ÁREA: Materiais
TÍTULO: ESTUDO DAS PROPRIEDADES DE ARGILAS CAULINITICAS, ORIUNDAS DO MUNICIPIO DE ACARÁ-PA,E DO CAULIM RESIDUAL (CADAM) VISANDO A PRODUÇÃO DE REFRATÁRIOS
AUTORES: MELO, S.S. (UFPA) ; LOPES, A.S.C. (UFPA) ; LOPES, A.P.X. (UFPA) ; BARROS , H.C. (UFPA) ; SOUZA, J.A. (UFPA) ; SILVA, C.C.L. (UFPA)
RESUMO: Este estudo tem como principal objetivo a produção de materiais refratários, utilizando como matérias primas a argila caulinítica oriunda das margens esquerda do Rio Acará, localizada no Município do Acará, situada à 68 km do Município de Belém, com o rejeito de caulim beneficiado cedido pela maior produtora brasileira de caulim a CADAM (Caulim da Amazônia S/A) situada no distrito de Munguba, Município de Almerim, noroeste do Pará à uma distância aproximada de 550 km da capital paraense. Quantidade desse material rejeitado no processo de beneficamento de caulim apresenta cerca de 25% produto beneficiado e constituído essencialmente de caulinita. A caulinita (Al2O3.2SiO2.2H2O) por sua vez, influencia diretamente no comportamento térmico do corpo cerâmico.
PALAVRAS CHAVES: estudo,argilas caulinitas,refratários
INTRODUÇÃO: Industrialmente, um material é dito refratário quando não apresentam deformação ou amolecimento ao serem submetidos a uma temperatura de até 1450ºC, segundo a classificação de materiais refratários da Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT-TB-4). Entretanto, para algumas aplicações cerâmicas, uma argila que apresenta deformação a temperaturas bem baixas da estipulada anteriormente, pode ser aceitável, principalmente quando não se dispõe de uma argila ou material refratário em termos técnicos e econômicos na região produtora.
As matérias primas refratárias para um determinado processo podem ser naturais, quando encontradas diretamente na natureza ou quando apenas separações físicas são utilizadas; e sintéticas quando se refere às que são produzidas por tratamento físico-químico das matérias prima naturais.
Para este estudo, o termo refratário também será aplicado a argila e materiais que possam ser utilizados como mobílias ou na construção de fornos cuja temperatura máxima de queima seja de 1250ºC. Nos casos de fornos que serão operados em baixas temperaturas, é possível a utilização de tijolos maciços comuns, produzidos com argila um pouco mais refratárias.
MATERIAL E MÉTODOS: 3.1 MATERIAS
3.1.1 Matérias-Primas
Foram utilizados para conformação dos corpos de prova a argila e o caulim. A argila é originária do Município do Acará, nordeste do Estado do Pará, enquanto o Caulim, é um resíduo processual da CADAM (Caulim da Amazônia S/A) situada em Munguba, distrito de Almerim, Oeste do Estado, cerca de 550 Km da cidade de Belém.
3.1.2 Reagentes Utilizados na Análise Química
3.1.3 Equipamentos : Estufa de secagem,Britador de mandibula; moinho de bolas; prensa hidráulica; forno tipo mufla; balança analítica, espectrofotometro de massa atômica
3.1.4 caracterização da matéri-prima: análises granulométrica e química; preparo da massa cerâmica; conformação e queima de corpos de prova.
3.1.5 ensaio das propriedades cerâmicas: porosidade aparente; absorção de água; massa específica aparenete; tensão de ruptura à flexão e retração linear.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: 4.1 ANÁLISE GRANULOMÉTRICA
A granulometria é umas das características dos materiais, os quais foram produzidos os corpos de prova, a qual influencia nas propriedades cerâmicas, ou seja, na qualidade do produto final.
4.1.1 Argila
A Tabela 4 mostra os dados da análise granulométrica realizada na argila, onde foi utilizado uma massa de 235,75g. Logo, é observado que a maior parte da argila foi obtida abaixo da malha 400 # Tyler.
CONCLUSÕES: As argilas do Município de Acara apresentaram um bom comportamento a queima, sendo sintetizadas à 1300 ºC, em mistura com caulim calcinado à 1000ºC para a produção de Materiais Refratários. A plasticidade destas argilas contribuem para a formação do elemento prensado, com boa retração linear e com resistência a verde. Foi possível obter com mistura a 30% em peso de argila, peças refratarias de baixa alumina (Al2O3) para temperatura de 1300 ºC. Foi possível observar que na temperatura de 1300ºC para mistura cerâmica de 30% de argila em peso houve a formação máxima de mulita.
AGRADECIMENTOS: À DEUS , a minha família , e a todos que contribuiram para reaizaçao deste trabalho, em especial ao laboratório de materiais da ufpa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. Características cerâmicas para blocos e tijolos maciços. NBR 06460/NBR 07170/NBR 08041.
BRITTO, Rosian C. de C. et al. Aspectos do Setor Oleiro Paraense. Belém: Instituto de Desenvolvimento Econômico Social do Pará, 1982.
CHIARA, M. B. D. et al. A Tecnologia do Processo Produção na Industria de Cerâmica Vermelha. Apostila do curso. Florianópolis: Instituto Italiano para o comercio Exterior, 2000.