ÁREA: Ambiental
TÍTULO: EMISSÃO VEICULAR DE COMPOSTOS ORGÂNICOS VOLÁTEIS
AUTORES: DOMINGUES G.L. (IPEN) ; GATTI L.V. (IPEN)
RESUMO: Estudo realizado em parceria com o Laboratório de emissão veicular da CETESB com o intuito de identificar e quantificar os principais compostos orgânicos voláteis presentes na atmosfera da região metropolitana de São Paulo provenientes da emissão veicular por serem importantes precursores de ozônio através da técnica de cromatografia gasosa com detecção de espectrometria de massas e ionização de chama. Foram determinados um total de 75 diferentes espécies de COVs dos quais, quando somados seu isômeros, o Xileno se encontra em maior concentração
PALAVRAS CHAVES: emissão veicular, compostos orgânicos voláteis, ozônio
INTRODUÇÃO: Nas áreas metropolitanas, o problema da poluição do ar, tanto em ambientes internos como externos, tem-se constituído numa das mais graves ameaças à qualidade de vida de seus habitantes. Os veículos automotores são os principais causadores dessa poluição em todo mundo e em São Paulo eles representam em torno de 97% da emissão de poluentes (CETESB, 2006). Os compostos orgânicos voláteis são um dos maiores problemas a saúde, pois além de serem precursores de ozônio, também são tóxicos a saúde.
O ozônio é o poluente que frequentemente atinge, na atmosfera da Região Metropolitana de São Paulo, níveis de concentração superiores ao padrão de qualidade do ar estabelecido na Legislação Federal e Estadual. Muitas vezes esses níveis alcançam concentrações elevadas que levam à classificação Má da qualidade do ar. Como o ozônio é um poluente secundário, pois não é emitido diretamente pelas fontes antropogênicas, os programas sobre as fontes para a redução deste poluente, nos quais a CETESB se baseia, estão baseados no controle das emissões dos poluentes precursores do O3, ou seja, os óxidos de nitrogênio (NOx) e compostos orgânicos voláteis (COVs).
Este estudo, em parceria com o Laboratório de Emissão veicular da CETESB, tem como objetivo determinar a emissão dos compostos orgânicos voláteis provenientes de veículos leves movidos à gasolina (22% de álcool) por serem importantes precursores de ozônio. Sua determinação nas várias fases de emissão do veículo em dinamômetro, que simulam a média do comportamento do trafego na Região Metropolitana de São Paulo.
MATERIAL E MÉTODOS: A amostragem foi realizada no laboratório de emissão veicular da CETESB, onde a medição da emissão de poluentes de um veículo é feita sob condições que simulam o melhor possível aquelas de sua utilização cotidiana. Os gases legislados CO, CO2, NOx hidrocarbonetos totais, formaldeido e acetaldeido foram determinados pelo laboratório da CETESB dentro de sua rotina de trabalho. O esquema da análise do dinamômetro é apresentado na figura 1.
A amostragem foi realizada com canisters de aco inoxidavel de 6 litros retirados dos sacos de amostragem apresentados na figura 1. A especiação de compostos orgânicos voláteis (COVs) foi analisada diretamente na fase gasosa, pela técnica de cromatografia gasosa, 60m de coluna apolar e com dois tipos de deteccao simultanea: detecção de Ionização de Chama e espectrometria de massas para a identificacao dos COVs acima de 4 carbonos e para os COVs entre 2 e 4 carbonos utilizou-se cromatografia gasosa com pre-concentracao criogenica, uma coluna PLOT de sílica fundida de Al2O3/Na2SO4 (polar) com 50m de comprimento.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Nas amostras coletadas a partir do ensaio de emissão veícular utilizando um veículo modelo popular do ano de 2005, abastecido por GASOOL 22 ( gasolina padrão do teste com 78% gasolina + 22% etanol) foram determinados um total de 75 espécies de COVs, com uma emissão total de 0,115 g/km, onde os 23 mais abundantes, que representam 81% do total de COVs encontrados, estão mostrados na tabela 1.
CONCLUSÕES: O veículo amostrado, por ser um automóvel novo, com as peças originais e com baixa quilometragem, se encontra dentro dos parâmetros estabelecido pelo PROCONVE, no entanto a media da frota automotiva na Regiao Metropolitana de Sao Paulo tem como media um veiculo de aproximadamente 10 anos. Um estudo conclusivo necessita de uma amostragem maior e com veiculos que represente a media da frota veicular.
AGRADECIMENTOS: Ao programa PIBIC
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: CETESB, 2006, Relatório de Qualidade do Ar no Estado de São Paulo – 2007