ÁREA: Química Analítica
TÍTULO: NÍVEIS DE FERRO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DESTINADAS AO CONSUMO HUMANO
AUTORES: PEREIRA, S.C.L.C (UFPE) ; CARVALHO, M.N (UFPE) ; MIRANDA, T.C.A (UFPE) ; FILHO, M.F.S. (UFPE)
RESUMO: O presente trabalho tem como objetivo a avaliação dos níveis de ferro em águas de origem subterrâneas. Amostras provenientes dos estados de Alagoas, Pernambuco e Sergipe foram analisadas com a finalidade de consumo humano. A metodologia usada foi espectrofotometria UV segundo o Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 1998. Das análises realizadas o estado de Sergipe apresentou os maiores índices de ferro chegando a 4,48 mg/L mais de dez vezes do valor máximo permitido que é cerca de 0,3 mg/L, pela Portaria N0 518 do Ministério da Saúde para fins de potabilidade.
PALAVRAS CHAVES: ferro, espectrofotometria.
INTRODUÇÃO: Todas as águas naturais possuem um conjunto de sais em solução, sendo que as águas subterrâneas possuem teores mais elevados que as águas superficiais por estarem intimamente expostas aos materiais solúveis presentes nos solos e nas rochas. A quantidade e tipo de sais presentes nas águas subterrâneas dependerão do meio percolado, do tipo e velocidade do fluxo subterrâneo, da fonte de recarga e do clima da região. Um dos elementos encontrados com maior frequência em águas subterrâneas é o ferro. Apesar do organismo humano necessitar cerca de 19 mg de ferro por dia, (BATALHA & PARLATORE, 1977), os padrões de potabilidade estabelecem uma concentração máxima de ferro de 0,3 mgL-1 (Ministério da Saúde, Portaria N0 518) para a água potável. O Laboratório de Análises Minerais Solos e Água (LAMSA) do Departamento de Engenharia Química da UFPE em convênio com a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento FADE-UFPE e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE responsável pelas coletas) analisou cerca de 75 amostras de águas provenientes dos Estados de Alagoas (25 amostras) Sergipe (27 amostras) e Pernambuco (23 amostras).
MATERIAL E MÉTODOS: O teor de ferro presente nas amostras analisadas foi determinado usando o espectrofotômetro PHARO 300 e Teste Ferro referência 1.14761.0001 intervalo de medida de Fe+2 0,005 a 5,00 em mg/L, ambos fabricados pela Merck. O método se baseia na redução de Fe+3 a Fe+2 quando da adição do reagente tioglicolato formando com um derivado de triazina um complexo de cor violeta cuja concentração é determinada fotometricamente. A intensidade de cor do complexo é proporcional à concentração de ferro presente nas amostras.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os resultados obtidos das análises do Estado de Sergipe onde das 27 amostras analisadas 20 eram utilizadas para o consumo humano e destas apenas 6 amostras os níveis de ferro apresentavam teores na faixa de (0,48 a 4,48 mg/L) estando acima dos valores máximos permitidos (VMP) pela Portaria N0 518 do Ministério da Saúde para fins de potabilidade que é de 0,3 mg /L. Nas amostras do estado de Pernambuco das 23 amostras analisadas 14 eram amostras destinadas ao consumo humano e apenas uma apresentou níveis de ferro 0,90 m/L acima do VMP. Quanto ao estado de Alagoas das 25 amostras analisadas 19 eram para o consumo humano e nenhuma com níveis de ferro acima dos valores permitidos pela Portaria de Potabilidade N0 518 do Ministério da Saúde, como mostra a Figura 1.
CONCLUSÕES: Dos estados selecionados para esse estudo apenas Alagoas não apresentou níveis de ferro das águas para o consumo humano acima dos valores máximos permitidos pela legislação vigente, e os outros estados ( SE e PE ) que apresentaram amostras com teores mais elevados sugere-se um tratamento prévio para torná-las adequadas ao consumo humano para evitar problemas de saúde.
AGRADECIMENTOS:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA:
1- EATON, A. D; CLESCERT, L.S; GREENBERG, A. E.- 1998- Standard Methods for the Examination of Water And Waste Water - 20a edição.
2- BATALHA, B.L; PARLATORE, A. C. - 1977- Controle de Qualidade da água para Consumo Humano. Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb). São Paulo. Brasil.
3- BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilânica em Saúde. Coordenação-
Geral de Vigilância em Saúde Ambiental. Portaria MS N.º 518/2004- Brasília:
Editora do Ministério da Saúde, 2005.