ÁREA: Ambiental
TÍTULO: AVALIAÇÃO DE PARAMÊTROS QUÍMICOS, FÍSICOS E MICROBIOLÓGICOS DA ÁGUA DA BAÍA DE VITÓRIA PRÓXIMO A REGIÃO DA GRANDE SÃO PEDRO (SÃO PEDRO I, II E III) E BAIRROS ADJACENTES
AUTORES: DELLA FONTE, A. R. (FAESA) ; MORAES, G.P. (FAESA) ; SANTOS, M. G. (FAESA)
RESUMO: A Baía de Vitória é de grande importância para a cidade de Vitória, principalmente para região da grande São Pedro e os bairros adjacentes, pois a população dessa localização vive principalmente da pesca de frutos do mar nestas águas, além de utilizá-la como transporte e lazer. Por isso avaliou-se alguns parâmetros como: pH, Turbidez, Oxigênio Dissolvido(OD), Óleos e Graxas, Coliformes Totais e termotolerantes, fósforo da água dessa região constatando valores de OD, fósforo e coliformes termotolerantes fora dos limites estipulados em água doce classe 2 na resolução conama nº 357. A importância deste trabalho é de mostrar a qualidade da água da Baía próximo a região de São Pedro e construir a visão de preservação deste recurso hídrico tão largamente utilizado.
PALAVRAS CHAVES: baía de vitória, poluição, recurso hídrico.
INTRODUÇÃO: A Baía de vitória é o encontro do mar com o mangue e com vários rios, possuindo uma grande riqueza natural, (JESUS, 2004).
O município de Vitória no estado do Espírito Santo é rico em recursos hídricos, pois Vitória é uma ilha, banhada pela Baía de Vitória, ambiente este que sustenta a economia de várias famílias na região da grande São Pedro,(PORTO, 2007).Portanto uma das grandes preocupações da comunidade científica atualmente é com o meio ambiente mais precisamente com a poluição dos corpos hídricos, causadas de forma antrópica.
Este trabalho visa avaliar a qualidade da água da baía de Vitória próxima a região da grande São Pedro através de alguns parâmetros físicos, químicos e microbiológicos, citando os principais focos de poluição e propondo atividades que trarão a melhoria da qualidade dessas águas.
A coleta das amostras teve o seu início pela região norte da Baía de Vitória,tomando como ponto de partida o píer de atracação da Ilha das Caieiras. Foram coletados seis pontos com a distância de 500 metros de um ponto ao outro, a 100 metros da margem costeira.
As localizações dos pontos de coleta são: ponto 1-20º16593´S/40º20268´N, ponto 2-20º 16436´S/40º19908´N, ponto 3-20º16205´S/40º19839´N, ponto 4-20º15942´S/40º19752´N, ponto 5-20º15755´S/40º19572´N, ponto 6-20º15489´S/40º19451´N.
Deve-se destacar a importância de se preservar um meio hídrico como este, pois os seres que compõe essa comunidade (biota) dependem da quantidade e da qualidade desse recurso.
MATERIAL E MÉTODOS: Os parâmetros avaliados seguem os seguintes materiais e métodos:
pH: Foi medido um potenciômetro(pH-metro), obtendo-se o resultado em unidades de pH.
Turbidez: foi medido em um turbidimetro, obtendo-se o resultado em UTN.
OD:deu-se por leitura direta no oxímetro, obtendo o resultado em mg/L de O2.
Óleos e Graxas:Deu-se através de extração utilizando o éter de petróleo como solvente, e seguiu de quantificação gravimétrica, obtendo-se o resultado em mg/L.
Fósforo: Deu-se atravéz do kit da merck seguindo de leitura em um espectofotômetro em comprimento de 690 nm, obtendo o resultado em mg/L.
Coliformes Totais: efetuou-se através do método de tubos múltiplos,obtendo o resultado em NMP/100 mL,(MACÊDO, 2005).
Coliformes termotolerantes: mediu-se através do método de tubos múltiplos assim como coliformes totais, mas foi encubado com temperatura superior. Os resultado também foram expressos em NMP/100 mL,(MACÊDO, 2005).
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A Baía de Vitória não possui enquadramento segundo a lei do CONAMA Nº 357, de 17 de março de 2005. Essa resolução determina que o recurso hídrico sem enquadramento é considerado de classe 2.
Portanto a água analisada neste trabalho é água doce, pois a salinidade em todos os pontos deram inferior a 0,5%o e classe 2.
Seguindo os limites estipulados na legislação conclui-se que:
A turbidez se manteve dendro do limite de 100 UNT, variando de 6,53 UNT a 15,35 UNT.
O pH também se manteve dentro do limite de 6 a 9, variando de 6,44 a 6,80.
O Oxigênio dissolvido(OD) não deveria ser inferior a 5 e em apenas 1 dos 6 pontos foi levimente superior a 5, sendo um paramêtro que não acompanhou o valor estipulado. os valores variaram de 3,6 mg/L a 5,28 mg/L.
Os óleos e grazas deveriam ser virtualmente ausente e foram seguindo valores de 0,00 mg/L a 0,05 mg/L.
O fósforo deveria ser inferior a 0,05 mg/L e todos os 6 valores foram superiores a este limite variando de 0,15 mg/L a 0,41 mg/L.
Os coliformes termotolerantes possuem valores de referância dependendo da uso que é feito da água. Nesta classe para a maioria das utilidades os coliformes não deveriam ultrapassar a 1000 NMP/100 mL, no entando em quase todos os pontos os resultados foram superiores a 1600 NMP/100 mL. Os resultados variaram de 550 NMP/100 mL a ≥1600 NMP/100 mL.
Coliformes totais não posssuem valores de referência nessa legislação, mas os pontos avaliados deram ≥1600 NMP/100 mL devido ao limite de detecção do método empregado.
Observou-se que os valores de OD, Fósforo e coliformes termotolerantes ficaram fora dos limites estipulados pela legislação para o uso que é feito desse recurso.
CONCLUSÕES: Os resultados das análises mostram que a água não se encontra em boa qualidade, pois alguns parâmetros avaliados ficaram fora do padrão permitido por lei.Portanto este recurso pode continuar sendo utilizado, desde que sejam colocadas em prática atividades que trarão melhoria da qualidade química, física e microbiológica.
Campanhas de educação ambiental podem ser o primeiro passo para a recuperação da qualidade desse recurso hídrico. Outra alternativa é a capitação do esgoto doméstico, seguido de algum tratamento, para que esse efluente possa ser despejado na Baía sem causar essa contaminação.
AGRADECIMENTOS: Gostariamos de agradecer a colaboração dos nossos colegas:Alessandro, Breno,Cristiano,Gisele,Giovanni,Eduardo,Joseanne,Marcos,Nicole,Ravander, William, Orlando.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: MACÊDO, Jorge Antônio Barros de. Métodos Laboratoriais de análises físico-químicas e microbiológicas. 3.ed. Juiz de fora: CRQ-MG, 2005.
JESUS, Honério Coutinho de. et al. Distribuição de metais pesados em sedimentos do sistema estuarino da Ilha de Vitória-ES. Química nova, São Paulo, v. 27, n. 3, 2004.
PORTO, Débora Regina.et al. Da lama: as desfiadeiras de siri da ilha das Caieiras, Vitória, ES.Caderno virtual de turismo, Vitória, v. 7, n.3, 2007.
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (CONAMA), Nº 357, de 17 de Março de 2005; Dispõe sobre as classificações dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências.