ÁREA: Produtos Naturais
TÍTULO: COMPOSIÇÃO QUÍMICA DE AEOLLANTHUS SUAVEOLENS MATT. ex SPRENG. POR SPME
AUTORES: SILVA, A.C.M. DA (SEDUC) ; ANDRADE, E. H. A (UFPA) ; MAIA, J. G. S. (UFPA)
RESUMO: RESUMO: As folhas frescas de Aeollanthus suaveolens Matt. ex Spreng. foram submetidas à micro-extração em fase sólida (SPME) utilizando-se fibra de sílica fundida CAR/PDMS com 75um de espessura de filme, durante 15min e analisado através de cromatografia de gás acoplada à espectrometria de massas (CG/EM). Os principais componentes voláteis identificados na fibra foram Acetato de linalila (27,5%), linalol (20,7%), (E)-b-farneseno (20,5%), a-santaleno (8,2%) e Formato de linalila (4,9%).
PALAVRAS CHAVES: aeollanthus suaveolens, spme, linalol.
INTRODUÇÃO: INTRODUÇÃO: Aeolanthus suaveolens (Lamiaceae) é uma erva pequena, com aproximadamente 40,00 cm de altura, caule circular e ramificado. Dependendo da região geográfica onde é encontrada, ela recebe os nomes populares de “macassá”, “catinga-de-mulata” e “água-de-colônia”. É usada na região amazônica como planta medicinal para o controle de convulsões de origem epiléptica, para compor fragrâncias regionais e como planta ornamental. Segundo NUNES (1996), a propriedade anti-convulsivante deve-se a presença da &-decen-2-lactona formada por ciclização do ácido 5-hidroxi-2-decenóico. Este último presente na planta fresca.
MATERIAL E MÉTODOS: MATERIAL E MÉTODOS : A amostra da espécie estudada foi coletada no Mercado do “Ver-o-peso” na cidade de Belém, Pará. O aroma foi obtido através de Micro Extração em Fase Sólida (SPME), utilizando-se fibra Carboxen/polidimetilsiloxano 75um (CAR/ PDMS). A amostra in natura (1,0g) foi colocada em um frasco, onde 1,0 cm da fibra é exposta por 15min para adsorção à temperatura ambiente. A injeção das substâncias adsorvidas segue o mesmo procedimento anterior, ou seja, a seringa (fibra protegida) penetra o septo do injetor do cromatógrafo; a termodessorção ocorre durante a exposição de 2,0 cm da fibra no injetor durante 5 mim. A análise da composição química foi obtida através de um sistema de CG/EM Finnigan Mat INCOS XL, equipado com coluna capilar de sílica fundida DB-5MS (30 m x 0,25 mm; 0,25 um de espessura de filme) nas seguintes condições operacionais: programação de temperatura: 60o-240oC (3oC/min); temperatura do injetor: 220oC; gás de arraste: hélio, em velocidade linear de 32 cm/s (medido a 100oC); tipo de injeção: splitless; espectrômetro de massas: impacto eletrônico, 70 eV; temperatura da fonte de íons: 180oC. Os componentes voláteis foram identificados através da comparação dos seus espectros de massas (EM) com os de substâncias padrão, existentes nas bibliotecas do sistema e com dados da literatura ADAMS(2001).
RESULTADOS E DISCUSSÃO: DISCUSSÃO: Os componentes identificados nos óleos essenciais obtidos por hidrodestilação e aroma encontram-se relacionados na Tabela. Os principais constituintes identificados no aroma de Aeollanthus suaveolens na fibra CAR/PDMS foram linalol (20,7%), Formato de linalila (4,9%), Acetato de linalila (27,5%), a-santaleno (8,2%) e (E)-b-farneseno (20,5%).
CONCLUSÕES: CONCLUSÃO: De acordo com TSCHESCHE e colaboradores (1971) &-lactonas a,b-insaturadas não estão presentes em plantas frescas, porém são liberadas como seus glicosídeos instáveis, conforme aumento da temperatura. MAIA (2001) atribui para maior ou menor concentração de &-decen-2-lactona no óleo da planta seca, o tempo e a temperatura utilizada nos processos de secagem e hidrodestilação, Na técnica de SPME confirma-se que os compostos &-decen-2-lactona e &-decalactona não fazem parte da composição química de A. suaveolens , quando in natura.
AGRADECIMENTOS:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ADAMS, R. P. 2001. Identification of Essential Oil Components by Gas Chromatography/Quadrupole Mass Spectrometry. Allured Publ Corp., Carol Stream, IL, 456 p.
MAIA, J. G. S., ZOGHBI, M. G. B. , ANDRADE, E. H. A.Óleos Essenciais de Aeollanthus suaveolens Matt. ex K. Spreng. 24a Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química - SBQ - 28 a 31 de Maio de 2001.
NUNES, D. S. Chemical approaches to the study of ethnomedicines. In: Medicinal Resources of the Tropical Forest (Balick, M.J., Elisabetsky, E. and Laird, S.A., eds.), p. 41-47, Columbia University Press, New York, 1996.
TSCHESCHE, R.; Hoppe, H. J.; Snatzke, G.; Wulff, G.; Fehlhaber, H. W. Glycosides with lactone-forming aglycones: Parasorbile, the glycoside precursor of parasorbic acid from Mountain Ash Berries, Che. Ber. 1971, 104, 1420.