ÁREA: Produtos Naturais

TÍTULO: AROMA DE ACACIA CF. LONGIFOLIA VAR.

AUTORES: SILVA,A.C.M. DA (SEDUC) ; ANDRADE, E. H. A (UFPA) ; MAIA, J. G. S. (UFPA) ; CARREIRA, L. M. M. (MPEG)

RESUMO: RESUMO: As folhas frescas de Acacia cf. longifolia var. mucronata Willd. foram submetidas à micro-extração em fase sólida (SPME) usando-se fibras preta (CAR/ PDMS 75m) e azul (PDMS/ DVB 65m), durante 15min e analisado através de cromatografia de gás acoplada à espectrometria de massas (CG/EM). Os principais componentes voláteis identificados na fibra preta foram linalol (81,9%), (E)-cariofileno (7,5%) e (E)-nerolidol (6,6%) e na fibra azul linalol (87,8%), (E)-cariofileno (0,9%) e (E)-nerolidol (10,6%).

PALAVRAS CHAVES: acacia longifolia var. mucronata,linalol,spme.

INTRODUÇÃO: INTRODUÇÃO: A subfamília Mimosoideae é a menor dentre as Leguminosae, com ca. de 40 gêneros. Representantes desta subfamília são especialmente abundantes nas regiões tropicais. Dentre os gêneros cultivados destacam-se várias espécies de Acacia, introduzidas principalmente da África. É constituído por ca. de 1200 espécies, das quais quase 120 ocorrem no Brasil. Destas, 12 estão registradas para a Amazônia brasileira, sendo 9 endêmicas da região. Muitas dessas espécies são consideradas de relevante importância econômica por apresentarem propriedades diversas, como, química, madeireira e medicinal (PROCÓPIO & HOPKINS, 1999). A. longifolia var. mucronata é uma árvore pequena, esgalhada, com ramos ligeiramente pendentes, estreitamente lineares, filódios estreitos, lineares, 5-7,6 cm de comprimento, flores amarelo-limão, cilíndricas, 3,8 cm de comprimento, espigas ao longo do ramo, e, floração no mês de março (GRAF, 1963).

MATERIAL E MÉTODOS: MATERIAL E MÉTODOS :A amostra da espécie estudada foi coletada no campus do Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém, PA. A identificação botânica foi baseada no método clássico da morfologia comparada, usando-se espécimes herborizados. A obtenção do aroma foi através de Micro Extração em Fase Sólida (SPME), utilizando-se fibras preta (CAR/ PDMS 75m) e azul (PDMS/ DVB 65m). A amostra (1,0g) foi colocada em um frasco, e seringa penetra o septo, que veda o compartimento da amostra e, em seguida, 1cm da fibra é exposta por 15min para adsorção à temperatura ambiente. A injeção das substâncias adsorvidas segue o mesmo procedimento anterior ou seja, a seringa (fibra protegida) penetra o septo do injetor do cromatógrafo; a termodessorção ocorre durante a exposição de 2cm da fibra no injetor aquecido durante 5mim. A análise da composição química foi obtida através de um sistema de CG/EM Finnigan Mat INCOS XL, equipado com coluna capilar de sílica fundida DB-5MS (30 m x 0,25 mm; 0,25 m de espessura de filme) nas seguintes condições operacionais: programação de temperatura: 60o-240oC (3oC/min); temperatura do injetor: 220oC; gás de arraste: hélio, em velocidade linear de 32 cm/s (medido a 100oC); tipo de injeção: splitless; espectrômetro de massas: impacto eletrônico, 70 eV; temperatura da fonte de íons: 180oC. Os componentes voláteis foram identificados através da comparação dos seus espectros de massas (EM) com os de substâncias padrão existentes nas bibliotecas do sistema e, com dados da literatura (Adams, 2001).



RESULTADOS E DISCUSSÃO: DISCUSSÃO :Os componentes identificados nos óleos essenciais obtidos por hidrodestilação e aroma obtidos por SPME encontram-se relacionados na Tabela. O componente principal identificado no aroma de A. longifólia var. mucronata na fibra preta foi o álcool monoterpênico linalol (81,9%), seguido dos sesquiterpenos (E)-cariofileno (7,7%) e (E)-nerolidol (6,9%); na fibra azul, linalol (87,8%), (E)-cariofileno (0,9%) e (E)-nerolidol (10,6%). Linalol é um componente de grande importância comercial para as indústrias de cosméticos e perfumes, além do uso na obtenção da vitamina E (Boelens, 1982). Na Amazônia a principal fonte de linalol natural são algumas espécies do gênero Aniba, com destaque para a A. rosaeodora (pau-rosa).



CONCLUSÕES: CONCLUSÃO: Os resultados indicam que a técnica de SPME pode ser usada preferencialmente em função do menor tempo de extração e de material botânico necessário para a análise (1,0g), considerando-se que não houve uma grande variação na composição dos voláteis, quando obtida pela técnica de hidrodestilação.



AGRADECIMENTOS:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ADAMS, R. P. 2001. Identification of Essential Oil Components by Gas Chromatography/Quadrupole Mass Spectrometry. Allured Publ Corp., Carol Stream, IL, 456 p.

BOELENS, H. Acyclic Monoterpene alcohols with a 2,6-dimethyloctane skeleton. In: Fragrance Chemistry, the Science of the Sense of Smell. Teimer, E. T. (ed.), p 136-144. Academic Press, Inc., San Diego (1982).

CARREIRA, L. M. M.; ZOGHBI, M. G. B.; ANDRADE, E. H. A. e MAIA, J. G. S. Constituintes voláteis de acacia cf. longifolia var. mucronata willd. (leguminosae-mimosoideae). In: 8o Encontro de Profissionais de Química da Amazônia. Belém-PA (2003).

GRAF, A. B. Exotica 3. Roehrs Company, Rutherford, USA, p. 1518 (1963).

PROCÓPIO, L. C. & HOPKINS, M. J. G. 1999. Rosidae: Leguminosae-Mimosoideae. In: Flora da Reserva Ducke. Manaus: INPA. p.362-381.