ÁREA: Química Orgânica
TÍTULO: PRODUÇÃO DE SABÃO A PARTIR DE ÓLEO DE COZINHA USADO DA MARCA “SINHÁ E SOYA”
AUTORES: BASTOS, T. R (UFPA) ; DIAS, K. C. A (UFPA) ; MACEDO, R. B (UFPA) ; FURTADO, C. P. R (UFPA)
RESUMO: O trabalho apresentara uma alternativa de reaproveitamento de óleos de cozinha já usados para a produção de sabão, esse recurso que muitas vezes é desperdiçado em pias de muitas cozinhas pode ser de grande valia para a população que o utiliza. Escolhemos duas marcas para saber qual delas possui maior rendimento, porem não queremos descartar a possibilidade de outras marcas de óleo de cozinha ser trabalhadas. Todas as marcas de óleo usadas podem ser reaproveitadas para a produção de sabão, mas enfocamos apenas duas. O sabão será produzido a partir de cada marca de óleo e analisaremos seu rendimento de cada uma, estabelecendo um quadro comparativo e um gráfico.
PALAVRAS CHAVES: triglicerídeo, saponificação, sabão
INTRODUÇÃO: O sabão é produzido através da reação conhecida como saponificação. Esta reação geral de produção do sabão pode utilizar matéria prima de diversas origens. O triglicerídeo, que é o tipo de gordura mais abundante na natureza, é usado como matéria prima na fabricação do sabão, e pode ser proveniente do sebo de origem animal, dos óleos vegetais ou da mistura de ambos(Baseado no MC MURRY, J.; 2006).
MATERIAL E MÉTODOS: As marcas de óleo foram levadas ao laboratório de Química-Ensino, da Universidade Federal do Pará. O material de laboratório utilizado neste experimento foi o seguinte: equipamento de refluxo (balão e condensador), manta aquecedora, erlenmayer, solução de hidróxido de sódio 10% e ácido cloridrico 10%, gelo, etanol, água destilada, papel de filtro, funil de Büchner. Para realizar o refluxo dos óleos de cozinha da marca Sinhá, pesou-se 5,02g destes óleos e mediu-se 25ml de NaOH, colocou-se nos equipamentos de refluxo cada uma das misturas, o material ficou cerca de 50 minutos em aquecimento. Em seguida, colocou-se em um erlenmayer 30ml de HCl e o mesmo volume de gelo picado, quando o refluxo terminou, a solução foi colocada no erlenmayer, agitando bem até que o sólidos precipitaram. Quando houve a formação dos sólidos, adicionou-se 50ml de água destilada e filtou-se em funil de Büchner. Quando os sólidos foram obtidos, mediu-se duas porções de 10ml de água destilada para cada um a fim de lavá-los e remover o excesso de ácido contido neles. Os sólido foram recristalizados com uma solução de metanol e água (o sólido foi dissolvido nesta solução, em seguida aquecido em banho maria e filtrado ainda quente, logo após adicionou-se água destilada para o aparecimento de turvação e deixou-se esfriar para a recristalização). Quando os sólidos estavam recristalizados, frios e secos, pesou-se em seguida e a massa obtida foi de 3,56g e 3,07g respectivamente para os óleos sinhá e soya (Baseado no BECKER, H. G. O, 1997).
RESULTADOS E DISCUSSÃO: O trabalho mostrou que os óleos de cozinha da marca sinhá e soya produziram quantidades de sabão considerável em relação à massa usada que foi de 5,02g do óleo. A massa de sabão formada para a primeira marca de óleo foi de 3,56g com rendimento de 70,91%, para a segunda, o produto formado foi de 3,07g formado com rendimento de 61,15%. Em relação aos dados obtidos, o sabão produzido a partir do óleo da marca “Sinhá” possuiu maior rendimento em relação ao segundo. Segue abaixo o calculo para obtenção do rendimento, uma tabela e um gráfico mostrando a eficiência do experimento.
CONCLUSÕES: Podemos observar que os óleos de cozinha usados podem ser aproveitados para a produção de sabão, uma forma de reaproveitamento de um recurso que é desperdiçado no ambiente, e que pode trazer grande valia para a população. O rendimento foi diferente entre as marcas de óleo escolhidas, sendo que a marca sinhá produziu maior rendimento e a marca soya produziu rendimento inferior, porem vale ressaltar que qualquer óleo de cozinha, seja de que marca for, pode ser tratado de uma forma a não ser desperdiçado diretamente na pia de alguma cozinha.
AGRADECIMENTOS:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA:
- BECKER, H. G. O... [ et al ]. Organikum: Química Orgânica Experimental. Edição Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa, 1997
- MC MURRY, J. Química orgânica – Combo. Tradução da Sexta Edição Norte – Americana. Editora Thomson. São Paulo – SP, 2006