ÁREA: Ambiental
TÍTULO: EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SUA RELEVÂNCIA NO ENSINO FUNDAMENTAL
AUTORES: MELO, M. V (UEAP) ; MARDOCK, M. M. O (IFPA) ; LEAL, N. C (IFPA) ; SANTOS, I. C (IFPA) ; CORRÊA, A. S (IFPA) ; SANTOS, C. B. R (UEAP)
RESUMO: O trabalho tem por fim realizar uma revisão bibliográfica sobre o tema em questão, dando enfoque a uma proposta para implantação de projetos educativos a partir do reconhecimento histórico, valorizando assim o contexto onde este se insere. A partir destas análises, o projeto tem como finalidade contextualizar o tema com a escola, sendo este o local para a implantação, e os educandos serão os canais para a informação. Realizando um intercâmbio entre Educação Ambiental e as propostas dos Parâmetros Curriculares Nacionais, a etapa mais importante é fundamentada na interdisciplinaridade, em bibliografia específica e em avaliações integradas acerca dos documentos do Ministério da Educação. Propõe-se um trabalho de sensibilização, onde interagem todos os sujeitos envolvidos: educadores e alunos.
PALAVRAS CHAVES: educação ambiental, interdisciplinaridade, projetos educativos
INTRODUÇÃO: Tem-se como objetivo proporcionar uma relação centrada na consciência ambiental, onde a escola um ambiente favorável para se trabalhar conteúdos e metodologias adequadas a esse propósito. Apoiado em importantes teóricos e pesquisadores nos estudos de meio ambiente, esse trabalho pretende oferecer elementos para compreender a Educação Ambiental, principalmente no que tange ao ensino fundamental. A abordagem de GONÇALVES (1984) demonstra a sua preocupação e coloca a interdisciplinaridade como impulsionadora da integração aluno x sociedade. Na escola o aluno dará seqüência ao seu processo de socialização e comportamentos ambientalmente corretos devem ser aprendidos na prática, no cotidiano da vida escolar, contribuindo para a formação de cidadãos responsáveis. Considerando a importância da temática ambiental e a visão integrada do mundo, no tempo e no espaço, a escola oferecerá meios efetivos para que cada aluno compreenda os fenômenos naturais, as ações humanas e sua conseqüência para consigo, para sua própria espécie, para os outros seres vivos e o ambiente, fazendo referência ao Papel da Educação Ambiental nas escolas e para os educadores, tendo como subtópicos: Educação Ambiental no Ensino Fundamental, Educação Ambiental nos PCN’s, O Educador e a Educação Ambiental, a formação crítica dos Educandos. Segundo NEIMAN (1999), os conteúdos de meio ambiente devem ter relação de transversalidade, de modo que impregnem toda a prática educativa. Cabe ao professor dentro da especialidade de sua área do conhecimento buscar a transdisciplinaridade com alunos e colegas educadores. O principal eixo de atuação da educação ambiental deve buscar solidariedade, a igualdade e o respeito à diferença através de formas democráticas de atuação baseadas em interação e diálogo. (JACOBI, 2003)
MATERIAL E MÉTODOS: Os recursos práticos educativos têm como proposta desenvolver, nas
escolas estaduais e municipais, convívio dos alunos com a
comunidade escolar focando na consciência ecológica, visando
criações de projetos, como projetos hortalícios, através do qual, podemos correlacionar percepção e comportamento da comunidade escolar e da população local em relação ao plantio, uso da água e do solo; avaliar e destacar os processos de degradação ambiental ativa nas atividades e a reflexão sobre o problema, desencadeando uma motivação para a efetiva proteção e melhoria de seu meio ambiente como um todo. A maioria das escolas estaduais e municipais possuem condições para a inserção de hortas, visto que possuem espaço físico ocioso.
Para a implementação desta, é proposta a seguinte metodologia:
1. A escolha do melhor local que deve ser feita pelos professores;
2. Os canteiros devem ser construídos de maneira que possam receber sol
durante a maior parte do dia, e sempre posicionada de maneira a dificultar o escoamento das águas, evitando a erosão;
3. Os canteiros devem ser protegidos por guias de cimento e placas indicativas com o tipo de cultura e a data do plantio;
4. O comprimento de cada canteiro ficará condicionado ao tamanho da
área disponível, e a largura nunca ultrapassará a 1 metro, para facilitar
as práticas culturais;
5. O plantio e a semeadura serão feitos pelos alunos com orientação dos
professores;
6. A limpeza do terreno, a construção dos canteiros e a preparação do
solo serão efetuadas por técnicos contratados pela instituição de
ensino;
7. A semeadura e o transplante de mudas, a colheita, a manutenção e
os tratos culturais (capinas, irrigação, etc.) serão feitos pelos alunos, com acompanhamento dos professores.
Os produtos obtidos deverão ser consumidos pela comunidade.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: No sentido de promover transformações na realidade social e
Ambiental, serão desenvolvidas atividades de ensino e
aprendizagem. As escolas necessitam educar as crianças sobre
ciência e preservação ambiental; os alunos devem ser estimulados desde
cedo a perceber como o universo funciona como as leis da vida se manifestam
e isto se dá de forma prazerosa através de atividades regulares (CAPRA,
2000).
As temáticas abordadas serão desenvolvidas de acordo com as
limitações de cada série do ensino fundamental (5ª à 8ª série), assim,
estabelecendo uma complementaridade entre as séries citadas.
A partir da análise de Neiman (1999), os conteúdos de meio ambiente
devem ser integrados às demais áreas, numa relação de transversalidade, de
modo que impregnem toda a prática educativa.
É importante ressaltar que todas as atividades devem
ser repensadas segundo as especificidades de cada aluno, com as
necessárias adequações à realidade de cada um, acréscimos e adaptações
de atividades e materiais. Propiciando aos estudantes as condições
necessárias para exercitar um conhecimento sistemático da questão
ambiental, aproximando-os mais da realidade em que vivem.
Além de trabalhar com criações de hortas, pretende-se abordar a
higienização escolar, explorando a coleta seletiva do lixo, o processo de
reciclagem, o tempo de vida útil dos materiais, sendo, que os processos
citados devem estar relacionados de acordo com o meio onde a comunidade
reside.
CONCLUSÕES: Este trabalho busca contribuir com métodos trabalhados para realizar uma Educação Ambiental, identificando dificuldades e oportunidades existentes na realidade dos profissionais da educação ambiental e dos professores com necessidade de trabalhar este tema nas escolas. No ensino fundamental esta proposta é de grande importância, pois como educadores começaremos a conscientizar os “pequenos cidadãos” sobre o meio ambiente, preservando a água, o solo e o ar. Os educandos deste nível estão em faixa etária de mudanças, tranformação e devemos formá-los cidadãos conscientes para as questões focadas.
AGRADECIMENTOS:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: CAPRA, Fritjof. Uma nova Compreensão Científica dos Sistemas Vivos.
São Paulo: Cultrix, 2000.
GONÇALVES, Dalva R. P. A Educação Ambiental e o Ensino Básico. Anais
do IV Seminário Nacional sobre a Universidade e Meio Ambiente. Florianópilis,
Sta. Catarina, 1990.
JACOBI, Pedro. Educação Ambiental, Cidadania e sustentabilidade. São
Paulo, 2003.
NEIMAN, Z. Meio Ambiente Universidade e Ensino Fundamental. Caderno
UniABC- Ciências Biológicas. Ano I. n.6, 1999, p. 35-37.