ÁREA: Ensino de Química
TÍTULO: DESENVOLVIMENTO DE RECURSO AUXILIAR PARA A INSERÇÃO DE DEFICIENTES VISUAIS EM AULAS EXPERIMENTAIS DE QUÍMICA
AUTORES: HORA, P.H.A. (IFPB) ; TAVARES, M.R.S. (IFPB)
RESUMO: A deficiência visual limita sim, pois segundos os estudiosos aprendemos, ou melhor, nosso aprendizado acontece 90% através da visão.A criança cega pode ser mais prejudicada se a figura da mãe não estiver envolvida num programa de estimulação precoce.A criança precisa formar imagens mentais sobre os objetos que a rodeiam e dos objetos de estudo através do tato.De acordo com Piaget (1970), as imagens mentais ajudam na formulação de operações do pensamento, assim limitações do sistema de imagens pode afetar o processo cognitivo.
PALAVRAS CHAVES: inclusão, tecnologia, deficiência visual
INTRODUÇÃO: A oportunidade de deficientes visuais a universidades por meio da inclusão vem se tornando cada vez mais comum. Entretanto, a necessidade de desenvolvimento de meios que auxiliem o aprendizado destes portadores de necessidades especiais acaba por desmotivá-los, levando a evasão. Essa dificuldade, no que diz respeito à química é ainda maior, por se tratar de uma ciência experimental. Neste estudo foi desenvolvido um software intitulado “Incluindo Química”, que serve de recurso auxiliar para minimizar os problemas relacionados à inclusão de deficientes visuais em aulas experimentais de química.
MATERIAL E MÉTODOS: Incluindo Química foi desenvolvido em plataforma Java e funciona a partir de recursos de áudio como ferramenta para o aluno deficiente visual. O software foi acoplado a um espectrofotômetro UV-vís e um medidor de PH que estão sendo utilizados nas disciplinas de química dos cursos superiores do IFPB, de acordo com a necessidade de cada um. O funcionamento do software baseia-se na transmissão dos dados do equipamento para ele, que por sua vez lê para o aluno aquele determinado resultado.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os resultados obtidos com a aplicação do software Incluindo Química foram bastante animadores, uma vez que o rendimento dos alunos, comparando-se a turmas anteriores, foi bastante superior. A motivação dos alunos também é destacável, além disso, o índice de evasão nessas disciplinas foi significativamente reduzido. A conseqüência desse trabalho certamente é a obtenção de uma geração de deficientes visuais bem capacitados para o mercado de trabalho.
CONCLUSÕES: A diminuição da evasão, bem como o aumento da motivação de deficientes visuais, depende inteiramente da força de vontade de cada professor em desenvolver métodos que façam com que aquele aluno sinta-se incluído. A química é para todos.
AGRADECIMENTOS: Os autores agradecem ao CNPq.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: A Construção do Real na Criança. Trad. Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Zahar, 1970. 360p.
