ÁREA: Química Orgânica

TÍTULO: ANÁLISE DO ÓLEO DA POLPA DO FRUTO DO INAJÁ (Maximiliana maripa) INVESTIGANDO A PRESENÇA DE ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS.

AUTORES: DAMASCENO, G. T. (UFPA) ; FARIAS, F. A. (UFPA) ; NASCIMENTO, F. L. (UFPA) ; CONCEIÇÃO, L. R. V. DA (UFPA (LAPAC)) ; SILVEIRA, A. J. A. (UFPA (NMT)) ; FONSECA, A. R. L. (UFPA)

RESUMO: O trabalho destacará a fonologia do Inajazeiro, a importância econômica, nutricional para os ribeirinhos extrativistas que vivem na Amazônia, em especial em São Sebastião da Boa Vista na localidade do Rio Pacujutá, na Ilha do Marajó/PA, enfatizando a presença dos ácidos graxos essenciais contidos no fruto de Inajá (Maximiliana maripa), destacando o Ácido Linolênico (ômega 3), Linoléico (ômega 6) e o Oléico (ômega 9). A composição destes ácidos no óleo do Inajá (apresentou 4,3480%; 8,5164% e 53,8638% desses ácidos, respectivemante). Foram determinados por cromatografia gasosa, utilizando-se o método oficial AOCS Ce 1-62, cromatógrafo VARIAN CP 3800. A importância em se consumir alimentos ricos nestes ácidos graxos, que auxiliam na manutenção da saúde humana.

PALAVRAS CHAVES: inajá, ácidos graxos, cromatografia gasosa.

INTRODUÇÃO: O Inajá (Maximiliana maripa) é uma palmeira típica da Amazônia que ocorre em abundância em terra firme, de solos pobres e arenosos, normalmente junto com outras palmeiras. Essa palmeira é extremamente resistente ao fogo e pode atingir até 20 metros de altura e 100 cm de diâmetro; folhas pinadas, longas, orientadas para cima com os folíolos em grupos de três a cinco mantendo diferentes direções, tornando as folhas caracteristicamente crispadas. “Estes frutos são de forma cônica compostos de um caroço lenhoso, de ponta aguda, liso, duro de quebrar, de cor parda e amarela, de três a quatro centímetros de comprimento e dois centímetros de diâmetro. É recoberto de um epicarpo fibroso, e entre o epicarpo e o caroço encontra-se uma massa pouco pastosa... Os caroços contêm de uma a três amêndoas” (Pesce, 1941). Os frutos podem ser usados na alimentação do homem e de animais silvestres, pode-se ser retirado da polpa um óleo comestível de sabor picante e cor vermelho-alaranjado semelhante ao óleo do babaçu em qualidade e uso. Seu palmito vale como alimento para o homem da mesma forma como encontrado em mercados, porém não é muito comercializado como o palmito do Açaizeiro. O Inajá se encontra por toda a Amazônia, no Maranhão, Mato Grosso, Ceará, Venezuela, Peru, Bolívia, etc. Sua composição em ácidos graxos essenciais mostrou significativa quantidade, que seram descritos e ressaltando seus benefícios saúde do homem.

MATERIAL E MÉTODOS: O fruto do Inajá foi coletado no município de São Sebastião da Boa Vista, localidade do Rio Pacujutá, na Ilha do Marajó/PA. No fruto foram feitas extrações à frio com solvente orgânico (Acetona), o método consistiu em retirar da polpa do fruto, que resultou em uma massa de um quilograma, este foi armazenado em um erlenmayer juntamente com o solvente. O primeiro armazenamento ocorreu no dia vinte e três de maio de dois mil e oito, retirando-se no dia quatorze de agosto do referido ano, o qual completou o ciclo da primeira extração e início da segunda extração que foi retirada no dia oito de setembro do mesmo ano. A terceira extração começou no mesmo dia e foi retirado no dia treze de janeiro de dois mil e nove (a determinação da composição em ácidos graxos foi realizada com o óleo dessa extração). A composição em ácidos graxos do óleo da polpa do Inajá foi determinada por Cromatografia gasosa, utilizando o método oficial AOCS Ce 1-62, Cromatográfo VARIAN CP 3800, com detector de ionização de chama FID, vale ressaltar que os óleos foram esterificados pelo método oficial AOCS Ce 2-66, pelo operador Leyvison Rafael Vieira da Conceição, o óleo do Inajá foi analisado no dia dez de dezembro de dois mil e oito, as dez horas e trinta e três minutos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: A composição em ácidos graxos, por cromatografia gasosa, realizado no Laboratório de Pesquisas e Análises de Combustíveis, utilizando-se o método oficial AOCS Ce 1-62, cromatógrafo VARIAN CP 3800, fez – nos determinar a quantidade de ácidos graxos no óleo da polpa do fruto. O óleo do fruto (Inajá, obtido parte no Laboratório de Ecotoxicologia, no Instituto de Medicina da UFPA e parte no Laboratório de Química – Ensino, localizado no Campus básico da UFPA), obtido no município de São Sebastião da Boa Vista analisado apresentou os ácidos graxos essenciais, estes foram destacados por suas relevâncias de caráter nuticional, que são os ômegas 3 (Ácido Linolênico), 6 (Ácido Linléico) e 9 (Ácido Oléico) em quantidades diferenciadas. O Inajá (Maximiliana maripa) possui percentuais significativos desses ácidos graxos essenciais, descritos abaixo. Destacando no fruto uma quantidade elevada de ômega 9 (Ácido Oléico), ácido graxo essencial importante presente em diversos óleos e azeites alimentícios. Segue abaixo uma tabela e um gráfico do fruto e suas respectivas quantidades dos ácidos graxos essenciais.





CONCLUSÕES: Pelo trabalho que fora realizado com esse fruto,podemos concluir que o mesmo apresenta os ácidos graxos essenciais,que não podem ser produzidos pelo o organismo humano e que,portanto,tem de ser consumidos pelo homem,através de alimentos ricos dessas substâncias,mesmo que a população desconheça seu valor nutricional eles consomem em abundância frutos ricos nestas substâncias.Fazendo um balanço geral,o óleo possui uma quantidade bem significativa de Ácido Oléicoe representativa quantidade de Ácido Linolênico e Ácido Linoléico importante fonte de ácidos graxos essenciais para população da Região.

AGRADECIMENTOS:

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