ÁREA: Alimentos

TÍTULO: ANÁLISE SENSORIAL DA AMÊNDOA DO CUMBARU (Dipteryx alata Vog.)

AUTORES: DIAS, A.M.C. (IFMT/BELA VI) ; RIBEIRO, A. (IFMT/BELA VI) ; VASCONCELOS, J.M. (IFMT/BELA VI) ; FERREIRA, C. L. P. (IFMT/BELA VI)

RESUMO: O Cumbaru (Dipteryx alata Vog.) possui elevado teor nutricional (ALMEIDA et. al., 1998. BOZZA, 2004), porém, ainda é pequeno o conhecimento da população a respeito do consumo e qualidade nutricional. Avaliou-se sensorialmente a aceitação de duas preparações elaboradas a partir da amêndoa do cumbaru. Foram avaliados sabor, odor, aparência e textura (Instituto Adolfo Lutz, 2008) do pão e beijinho de cumbaru. As amostras foram apresentadas monadicamente a 50 provadores não treinados. Conforme Tabela 1, as preparações demonstraram ótima aceitação para todos os atributos avaliados. Pesquisas inovadoras fruto podem contribuir com empresas que exploram o bioma cerrado de forma sustentável, atendendo a demandas específicas de um crescente mercado que busca alimentos orgânicos e/ou funcionais.

PALAVRAS CHAVES: cumbaru, análise sensorial, aceitação

INTRODUÇÃO: O cerrado brasileiro é um bioma rico em sua fauna e flora, apresentando diversificada biodiversidade, nela encontramos importantes fontes em potencial de exploração econômica como o Cumbaru (Dipteryx alata Vog.), árvore da família leguminosae, planta disseminada no bioma cerrado. O Cumbaru é uma árvore com altura média de 15 m, e o fruto de 1,5 a 5 cm, tanto a poupa quanto a amêndoa são comestíveis e sua maturação fisiológica inicia-se de julho a outubro (MOTTA, 1999). O óleo extraído da semente possui alta concentração de ácidos graxos insaturados oléico e linoléico (ômega 6), usados largamente na indústria alimentícia sob o apelo de alimentos funcionais (TAKEMOTO et. al., 2001; TOGASHI, M., 1993). Além disso, possui elevado teor de proteínas, fibra, magnésio, potássio e ferro (ALMEIDA et. al., 1998; BOZZA, 2004). No entanto, apesar de sua notável fonte de nutrientes, ainda é pequeno o conhecimento da população a respeito da possibilidade de consumo e a qualidade nutricional do fruto. Este estudo objetivou avaliar sensorialmente a aceitabilidade de duas preparações elaboradas a partir da amêndoa do cumbaru.

MATERIAL E MÉTODOS: Foram selecionados para a degustação o pão de cumbaru e o beijinho de cumbaru, onde a castanha foi o principal ingrediente. Efetuou-se o teste de aceitação no qual foram avaliados atributos como sabor, odor, aparência e textura, conforme Instituto Adolfo Lutz (2008). As amostras foram apresentadas monadicamente a 50 provadores não treinados.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Verifica-se crescente expansão na demanda de produtos nativos do cerrado no mercado interno. A partir dos dados obtidos dessa pesquisa, observou-se que mesmo com pouca informação sobre a produção e comercialização do cumbaru, o percentual de aceitabilidade foi considerável. As avaliações demonstraram grande aceitação em níveis percentuais, sendo que 74% gostaram muito do sabor do pão de Cumbaru, e 90% gostaram muito do sabor do beijinho de cumbaru. Além disso, 100% dos provadores gostaram muito do odor do beijinho de cumbaru. Desta forma, de acordo com os resultados da Tabela 1, as preparações demonstraram ótima aceitação, para todas as características sensoriais avaliadas.



CONCLUSÕES: Os resultados obtidos demonstraram ótima aceitação das preparações elaboradas a partir da amêndoa do cumbaru. Pesquisas inovadoras no beneficiamento desse fruto podem contribuir com empresas que exploram o bioma cerrado de forma sustentável, atendendo a demandas específicas de um crescente mercado que busca alimentos orgânicos e/ou funcionais.

AGRADECIMENTOS:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: ALMEIDA, S. P.; PROENÇA, C. E. B.; SANO, S. M.; RIBEIRO, J. F. Cerrado: espécies vegetais úteis. Planaltina: EMBRAPA-CPAC, 1998.

BOZZA, A. F. O. Aproveitamento dos frutos do cerrado. Anais do X Simpósio Ambientalista Brasileiro no Cerrado. Goiânia, 2004.

IAL. INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz: Métodos físicos e químicos para análises de alimentos. Zenebon, O.; Pascuet, N. S.; Tiglea, P. (Coord). 4ª. ed. São Paulo: Instituto Adolfo Lutz, 2008.

MOTTA,C.(Org). Projeto Vagafogo de educação continuada. Brasília: FUNATURA, 1999.

TAKAEMOTO, E.; ODADA, I. A.; GARBELOTTI, M. L.; TAVARES, M.; AUED-PIMENTEL, S. Composição química da semente e do óleo de baru (Dipteryx alata Vog.) nativo do município de Pirenópolis, Estado de Goiás. Rev. do Inst. Adolfo Lutz, São Paulo, 60 (2): 113-117, 2001.

TOGASHI, M. Composição e caracterização química e nutricional do fruto do baru (Dipteryx alata Vog.). Dissertação (Mestre em Alimentos e Nutrição) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1993.