ÁREA: Ensino de Química
TÍTULO: A IMPLEMENTAÇÃO DO ENSINO DE QUÍMICA EXPERIMENTAL NOS ANOS INICIAIS (4º ao 7º ano) DO ENSINO FUNDAMENTAL
AUTORES: SILVA (UECE) ; SOUZA (UECE)
RESUMO: Este trabalho mostra os benefícios, dificuldades e vantagens da implementação do Ensino de Química nos anos inicias através de aulas experimentais. É tratado de forma a oferecer o resultado de uma experiência em um colégio particular de Fortaleza, com exemplos de aulas práticas com teoria e experimentos, que devem ser observados com bastante atenção pelos professores que pretendem inserir essa prática de ensino em algum estabelecimento, para que o ensino infantil, com suas linguagens próprias, animação e ingenuidade seja mantido. O resultado de uma pesquisa de opinião dos alunos anima a prosseguir neste trabalho. O principal resultado é o prazer de formar pequenos cientistas e ver crianças entendendo e discutindo a química do dia-a-dia como “gente grande”.
PALAVRAS CHAVES: ensino, química, experimental
INTRODUÇÃO: O estudo da química não deve ser algo imposto aos alunos como uma obrigação. A dificuldade da aprendizagem pode estar relacionada ao afastamento dessa disciplina durante todo o ensino fundamental, exceto no 9º ano, onde ela é iniciada regularmente. Este trabalho busca aproximar da Química os estudantes dos anos iniciais, desenvolvendo atividades experimentais de modo a emergir os fenômenos e conceitos relacionados à Química, a partir da própria vivência da criança em seu cotidiano. A experimentação pode ser uma solução para esse problema, onde os estudantes da etapa inicial do processo de escolarização se identificariam melhor com a Química. As experiências possibilitam que as crianças pensem e busquem em sua estrutura cognitiva elementos para fundamentar suas escolhas, suas hipóteses e sua aprendizagem efetiva. O principal objetivo deste trabalho foi identificar processos e resultados no desenvolvimento de atividades práticas de Química em um laboratório para os alunos do 4º ao 7º ano. As atividades foram criteriosamente elaboradas de modo a possibilitar uma discussão ampla e contextualizada do fenômeno abordado. A escolha dos temas a serem explorados nas experiências vincula-se ao conteúdo curricular desenvolvido no ambiente escolar.
MATERIAL E MÉTODOS: Foi elaborado um questionário visando uma análise sobre o interesse, a necessidade, e o que os alunos buscam no estudo da química. Foi aplicado em um Colégio de Fortaleza distribuído entre 34 alunos do 4º ao 7º ano do ensino fundamental que passaram por um teste de seleção para ingresso no clube de ciências (projeto de formação de pequenos cientistas) e estavam sendo apresentados aos laboratórios de física, química e biologia. Além do questionário foram aplicados em algumas turmas desses anos, experimentos simples, de fácil compreensão, mas que necessitam de certos critérios para produzirem resultados expressivos, não possibilitando a sua simples realização no contexto da sala de aula. Os experimentos aplicados foram: a) Fabricação de perfumes; b) Estudando a fabricação de gases; c) Extração de corantes naturais; d) Extração de corantes alimentícios.
Observou-se muito entusiasmo por parte dos alunos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Analisando esse resultado, percebe-se que as experiências são realmente um atrativo a mais para o ensino da Química. Estimula o aluno a estudar e ilustra a teoria de Ciências ensinada na sala de aula e que grande parte das crianças gosta. A sede de conhecimento dos alunos com essa faixa etária é um fator motivante para o estudo. Realizar uma experiência, buscar resultados, discutir com os colegas, identificar o fenômeno como algo que está presente na sua vida é objeto de busca desses alunos. Com relação ao resultado da aplicação do questionário, conclui-se que é alto o índice de aprovação desse projeto pelos alunos e que o grau de interesse e expectativas dessas crianças deve ser levada em conta. O profissional que conduzirá essas crianças por essa maratona cientifica deve buscar motivação principalmente no interesse desses alunos.
CONCLUSÕES: As crianças das séries iniciais são capazes de ir além da observação e da descrição dos fenômenos, habilidades almejadas comumente e trabalhadas pelos professores. Através das atividades experimentais, as crianças elaboram os primeiros conceitos científicos e constroem ou reconstroem o conhecimento socialmente adquirido. As aulas de Química devem ser planejadas para que os estudantes ultrapassem a ação contemplativa.
AGRADECIMENTOS:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: CARDOSO, Sheila Pressentim e COLINVAUX, Dominique. Explorando a motivação para estudar Química. Revista Química Nova, São Paulo, 23: 3, p. 401, mar. 2000.
CHASSOT, Attico. A educação no ensino da química. 3. ed. Ijuí, RS: Ed. Unijuí, 2003.
SANTOS, Wilson Luiz Pereira et al. Química e Sociedade. São Paulo: Ed. Nova Geração, 2005.