ÁREA: Produtos Naturais

TÍTULO: ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO EXTRATO ETANÓLICO DAS FOLHAS DE HYPTIS UMBROSA

AUTORES: RODRIGUES, J. G. (FACEDI / UEC) ; GÓES, N. G. S. (FACEDI / UEC) ; MENEZES, J. E. S. A. (FACEDI / UEC)

RESUMO: O presente trabalho tem como objetivo apresentar os resultados do teste da atividade antimicrobiana da espécie Hyptis umbrosa. A escolha desta espécie como objeto de estudo baseou-se em informações etnofarmacológicas. Com o extrato das folhas da espécie H. umbrosa foi realizado o teste da atividade antimicrobiana, utilizando seis espécies de microorganismos. Para o referido teste, as bactérias B. subtilis, S. aureus e C. violaceum, conhecidas como causas frequentes de infecções hospitalares, mostraram-se sensíveis ao extrato etanólico das folhas testado. A atividade antimicrobiana do referido extrato foi bastante significativa, frente às bactérias nas cepas em que foram testados, sendo que a atividade frente à bactéria B. subtilis foi entre todas a mais relevante.

PALAVRAS CHAVES: hyptis umbrosa, lamiaceae, atividade antimicrobiana

INTRODUÇÃO: É indiscutível a importância dos vegetais como fonte de descoberta para novas drogas, colaborando para um dos mais antigos sonhos da humanidade, o do controle e combate de doenças e epidemias (CRAGG & NEWMAN, 2005). Embora as drogas sintéticas ocupem lugar de destaque nas farmácias caseiras, os medicamentos a base de plantas, os Fitoterápicos, ganham um espaço cada vez maior no mercado de medicamentos (CRAGG & NEWMAN, 1999). Este trabalho tem como principal objetivo apresentar o desempenho do bolsista de Iniciação Científica do programa IC-UECE, na área de Química Orgânica - Química de Produtos Naturais, bem como os resultados do teste da atividade antimicrobiana da espécie em estudo. A espécie Hyptis umbrosa pertence à família Lamiaceae, é popularmente conhecida como bamburral e trata-se de uma planta com hábito perene/anual e na forma sub-arbustiva. As partes mais utilizadas desta espécie são as folhas e flores. Sua indicação terapêutica específica na medicina popular é no tratamento das moléstias do estomago, nas dores de cabeça, miriases nasais e articulares, apresenta ainda funções expectorante, carminativa, tônica e sudorífera (MATOS, 1999).

MATERIAL E MÉTODOS: As folhas (120 g) de H. umbrosa, coletadas em Itapipoca-Ce em julho de 2006, cuja exsicata (33.326), identificada pelo Prof. Edson Nunes, está depositada no Herbário Prisco Bezerra da UFC, foram secas à temperatura ambiente e submetidas à extração com etanol a frio, fornecendo 12,0 g de extrato. Com esse extrato foi realizado o teste da atividade antimicrobiana, utilizando seis espécies de microorganismos, Bacillus subtilis, Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus, Salmonella cholerae-suis, Klebisiella pneumoniae e Chromobacterium violaceum. As suspensões microbianas foram semeadas na superfície de agar. Sobre o meio semeado foram feitos poços. Nesses poços foram aplicados 25 L das diferentes concentrações dos extratos, bem como o controle negativo e positivo. As placas permaneceram incubadas por um período de 18 a 20 horas a uma temperatura de 35 C, com a leitura dos halos de inibição feita transcorrido esse tempo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Para o referido teste, as bactérias B. subtilis, S. aureus e C. violaceum, conhecidas por apresentarem resistência a muitas drogas comercializadas e serem causas frequentes de infecções hospitalares, mostraram-se sensíveis ao extrato etanólico das folhas de Hyptis umbrosa testado. O microorganismo mais sensível foi à bactéria B. subtilis. Os outros três microorganismos testados, S. cholerae-suis, P. aeruginosa e K. pneumoniae, apresentaram resultados inferiores em relação aos demais.

CONCLUSÕES: Os resultados preliminares alcançados com o estudo fitoquímico/biológico de Hyptis umbrosa, justificam a sua continuidade, principalmente a outras partes da planta e também as demais espécies presentes nesta região. A atividade antimicrobiana do referido extrato foi bastante significativa, frente às bactérias nas cepas em que foram testados, sendo que a atividade frente à bactéria B. subtilis foi entre todas a mais relevante.

AGRADECIMENTOS: Os autores agradecem à UECE pela bolsa de IC.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: CRAGG, G. M.; NEWMAN, D. J. 1999. Discovery and development of antineoplasic agents from natural sources. Cancer Investigation, 17: 153-163.
CRAGG, G. M.; NEWMAN, D. J. 2005. Plants as a source of anti-cancer agents. J. Ethonapharmacol., 100: 72-79.
MATOS, F. J. A. 1999. Plantas da Medicina Popular do Nordeste. 1a Ed. Editora da UFC.