ÁREA: Ensino de Química

TÍTULO: O uso da linguagem escrita no curso de química da Universidade Estadual do Piauí (UESPI)

AUTORES: SOUSA, A.K.L. (UESPI) ; OLIVEIRA, C.C. (UESPI) ; OLIVEIRA, L.F. (UESPI) ; RODRIGUES, S.S. (UESPI) ; OLIVEIRA, M.L. (UESPI)

RESUMO: O presente trabalho tem como objetivo utilizar a linguagem escrita como ferramenta para melhorar a compreensão dos conceitos pelos estudantes e facilitar a comunicação entre alunos e professor. A grade do curso de química em geral dispõe de um maior número de disciplinas de cálculos o que vem a contribuir para um agravamento considerável no grau de dificuldade na escrita dos alunos. Foram aplicados questionário e teste a alunos de blocos distintos e aos professores questionário e entrevista obtendo-se como resultado a deficiência dos alunos em relação a escrita e maior aptidão a cálculos. Concluiu-se a necessidade de aprimorar o conhecimento científico e lingüístico para os profissionais de ciências que necessitam de pensamento crítico e comunicação clara.

PALAVRAS CHAVES: escrita, dificuldade, linguagem

INTRODUÇÃO: Este trabalho tem como objetivos; utilizar a linguagem escrita como ferramenta para melhorar a compreensão dos conceitos pelos estudantes e facilitar a comunicação entre alunos e professor; aprimorar a escrita dos alunos na redação de relatórios, artigos científicos e projetos e incentivar os professores a utilizarem um maior número de questões interpretativas e descritivas em testes aplicados em sala de aula, para um maior aproveitamento das mesmas. As dificuldades encontradas pelos estudantes de graduação em química na transmissão de seus conhecimentos são relevantes no que se refere a sua competência profissional. Através da linguagem escrita podem-se ter grandes benefícios para aprendizagem dos alunos. De uma maneira geral, o professor encontra-se muito mais inteirado sobre o nível de assimilação e sobre as concepções dos tópicos ensinados a partir de leitura de tarefas escritas similares às apresentadas com o uso da linguagem escrita do que pela simples correção das populares questões de múltipla escolha ou questões do tipo "falso ou verdadeiro" (Harwood, 1996). O pensamento e linguagem encontram-se imbrificados, quando um deles é aprimorado o outro quase sempre melhora, assim quando se solicita ao aluno que escreva algo, impinge-se a ele a tarefa de "pensar" sobre este assunto, pois, o ato de escrever envolve muito mais do que simplesmente expor idéias armazenadas na cabeça, para isso é necessário organizá-las para assim serem expostas (Stewart,1989). Assim é importante o desenvolvimento da escrita dos alunos de química pois isso refletirá, dentre outros fatores, em sua competência profissional no mercado de trabalho.

MATERIAL E MÉTODOS: Foram utilizados aplicação de questionário e teste a alunos de distintos blocos da UESPI e além de questionário e entrevista com professores no período entre agosto de 2006 a abril de 2007. A análise dos resultados desses dados foram comparados com o desempenho (notas) dos alunos em relatórios de laboratório, em provas com maior número de questões de cálculos e descritivas. A participação dos alunos do último bloco (oitavo) do curso teve um enfoque maior, pois, através dos resultados dos mesmos pode-se observar o nível dos conhecimentos interpretativos e de escrita com que os estudantes tão indo para o mercado de trabalho.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Com a aplicação dos questionários a maioria dos alunos responderam dentre as alternativas oferecidas no questionário a preferência por questões objetivas, pois segundo eles, em geral, as mesmas são práticas, as subjetivas (descritivas) exigem uma atenção maior quanto a interpretação e escrita, o que os mesmos afirmam nas justificativas do questionário não dominarem. Os professores em geral, afirmam nos questionários e entrevistas não desenvolver, com enfoque a questão da escrita em sala de aula, que por uma questão de “tradição” não desenvolvem atividades em sala descritiva o que o problema da escrita ser uma deficiência historicamente escolar dos alunos que tem acesso a universidade.




CONCLUSÕES: Concluiu-se a necessidade de aprimorar a escrita de alunos do curso de química, pois os mesmos necessitam de comunicação clara para redigirem relatórios, artigos e projetos. Um outro aspecto preocupante considera a própria formação do professor de química que está sendo treinado para ensinar ciências e não para discorrer com maestria sobre gramática, retórica, estruturação de frases e etc. Assim, um fino ajuste de vários fatores faz-se necessário quando se pretende trabalhar com linguagem escrita em salas de aulas ou em laboratório de ciências.

AGRADECIMENTOS: Agradeço a Deus, minha avó,aos meus pais e minha orientadora profª Marly Oliveira.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: HARWOOD,W.S.; J. Chem. Educ.1996,73,229.
STEWART,B.Y.; J. Coll. Sci.Teach.1989,94.
COOPER,M. M.; J. Chem. Educ.1993,70,476.
WILSON,J. W.; J. Chem. Educ.1994,71,1019.