ÁREA: Iniciação Científica
TÍTULO: OTIMIZAÇÃO DO TEOR DE ANIDRIDO SULFÚRICO NA RESISTÊNCIA INICIAL DE CIMENTO CP ARI-RS
AUTORES: SILVA, R.C (UNILAVRAS) ; MAZUR, V.C.S (UNILAVRAS) ; CORRÊA, C.A (UNILAVRAS) ; SOUZA, J.M (CCC)
RESUMO: O objetivo deste trabalho foi verificar a influência do teor de anidrido sulfúrico na resistência inicial do cimento CPV ARI-RS, otimizando seu teor. Foram coletadas 5 amostras de cimento no moinho de cimento 2 da CAUÊ em um intervalo de 1 hora, sendo que se aumentava o percentual de gesso do moinho a cada amostra, começando com 2%, e posteriormente com 3%, 4%, 5% e 6%. Verificou-se que a medida que se aumenta o teor de anidrido sulfúrico no cimento, a resistência inicial é aumentada, porém a um certo ponto a resistência começa a cair, mostrando que o teor de anidrido sulfúrico no cimento é uma variável muito importante na determinação do ponto de resistência ótima do cimento
PALAVRAS CHAVES: anidrido sulfúrico, resistência e cimento
INTRODUÇÃO: Cimento pode ser definido como um pó fino, com propriedades aglomerantes, que endurece sob a ação de água. Na forma de concreto, torna-se pedra artificial, que pode ganhar forma e volume, de acordo com as necessidades.Devido a essas características, o concreto é o segundo material mais consumido pela humanidade, superado apenas pela água, segundo a ABCP 2003. A gipsita, sulfato de cálcio di-hidratado (CaSO4.2H2O), é comumente chamado de gesso. É adicionado na moagem final do cimento com o intuito de controlar o tempo de pega, permitindo que o cimento permaneça trabalhável por pelo menos uma hora, conforme ABNT. Sem a adição de gipsita, o cimento tem início de pega de aproximadamente 15 minutos, o que tornaria difícil a sua utilização em concretos (CIA. DE CIMENTO ITAMBÉ, 2004) Além disto, o gesso também influência em sua resistência final a compressão em cimentos. A resistência final é caracterizada pela capacidade da massa do cimento feita em padrões determinados pela Associação Brasileira de Cimento Portland (Gerência de tecnologia: Manual de ensaios físicos de cimento. 3. ed. rev. São Paulo: ABCP, 2000. 94 p) , de resistir a uma compressão, sendo a resistência o fator de maior importância para construção civil na atualidade. Diante do exposto, objetivou-se com este trabalho a verificar a influência do teor de anidrido sulfúrico, cuja fonte é gesso, sobre a resistência do cimento de Alta Resistência Inicial Resistente a Sulfatos (CP ARI-RS).
MATERIAL E MÉTODOS: Foram coletadas 5 amostras de CP ARI-RS no moinho de cimento 02 da CAUÊ em um intervalo de 1 hora. Para cada amostra, o percentual de gesso do moinho variava de 2,0 3,0 4,0 5,0 e 6,0% respectivamente.
Após a coleta, as amostras foram identificadas na respectiva hora em que foram coletadas. Os teores de SO3 em cada amostra foram determinadas via combustão mediante a total oxidação do S. Para a obtenção dos dados referentes à resistência, foram confeccionados corpos de prova segundo normas técnicas da ABCP 2003, e em seguida ficaram de repouso em uma câmera úmida (95%) por 24 horas. Decorrido o tempo, os corpos foram comprimidos em um prensa hidráulica, até sua ruptura, sendo os valores dados em Mpa. Os experimentos foram dispostos em delineamento inteiramente casualizado em 4 repetições.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A tabela 1 refere-se aos valores de SO3 para cada amostra de cimento, com seus respectivos valores de compreensão.
A variação da resistência inicial do cimento, em função do teor de SO3 pode ser visualizada no gráfico 1.Pela análise do gráfico observa-se que à medida que se aumenta o teor de anidrido sulfúrico no cimento, a resistência inicial aumenta. Acima de 3,29% a resistência começa a cair, mostrando que o teor de anidrido sulfúrico no cimento é uma variável importante na determinação do ponto de resistência ótima do cimento.
CONCLUSÕES: Verificou-se com este estudo, que o teor ótimo de anidrido sulfúrico ideal para o cimento CPV ARI-RS é de 3,29% com o gesso que foi utilizado no moinho durante o teste.
AGRADECIMENTOS: A Camargo Corrêa Cimentos
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND. Guia básico de utilização do Cimento Portland. 6.ed. São Paulo: ABCP, 2003. 28p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND. Gerência de tecnologia: Manual de ensaios físicos de cimento. 3. ed. rev. São Paulo: ABCP, 2000. 94 p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5733: Informação e documentação - Cimento Portland de alta resistência inicial. Rio de Janeiro 1991
CIA. DE CIMENTO ITAMBÉ. Cimento Portland: Fabricação e características. 2. ed. Curitiba: CIMENTO ITAMBÉ, 2004. 21 p.
PETRUCCI, Eládio R. G. Concreto de Cimento Portland. 11ª. ed. Rio de Janeiro: ed. Globo, 1987.
SINDICATO NACIONAL DA INDÚSTRIA DO CIMENTO. Sindicato Nacional da Indústria do Cimento. 2004
