ÁREA: Ensino de Química

TÍTULO: A AÇÃO EMPREENDEDORA COMO PARTE DA FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DE QUÍMICA

AUTORES: MOURA, D.C. (IC) (UFRN) ; PERES, A.P.S. (IC) (UFRN) ; COELHO, E.P.M. (IC) (UFRN) ; MOURA, M.F.V. (PQ) (UFRN) ; FERNANDES, N.S. (PQ) (UFRN)

RESUMO: Durante a vida acadêmica existe qualquer conteúdo, incentivo ou forma de apoio que possa despertar o lado empreendedor nos estudantes?
Os profissionais da Química e ciências em geral são formados para buscar um emprego no setor público ou privado, e muitos, sem alternativa, ingressam nos programas de pós-graduação para realização do mestrado ou doutorado. Não deveríamos formar químicos mais pró-ativos, aptos a serem protagonistas no processo de desenvolvimento industrial nacional, capazes de identificar oportunidades de negócios e transformar conhecimento científico na geração de tecnologia, agregando valor, criando empregos e divisas?
A formação de empreendedores é de fundamental para o desenvolvimento sustentável em uma economia altamente competitiva e globalizada que temos hoje.


PALAVRAS CHAVES: empreendedorismo, educação, química.

INTRODUÇÃO: Na sociedade atual, o crescimento de uma economia dirigida para a Ciência e Tecnologia exige cada vez mais a formação de quadros e técnicos a diferentes níveis capazes de responder às novas exigências.
No domínio da Ciência e Tecnologia, a Química representa a ciência central tendo fronteiras com outras áreas como, por exemplo, Física, Biologia, Medicina e Engenharia, entre outras. Desde sempre, esta ciência tem sido aplicada para melhorar o nosso nível de vida, continuando a ser uma ferramenta crucial no desenvolvimento e melhoramento da nossa sociedade.
A abordagem do empreendedorismo voltado à área tecnológica é resultado do aprimoramento do conteúdo.
Neste contexto, a Química tem um papel essencial, sendo uma ciência central onde aplicações tecnológicas têm grande repercussão no desenvolvimento de áreas. A formação de profissionais que sejam capazes de transformar o conhecimento químico gerando tecnologias, processos, riquezas e empregos é de grande relevância.
O objetivo deste trabalho é mostrar aos estudantes que há outras oportunidades em sua carreira profissional, abertas pela capacidade de sonhar - não fantasias inatingíveis, mas algo que possa ser realizado.


MATERIAL E MÉTODOS: Foram elaborados questionários com perguntas dirigidas aos participantes do Projeto a cerca de suas perspectivas com relação ao mercado de trabalho em sua área. As questões estão na Tabela 1.
Os participantes foram abordados quanto à escolha de um provável produto que poderia ser lançado no mercado. A maturidade adquirida nessa etapa do Projeto levou-os a respostas mais elaboradas considerando os aspectos relacionados ao tipo de cliente (público alvo), à necessidade do mercado, aos custos relacionados (capital inicial), às atividades de “marketing” e ao preço final do produto considerando os custos e o lucro previsto.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Considerando a abordagem realizada nos questionários aplicados aos participantes do projeto, todos apresentaram um desenvolvimento intelectual significativo com relação ao tema empreendedorismo. As respostas, na sua maioria, enfatizaram que o mercado de trabalho do químico não está restrito apenas à pesquisa e ensino. Pode-se perceber que essa visão é conseqüência da formação adquirida no decorrer do projeto, sendo de fundamental importância na formação acadêmica. As respostas são mostradas nos gráficos na Figura 1.





CONCLUSÕES: O empreendedorismo como formação complementar pode contribuir para valorização do profissional da Química, tanto com relação a sua formação acadêmica quanto de cidadão no sentido em que o coloca como sujeito responsável pelo seu desenvolvimento profissional e pessoal, como também como sujeito ativo no desenvolvimento do país, enfatizando mais ainda a relação ciência e sociedade. Os responsáveis pela elaboração de currículos dos cursos de química devem se preocupar no aspecto de formação do profissional já que a química é uma ciência de importância capital no desenvolvimento de um país.

AGRADECIMENTOS: À UFRN e a Junior Achievement do RN pela motivação e incentivos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: [1] ARAÚJO, M.H.; LAGO, R.M.; OLIVEIRA, L.C.A.; CABRAL, P.R.M.; CHENG, L.C.; FILION, L.J. O estímulo ao empreendedorismo nos cursos de química: formando químicos empreendedores. Química Nova. Vol. 28, 2005.
[2] http://www.dquim.uevora.pt/MQAE/ acessado em Junho de 2007.