ÁREA: Alimentos
TÍTULO: PESQUISA DE SACAROSE EM REFRIGERANTES “ZERO AÇÚCAR”
AUTORES: ALMEIDA, I.A.C (IFMT) ; FRANÇA, M.V (IFMT) ; SANTOS, C.B.G. (IFMT)
RESUMO: RESUMO: O objetivo desta pesquisa foi analisar a presença de sacarose em refrigerantes do tipo “zero açúcar” e se as informações contidas nos rótulos de refrigerantes condizem com a realidade de sua composição, já que se trata de um produto destinado a pessoas com diabetes. Utilizou-se alfa-naftol para detectar a presença de sacarose e o método Lane-Eynon para sua quantificação nas bebidas. Após as análises verificou-se que das quatro marcas analisadas, três eram totalmente isentas de açúcar e em uma marca constatou-se a presença de sacarose, porém em quantidades insignificantes, portanto todas as amostras estavam em conformidade com seus rótulos e com a legislação vigente, não representando riscos aos seus consumidores.
PALAVRAS CHAVES: refrigerantes, sacarose, diabetes
INTRODUÇÃO: INTRODUÇÃO: O refrigerante é uma bebida gaseificada, obtida pela dissolução em água potável, de suco ou extrato vegetal de sua origem, adicionada de açúcares. O refrigerante deverá ser obrigatoriamente saturado de dióxido de carbono industrialmente puro (VENTURINI FILHO, 2005). A bebida de baixa caloria deverá apresentar os mesmos ingredientes da bebida convencional, exceto quanto ao teor de açúcares. De acordo com a Instrução Normativa nº 30, de 27 de setembro de 1999 da ANVISA, esta bebida deverá apresentar teor de sacarose não superior a 0,5g/100ml. O objetivo dessa pesquisa foi analisar a quantidade de sacarose presente em refrigerantes denominados “zero açúcar” a fim de constatar se as bebidas são seguras nutricionalmente às pessoas portadoras de diabetes. O consumo de produtos que contenham açúcares pelos diabéticos pode acarretar em redução da capacidade de dilatação dos vasos sangüíneos (vasoconstrição), provoca inflamações nas paredes do sistema circulatório e favorece o surgimento de coágulos (trombos), causando uma alteração do fluxo sangüíneo, que pode afetar olhos, rins, coração, cérebro, regiões periféricas e sistema nervoso.
MATERIAL E MÉTODOS: MATERIAL E MÉTODOS: Três lotes de quatro amostras de refrigerantes denominados zero açúcar, totalizando doze amostras, foram adquiridas no comércio da cidade de Cuiabá-MT e enviadas para o laboratório de Bromatologia do IFMT – Campus Bela Vista. Foi transferido para o tubo de ensaio 1ml da amostra desgaseificada em agitador magnético e em seguida, adicionou-se 2 gotas de alfa-naftol, e posteriormente 1ml de ácido sulfúrico P.A. A formação de anel amarelo no fundo do tubo de ensaio indica ausência de sacarose, entretanto a formação de coloração de cor violeta indica a presença de sacarose. Aquelas que apresentaram resultado positivo para sacarose foram submetidas à análise de quantificação pelo método Lane-Eynon, a fim de comparar com o valor máximo permitido pela Instrução normativa nº 30 de 27 de setembro de 1999, da ANVISA.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: RESULTADOS E DISCUSSÃO: O emprego do método alfa-naftol mostrou-se eficaz no processo, pois foi possível avaliar a presença, mesmo que insignificante, de sacarose nas amostras coletadas. Das 4 marcas coletadas e denominadas como “zero açúcar” apenas uma apresentou açúcar em sua composição, conforme demonstrado na Tabela 1. O valor das quantidades de sacarose dos lotes A, B, C da marca 01 foram equivalentes a 0,03 g/100 mL, 0,04g/100 mL e 0,03 g/100 mL, respectivamente. Portanto, inferiores a 0,5 (meio) grama por 100ml de bebida, conforme estabelecido na Instrução Normativa nº 30, de 27 de setembro de 1999 da ANVISA.
CONCLUSÕES: CONCLUSÕES: Nenhuma das amostras representa risco potencial à saúde dos consumidores portadores de diabetes, pois não apresentaram quantidades significativas de teor de sacarose e estão de acordo com a exigência da Instrução Normativa nº 30 de 27 de setembro de 1999, da ANVISA.
AGRADECIMENTOS:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Ministério da Saúde. INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 30 de 27 de setembro de 1999. Disponível em: http://www.anvisa.org.br, alimentos, legislação, acesso em 30.03.2010.
VENTURINI FILHO, W. G. Tecnologia de Bebidas: Matéria prima, processamento, BPF/APPCC, legislação e mercado. São Paulo: Editora Edgard Blücher, 2005.