ÁREA: Ensino de Química
TÍTULO: UTILIZAÇÃO DE JOGOS NO ENSINO DE QUÍMICA, PERCEPÇÃO DO REFLEXO PEDAGÓGICO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES
AUTORES: FIELD´S, K.A.P. (ILES/ULBRA) ; ARAÚJO, S.C.M (ILES/ULBRA) ; RIBEIRO, K.D.F. (ILES/ULBRA)
RESUMO: O objetivo deste trabalho é relatar como percebemos o reflexo da ação pedagógica na formação de professores de química, identificar e discutir as técnicas de ensino utilizadas pelos estagiários na elaboração do trabalho de conclusão de curso do primeiro semestre do Curso de Licenciatura em Química do ILES/ULBRA de Itumbiara-GO. Assim, toda a discussão é pautada mediante a leitura, análise, observação e questionamento das apresentações, oral e escrita, dos trabalhos de conclusão de curso. Observou-se que 80% dos alunos utilizaram jogos, evidenciando assim que eles se sentiram motivados ao trabalhar com as metodologias desenvolvidas nos estágios e adotaram esse recurso como forma de dinamizar as aulas dos seus minicursos.
PALAVRAS CHAVES: formação de professores, jogos, ensino
INTRODUÇÃO: Ao se trabalhar na formação de professores se questiona quais estratégias de ensino utilizar que permitam a instrumentalização teórica e técnica de forma a possilibitar a esses futuros professores de química desenvolver sua profissão com dinamismo, competência e consciência de se estar fazendo o melhor e com capacidade de criar didáticas específicas conforme a realidade na qual esteja atuando. Segundo Lobo e Moradilo (2003) as “concepções que nós temos, nossas preferências pessoais e estilos pedagógicos desempenham um papel decisivo na prática docente”. O professor participa da identidade das pessoas com as quais se relaciona e ele ensina não somente o que sabe, mas ensina e revela o que ele é e essa revelação ocorre quando seleciona conteúdos, quando define métodos e estratégia de ensino e quando utiliza técnicas para conduzir o processo de aprendizagem. Assim, é necessário refletir como ensinamos, pois nosso estilo terá uma influência marcante sobre as práticas pedagógicas e sobre as concepções dos nossos alunos. Desta forma acreditamos que o ensino deve ser baseado na pesquisa, na investigação, na criação de situações problematizadoras, envolvidas em um contexto social.. Nas disciplinas de estágios curricular supervisionado I, II, III e IV oportunizamos o desenvolvimento de jogos, dramatizações, elaboração de projetos interdicisplinares, elaboração de aulas em salas ambientes, experimentação, integração com a comunidade escolar e estudo do Projeto Político Pedagógico da unidade escolar. Nosso foco neste trabalho é relatar como percebemos o reflexo da ação pedagógica na formação de professores de química, identificar e discutir as técnicas de ensino utilizadas pelos estagiários na elaboração do trabalho de conclusão de curso.
MATERIAL E MÉTODOS: Toda a discussão é pautada mediante a leitura, análise, observação e questionamento das apresentações, oral e escrita, dos trabalhos de conclusão de curso dos alunos matriculados na disciplina de Estágio Curricular em Química IV e Prática de Ensino e Estágio Curricular Supervisionado do primeiro semestre de 2007, do curso de Química do ILES/ULBRA de Itumbiara - GO.
Na disciplina de estagio I e II os alunos conhecem as escolas estaduais, as estratégias de ensino utilizados pelos professores, o projeto político pedagógico das escolas e a infra-estrutura da escola, além de ler, analisar e discutir artigos sobre metodologias de ensino. No estágio III os alunos escrevem um projeto que será realizado na forma de mini-curso com alunos do ensino médio da rede estadual, onde deve conter tema, problema, justificativa, objetivo geral e específicos, referencial teórico, metodologia, cronograma e bibliografia. No estágio IV os alunos realizam o mini-curso e mediante os resultados obtidos deste mini-curso, eles escrevem seus trabalhos de conclusão de curso, o qual será apresentado a uma banca de três professores para avaliar seu trabalho.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Observou-se que 80% dos alunos utilizaram jogos em suas aulas. E ao questioná-los sobre o uso de jogos eles mencionaram que é um estratégia divertida que eles vivenciaram durante os estágios e que possibilita a sociabilização entre professor/aluno e aluno/aluno, prende a atenção e desenvolve a aprendizagem dos temas trabalhados. Segundo PIAGET (1978), o conhecimento é um processo que resulta da interação entre o organismo e o seu meio. E muitos autores têm-se pronunciado que os jogos colaboram para a aquisição de habilidades sociais, do papel comunicativo da linguagem, há uma relação direta entre ludicidade e aprendizagem, afetividade e sociabilidade (SILVA, LAUTERT, 2001).Os jogos trazem experiências inovadoras à vida dos alunos e ensinam que aprender química e resolver problemas pode ser divertido. Muitos alunos utilizaram os jogos para aplicar questionários estimulando o raciocínio rápido, a tomada de decisões e a observação das atitudes do grupo. Em alguns trabalhos percebeu-se que ao jogar os alunos utilizam seus movimentos como meio de buscar parceiros, explora objetos, explora suas emoções, representa as imagens sociais e culturais que seu cotidiano lhe permite adquirir.
Estes resultados evidenciam que os estagiários gostaram de trabalhar com os jogos desenvolvidos nos estágios e adotaram esses recursos como forma de dinamizar as aulas dos seus minicursos. Como todos os estagiários adotaram algum tipo de dinâmica desenvolvida nas disciplinas de Estagio Supervisionado, percebeu-se que esse tipo de trabalho acaba refletindo diretamente na formação do futuro professor de Química, cabendo então uma responsabilidade significativa aos professores dos cursos de Licenciatura, que terão o reflexo de seu trabalho disseminado nos profissionais formados por ele.
CONCLUSÕES: É necessário o uso de diferentes técnicas de ensino para possibilitar aos alunos o desenvolvimento de novas habilidades e para tornar o trabalho do professor mais dinâmico e eficiente. As observações apontados neste trabalho sobre as técnicas de ensino utilizado pelos alunos refletem a ação pedagógica dos seus professores.
AGRADECIMENTOS: Agradecimentos: Ao ILES/ULBRA de Itumbiara. Aos alunos do curso de Química do ILES/ULBRA.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: LÔBO, S. F.; MORADILO, E. F. 2003. Epistemologia e a formação docente. Química Nova na Escola, n.17, 39-40.
PIAGET, J. A formação do símbolo na criança; imitação, jogo e sonho, imagem e representação, Rio de Janeiro: Koogan, 1978.
SILVA, D.O.; LAUTERT, E.M.L. 2001. Sóciointeracionismo, teoria que embasam o comportamento lúdico da criança. Revista do Professor, v.17. n. 66: 7-12