ÁREA: Química Tecnológica
TÍTULO: AVALIAÇÃO DE UM NOVO REDUTOR DE TURBIDEZ PARA O ÓLEO DIESEL
AUTORES: NUNES, S.K.S. (UFRN) ; COSTA, M.K (UFRN ) ; FERNANDES M.R. (UFRN) ; BARROS NETO, E. L. (UFRN) ; DANTAS NETO (UFRN) ; KIRSCHNER, D.B (UFRN)
RESUMO: A turbidez é a medida da resistência à passagem de luz em uma determinada substância devido à presença de materiais finos suspensos.No diesel se observa,quando uma amostra deste é submetida a resfriamento contínuo, numa taxa específica, até o aparecimento de uma área turva, indicando o início da cristalização de parafinas e outras substâncias de comportamento semelhante que estão presentes e tendem a separar-se do diesel.Este trabalho tem como objetivo avaliar a diminuição da turbidez do diesel utilizando novos aditivos redutores de turbidez e comparar com o diesel convencional.Os resultados mostraram que a mistura Diesel/AE 3/água apresentou menor temperatura de turbidez sendo um aditivo mais adequado para regiões frias e que em amostras com presença de água o aditivo AE3 é similar ao DT.
PALAVRAS CHAVES: novos aditivos, turbidez, óleo diesel.
INTRODUÇÃO: O óleo diesel é um combustível de composição complexa, obtido do petróleo através do processo de destilação fracionada. É constituído basicamente por hidrocarbonetos parafínicos, olefínicos e aromáticos e, em menor quantidade, por substâncias cuja fórmula química contém átomos de enxofre, nitrogênio, metais, oxigênio, etc. Esses hidrocarbonetos são formados por moléculas constituídas de 8 a 40 átomos de carbono (Silva, 1998). Um dos problemas enfrentados com o óleo diesel é a turbidez que é a temperatura em que as parafinas contidas no diesel podem se separar sob a forma de pequenos cristais tornando o combustível turvo, ou mesmo devido à presença de água no mesmo. Os hidrocarbonetos de elevado ponto de ebulição (parafinas) contidos no diesel seriam produtos sólidos na temperatura ambiente se separados dos demais componentes. No óleo diesel eles se mantêm dissolvidos. Em regiões onde a temperatura é muito baixa, e dependendo da concentração de parafinas no diesel, estas podem se separar do restante sob a forma de pequenos cristais provocando turbidez que, no circuito de alimentação dos motores, causariam a obstrução dos filtros de combustível e dos bicos injetores (Peralta, 2000). Este trabalho tem como objetivo avaliar a redução da turbidez do diesel usando novos redutores do ponto de nevoa AE 3 e DT a baixas temperaturas.
MATERIAL E MÉTODOS: Os reagentes utilizados para obter o ponto de turbidez do diesel e das misturas diesel / DT / água, diesel / AE 3 / água foram: diesel, DT, AE 3 e água destilada. Os equipamentos utilizados para determinar o ponto de turbidez foram: Titulador Automático Mettler Toledo – DL 50, Banho Termostatizado, Foto eletrodo – DP 550 e Termopar. O ponto de turbidez foi obtido submetendo-se as amostras a resfriamento contínuo, e anotando-se a redução da penetração de luz em milivoltes na amostra a cada grau de temperatura. O ponto é determinado quando a incidência de luz decresce rapidamente.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os resultados serão mostram que a presença dos aditivos provoca um pequeno aumento da turbidez do diesel, isto porque os aditivos não são compatíveis com as parafinas causadoras da turbidez a baixa temperatura. Mas mesmo assim o tensoativo AE3 sintetizado no laboratório teve um rendimento melhor que o comercial.
Um outro ponto analisado neste trabalho é a capacidade dos aditivos estudados reduzirem a turbidez do diesel oriunda de dispersões aquosas, o que mostrou que o DT tem maior capacidade de solibilização da água apresentado um resultado mais favorável. Neste caso para um diesel contaminado com 130 ppm de água teve uma proporção de 1,6 de DT/1 de água, enquanto que o AE3 atinge 2/1 (m/m) apresentados em tabelas e gráficos e comparados com o do diesel convencional.
CONCLUSÕES: O diesel convencional apresentou menor temperatura de turbidez quando comparado com as misturas contendo os aditivos AE 3 e DT. No entanto quando foi adicionada água apresentou-se turvo a temperatura de 25 ºC. A mistura contendo Diesel/AE 3/Água apresentou menor temperatura de turbidez quando que a com o aditivo DT, sendo melhor para usos em regiões de baixas temperaturas.A partir dos estudos realizados neste trabalho podemos concluir que o AE 3 produzido pela industria nacional, pode substituir o DT, um redutor de turbidez comercializado na industria de petróleo.
AGRADECIMENTOS: Agradecemos o suporte financeiro do ANP.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: PERALTA, G.E.. Avaliação do desempenho de um motor diesel funcionando com uma mistura de diesel-álcool-óleo de rícino. Dissertação (Mestrado), Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Natal: DEM/ PPGEM, 2000.
SILVA, A. C. Estudo de novos sistemas microemulsionados água/ óleo (A/O) visando sua aplicação como combustível. Dissertação (Mestrado), Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Natal: DEQ/PPGEQ, 1998.