ÁREA: Química Analítica

TÍTULO: AVALIAÇÃO DO GRAU DE FERTILIDADE DO SOLO DA ÁREA METROPOLITANA DE BELÉM USADA NO CULTIVO DE HORTALIÇAS

AUTORES: BARROS, H. C. (UFPA) ; SILVA, D.A.L.S. (UFPA) ; SILVA, J. P. (UFPA) ; MATOS, A. F. (UFPA) ; LIMA, J. S. (UFPA) ; MENDES, A.S. (UFPA) ; OLIVEIRA, P. M. M. (UFPA)

RESUMO: A região da periferia de Ananindeua, que abrange as áreas do Guajará, Curuçanbá e Maguarí, são áreas onde existe o cultivo de hortaliças por pequenos agricultores que visam o mercado consumidor principalmente da grande Belém. Através de análises físico-químicas e químicas foi determinado o grau de fertilidade dessas áreas, pois as mesmas não estão sendo monitoradas corretamente e há uma perda na produtividade, assim como um excesso na adição de alguns corretivos. O grau de fertilidade é medido através da quantidade de nutrientes que um solo pode oferecer para a implantação de uma cultura. Os parâmetros analisados para esse fim foram: o pH; fósforo assimilável; cálcio; magnésio; sódio; potássio e alumínio trocáveis, e matéria orgânica.

PALAVRAS CHAVES: fertilidade, pequenos agricultores, periferia de ananindeua

INTRODUÇÃO: A realização da análise de solos é indispensável para que o produtor tenha conhecimento do grau de fertilidade das suas terras e, como tal, é fundamental para que elas sejam bem manejadas. Esse fator torna-se imprescindível para o sucesso de empreendimentos agrícolas, pecuários e florestais. O método mais utilizado para avaliar a fertilidade do solo e determinar as necessidades de nutrientes para as plantas é a análise química das amostras de solos que deve ser representativa da área em que foram coletadas.

MATERIAL E MÉTODOS: 2.1 Material:
Equipamentos, reagentes e vidrarias e utensílios empregados para análise química quantitativa e analítica.
2.2 Métodos analíticos:
2.2.1-Obtenção das amostras:
As amostras foram coletadas no período de Agosto a Setembro de 2007 em hortas localizadas em 3 bairros de Belém do Pará. Foram coletadas aproximadamente 500 gramas de amostra em cada ponto selecionado a uma profundidade de 20 centímetros da camada superficial do solo, sendo esse material armazenado em sacos plásticos limpos com capacidade para 1 kg sendo os mesmos etiquetados e devidamente identificados.
2.2.2 -Análises Físico-Química:
2.2.2.1- Determinação do pH (Método Potenciômétrico):
Pesou-se cerca de 10 g de cada amostra, sendo utilizado 25 mL da solução de CaCl2 0,01M de concentração, após trinta minutos da solução em repouso, as leituras das amostras foram feitas em um potenciômetro da marca QUIMIS, modelo Q.400. A.
2.2.2.2- Determinação de fósforo assimilável:
Pesou-se cerca de 5g da amostra, adicionou-se 50 mL de solução de Mellich deixando a amostra em repouso por 24 horas. Separou-se 5mL do extrato formado e adicionou-se 5mL da solução de molibdato de amônio e cerca de 20mg de ácido ascórbico. Diluiu-se para 50 mL e deixou a solução em repouso por 1 hora. Realizou-se a leitura em espectofotômetro em comprimento de onda de 690nm.
2.2.2.3- Determinação de cálcio:
Pesou-se cerca de 10g da amostra adicionando-se a 100 mLde KCl 1N, deixando em repouso por 24 hora. Filtrou-se e tirou uma amostra de 25 mL do extrato, adicionando-se 1 mL de NaOH a 10%. Verificou-se um pH de 12. Adicionou-se 4 mL de um coquetel, contendo (trietanolamina e cianeto de potássio) e o indicador calcon a amostra. Em seguida titulou-se a amostra com a solução de Na2-EDTA.


RESULTADOS E DISCUSSÃO: Determinação de potássio:
Pesou-se cera de 5g da amostra adicionando 20 mL de solução de Mellich, deixando repousar por 24 horas. Para a determinação da quantidade de potássio presente no solo, fez-se necessário a preparação de uma curva de calibração a qual foi feita utilizando-se as concentrações para os padrões de 1 a 20 ppm, sendo suas emissões medidas em espectrofotômetro de chama, com um filtro adequado.

2.2.2.7- Determinação de alumínio trocável:
Pesou-se cerca de 10g da amostra, adicionando 100mLde KCl a 1N, deixando em repouso por 24 horas. Após o repouso tirou 25mL da solução e adicionou-se o indicador azul de bromotimol, realisou-se a titulação com a solução de NaOH a 0,02 N.


2.2.2.8- Determinação de matéria orgânica:
Pesou-se cerca de 0,5g, adicionando-se 5mL de K2Cr2O7 a 0,4 N e 5mL de H2SO4. Levou-se a amostra ao aquecimento, deixou esfriar a solução e após seu resfriamento, adicionou-se 50mL de H2O e 5mL de H3PO4 e o indicador difenilamina. Titulou-se a solução com SFA a 0,1N.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Na tabela estão representados os resultados analíticos que foram obtidos nas análises físico-químicas e químicas em cada amostra de solo.
Valores médios dos parâmetros analisados.

Tabela 1:Valores médios dos parâmetros analisados.

Tabela 2: Interpretação dos resultados obtidos nas amostras






CONCLUSÕES: Através dos resultados obtidos nas análises físico-químicas e químicas dos solos nas áreas de hortas do Guajará, Curuçambá e Maguarí constatou-se em todas as amostras uma carência de magnésio, necessitando, portanto de correções.
O corretivo mais indicado é o sal de magnésio, porém pelo seu alto custo e por ser bastante solúvel, seria rapidamente lixiviado e, portanto é inviável. A opção então seria a adição gradativa de calcário dolomítico, por possuir uma boa quantidade de magnésio (acima de 12%).


AGRADECIMENTOS: Ao Prof.Msc. Afonso Silva Mendes, pela participação desse trabalho. E pelos docentes e discente que também fizeram parte desse projeto.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: BLOOM, A. L. Superfície da Terra. São Paulo: Edgard Blücher, 1970.
BUCKLMAM & BRADY. Natureza e Propriedades dos Solos, 1986 – 2ª Ed. Livraria Freitas Bastos.
EMBRAPA. Agricultura Familiar. 2004. Disponível em: http//www.embrapa.gov.br. Acessado em 16 de novembro de 2007.
GALETI, Paulo Anestar. Guia do Técnico Agropecuário “Solos”. Instituto Campineiro de Ensino Agrícola, 1989.
GUIMARÃES, Geraldo de Assis. et. al. Métodos de Análise Física, Química e Instrumental de solos. IPEAN. 1979. (Série: Química dos Solos)