ensino de Química tem-se mostrado um meio favorável para atingir a tão almejada relação entre o ensino e a aprendizagem. Alunos do Ensino Médio geralmente têm grande dificuldade em assimilarem os conceitos básicos de Química, e um dos vários fatores que pode ser responsável por originar esta dificuldade são as aulas meramente expositivas, sem o uso de demonstrações e/ou experimentos relacionados com o conteúdo teórico ministrado. O ato experimental possibilita o ensaio científico visando a observação de um fenômeno físico ou químico. Segundo Guimarães (2009), “a experimentação pode ser uma estratégia eficiente para a criação de problemas reais que permitam a contextualização e o estímulo de questionamentos de investigação”. Para Bueno (2007), a realização de uma prática depende de diversos fatores que precisam ser considerados, como as instalações da escola, os materiais e reagentes requeridos e, principalmente, as escolhas das experiências. Dessa maneira, este trabalho teve por objetivo avaliar o uso de atividade experimental, bem como validar a sua importância como metodologia de ensino. Este estudo foi realizado em uma escola estadual da cidade de UberlÂndia e fez parte do plano de atividades do subprojeto da área de química PIBID/UFU - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência/Universidade Federal de Uberlândia, onde é possível promover a articulação integrada da educação superior do sistema federal com a educação básica do sistema público.

MATERIAL E MÉTODOS: Os dados para a realização deste estudo foram obtidos através de uma entrevista que abordou os seguintes aspectos: importância da experimentação e freqüência do uso de laboratório.
O público entrevistado foi constituído de 15 alunos do ensino médio escolhidos aleatoriamente, de modo a obtermos resultados qualitativos, além de todos os professores de química da escola, ao todo 5. A entrevista se deu de forma aberta, ou seja, os professores e alunos ficaram livres para discorrer sobre o assunto.


RESULTADOS E DISCUSSÃO: Quanto à freqüência do uso do laboratório de química, somente os professores responderam, uma vez que o intuito era verificar quantos destes realmente utilizam o laboratório.A figura 1 mostra os resultados obtidos em relação à freqüência do uso do laboratório pelos professores.
Quando foi pedido para o professor entrevistado discorrer sobre a importância da atividade experimental, todos afirmaram ser importante para o processo de ensino e aprendizagem de Química. Mas ao pedir pra que relacionassem essa importância com a baixa utilização do laboratório de química obtivemos justificativas do tipo: “a aplicação de uma atividade extraclasse é bastante complicado” ou “a estrutura do laboratório de química da escola é precário, pois faltam reagentes e vidrarias” ou ainda “a quantidade excessiva de alunos por sala de aula impossibilita a realização da mesma”.
Quanto à entrevista realizada com os alunos, pedirmos a eles para discorrerem sobre importância da realização de atividades experimentais. Todos afirmaram ser importante sua realização e a maioria deles associou a importância da atividade ao aumento do aprendizado. Frases como “as aulas de química em sala de aula são monótonas” ou “não consigo enxergar a aplicação dos conceitos teóricos na prática” foram também observadas no decorrer da entrevista. Alguns dos alunos entrevistados sugeriram que os professores utilizassem materiais “mais baratos” para realizar os experimentos de química, já que no laboratório da escola existe carência de reagentes e vidrarias.



CONCLUSÕES: Apenas 25% dos professores da escola utilizam o laboratório de química para execução de aulas experimentais, e ainda assim casualmente. Os próprios alunos conseguem ver que a realização das aulas experimentais não exige um laboratório com reagentes e vidrarias, já que materiais de baixo custo podem ser utilizados. Esses resultados foram importantes para elaborarmos as próximas ações do projeto no âmbito de incentivar os professores a realizarem experimentos com mais freqüência e até mesmo com materiais alternativos.

AGRADECIMENTOS: CAPES, FAPEMIG, IQUFU

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: Guimarães. C.C. (1999). Experimentação no ensino de química: caminhos e descaminhos
rumo à aprendizagem significativa. Química Nova na Escola, 31(3),198-202.

BUENO, L.; DANTAS, D. J.; MOREIA, K. C.; TEIXEIRA, M. F. S.; Wiezzel, A. C. S. O ensino de química por meio de atividades experimentais: A realidade do ensino nas escolas. Trabalho de Conclusão de Curso. Faculdade de Ciências e Tecnologia. Universidade Estadual Paulista,2007.