ÁREA: Produtos Naturais
TÍTULO: ESTUDO DO COMPORTAMENTO TÉRMICO DO CONFREI (Symphytum officinalis L – BORAGINACEAE) POR TEMOGRAVIMETRIA
AUTORES: MEDEIROS, M.A.P. (UFRN) ; NEVES, I.P.F. (UFRN) ; CATUNDA, A.P.M. (UFRN) ; MIRANDA, N.A. (UFRN) ; MACÊDO, R.O. (UFPB) ; ARAGÃO, C.F.S. (UFRN)
RESUMO: O Symphytum officinalis L – Boraginaceae, vem sendo indicado como hemostático, antiinflamatório, cicatrizante. É utilizado para favorecer o crescimento de tecidos novos em ulcerações, feridas, fraturas e afecções ósseas. O presente estudo tem como objetivo avaliar o comportamento térmico do confrei através da técnica termogravimétrica. Os dados cinéticos energia de ativação, ordem de reação e fator de freqüência pré-exponencial da decomposição foram calculados pelas equações matemáticas de Coats-Redfern, Madhusudanan, Horowitz-Metzger e Van Krevelen. A curva termogravimétrica do confrei apresenta cinco processos de termodecomposição. Os dados térmicos dos constituintes isolados das plantas fornecem informações importantes na avaliação da estabilidade dos materiais de origem vegetal.
PALAVRAS CHAVES: confrei, termogravimetria, parâmetros cinéticos
INTRODUÇÃO: O confrei (Symphytum officinalis L – Boraginaceae) vem sendo indicado como hemostático, antiinflamatório, cicatrizante. É utilizado para favorecer o crescimento de tecidos novos em ulcerações, feridas e cortes, fraturas e afecções ósseas. O estudo sobre o comportamento térmico de substâncias de origem vegetal usando técnicas térmicas são escassas na literatura (ARAGÃO, 1999, 2000, 2001, 2002a, 2002b). Estas informações podem auxiliar na escolha da melhor tecnologia de secagem das matérias-primas vegetais. O presente estudo tem como objetivo avaliar o comportamento térmico do confrei através da técnica termogravimétrica (TG).
MATERIAL E MÉTODOS: A curva TG do confrei foi obtida numa termobalança Shimadzu, modelo TGA-50H, utilizando cadinho de alumina, na razão de aquecimento de 10oC/min., numa faixa de temperatura de 25 – 900oC, sob atmosfera de ar sintético (20±0,5% de oxigênio e 80±0,5% de nitrogênio) a 10 mL/min. A massa da amostra foi de 9,84 mg. A curva TG foi analisada com o auxílio do software TASYS da Shimadzu. Os dados cinéticos foram calculados em quatro modelos matemáticos. Onde a energia de ativação (E), ordem de reação (n) e fator de freqüência pré-exponencial (Z) da decomposição foram obtidos da primeira etapa da curva TG. Os parâmetros cinéticos foram calculados pelas equações matemáticas de Coats-Redfern (CR) (COATS, 1964), Madhusudanan (MD) (MADHUSUDANAN et al, 1993), Horowitz-Metzger (HM) (HOROWITZ, 1963) e Van Krevelen (VK) (VAN-KREVELEN, 1951).
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A curva termogravimétrica do confrei, Figura 1, apresenta cinco processos de termodecomposição nos intervalos de temperatura: 2,71 – 109,58oC (9,018%); 206,28 – 336,81oC (33,648%), 336,81 – 429,74oC (11,057%), 429,74 – 524,29oC (23,068%) e 646,23 – 900,00oC (4,646%).
A primeira transição de fase corresponde à perda de água. Os dados termogravimétricos das folhas de confrei permitiram calcular os parâmetros cinéticos mostrados na tabela abaixo. Os valores obtidos da energia de ativação pelos métodos utilizados mostram uma boa correlação de resultados.
CONCLUSÕES: Os dados térmicos dos constituintes isolados das plantas fornecem informações importantes na avaliação da estabilidade dos materiais de origem vegetal.
AGRADECIMENTOS:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: Aragão, C. F. S.; Barbosa-Filho, J. M.; Macêdo, R. O. Thermal characterization of warifteine by means of TG and a DSC photovisual system. Journal Thermal Analysis and Calorimetry, v. 64, n. 1, p. 185-191, 2001.
Aragão, C. F. S.; et al. Aplicação da termogravimetria no controle de qualidade da milona (Cissampelos sympodialis EICHL) Menispermaceae. Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 12, n. suplemento, p. 60-61, 2002.
Aragão, C. F. S.; et al. Thermal behavior of biflorin by means TG and a DSC photovisual system. Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 12, n. suplemento, p. 110-111, 2002.
Aragão, C. F. S.; Nascimento, T. G.; Macêdo, R. O. Application of thermal analysis in the characterization of anti-hypertensive drugs. Journal Thermal Analysis and Calorimetry, v. 59, n. 3, p. 657-661, 2000.
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Coats, A. W. And Redfern, J. P. Nature, 201 (1964) 68.
Horowitz H. H. And Metzger R. Anal. Chem., 35(10) (1963) 1964.
Madhusudanan, P. M. et al. Thermochemica Acta, 221 (1993).
Van Krevelen W. et al Fuel, 30 (1951) 253.