ÁREA: Ensino de Química

TÍTULO: A LUTA E A AFIRMAÇÃO DE MADAME CURIE E ROSALIND FRANKLIN

AUTORES: BATISTA, T.P.P. (UECE) ; NETO, P. (UECE) ; MARQUES, G. T. S. (UECE)

RESUMO: Não são necessários muitos esforços para se evidenciar o quanto a ciência é masculina. “Sobre a quase ausência de mulheres na história da ciência, não deixa de ser significativo que, ainda nas primeiras décadas do século XX, a ciência estava culturalmente definida como uma carreira imprópria para a mulher” (CHASSOT, 1997). A explicação para este fato pode ser encontrada, ao fazermos um resgate na história da ciência, onde é possível encontrar diversas mulheres que tiveram colaborações de extrema importância, mas que não obtiveram o devido reconhecimento. Sendo assim, neste trabalho buscou-se fazer um resgate da vida de duas cientistas, Madame Curie e Rosalind Franklin, mulheres fascinantes. Diante disso, conclui-se que a ciência tem como referência mulheres com contribuições marcantes.

PALAVRAS CHAVES: madame curie, rosalind franklin, mulheres na ciência.

INTRODUÇÃO: A menor representatividade das mulheres na ciência vem sendo estudada nos últimos tempos.”As causas para o problema são complexas e com múltiplas facetas, sejam estas de ordem sócio-cultural, econômica ou cognitiva” (SOARES, 2001). Quando fazemos um resgate histórico na ciência encontramos duas cientistas brilhantes: Marie Curie e Rosalind Franklin. Pierre Curie, marido de Marie, teve de recusar a receber o Prêmio Nobel sozinho para que a comissão pudesse reconhecer a participação dela na descoberta da radioatividade. Rosalind Franklin teve fundamental participação na elucidação da estrutura do DNA, mas foi totalmente ignorada pela comissão do Prêmio Nobel. Diante disso, verificou-se a importância em resgatar a participação destas duas mulheres na pesquisa científica. Este trabalho expõe o preconceito emanado na Ciência, mostra a brilhante história de Marie Curie e relata qual foi a participação de Rosalind Franklin na elucidação da estrutura do DNA.

MATERIAL E MÉTODOS: Para a elaboração deste trabalho foi inicialmente realizada uma ampla pesquisa bibliográfica, sendo em seguida efetuada a seleção de textos e livros mais convenientes. A partir daí, fez-se uma revisão bibliográfica onde é explanado como se originou o preconceito na Ciência, mostrou-se a história de Madame Curie e relatou-se qual foi a participação de Rosalind Franklin na elucidação da estrutura do DNA.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: “O caráter predominantemente masculino da Ciência pode ter se fortalecido a partir de nossa tríplice ancestralidade greco – judaico – cristã” (CHASSOT, 2003). Cada uma dessas raízes denota o preconceito. Marie era uma aluna brilhante. Passou a estudar em uma instituição russa, pois era a única que levaria ao nível superior. Mas, sofria bastante repressão por ser polonesa. Estudou Física na Sorbonne, em Paris. Casou-se com Pierre Curie. “Marie e Pierre Curie começaram então a pesquisar de onde eram provenientes as radiações observadas por Becquerel no minério urânio” (XAVIER et al., 2007). Receberam o prêmio Nobel de Física, embora Marie tenha ficado de fora, no início, por causa do preconceito existente. Marie ainda descobriu os elementos polônio e rádio. Rosalind Franklin, especialista em cristalografia por raios-X, deu grande contribuição à elucidação da estrutura do DNA através de sua imagem de difração de raio-X. Porém, não obteve reconhecimento, pois sua imagem foi mostrada a Watson sem que ela tivesse conhecimento. Assim, Watson e Crick utilizaram-na para montar a estrutura do DNA. E, em 1942, os dois juntamente com Wilkins recebem o Prêmio Nobel de Medicina.

CONCLUSÕES: Inicialmente, foi possível observar o quanto a ciência teve predominância masculina. Marie Curie foi um exemplo de coragem e determinação. Uma pessoa apaixonada pela ciência e vítima do preconceito por ser mulher e polonesa. Deu sua contribuição que lhe valeu dois Prêmios Nobel. Rosalind Franklin tornou-se um ícone da mulher científica. Foi a única cientista a trabalhar na elucidação da estrutura do DNA. Diante disso, conclui-se que a ciência tem como referência mulheres com contribuições marcantes, que ainda estão em processo de reconhecimento, a partir do resgate histórico.

AGRADECIMENTOS:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: CHASSOT, Attico. 1997. Nomes que fizeram a Química. Química Nova, 5: 21 – 23.

CHASSOT, Attico. 2003. A Ciência é masculina? É sim senhora! São Leopoldo: Unisinos.

SOARES, T. A. 2001. Mulheres em Ciência e Tecnologia: Ascensão Limitada. Química Nova, 24: 281-285.

XAVIER, A. M., LIMA, A. G. de, VIGNA, C. R. M., VERBI, F. M., BORTOLETO, K. G., COLLINS, C. H., BUENO, M. I. M. S. 2007. Marcos da História da Radioatividade e Tendências Atuais. Química Nova, 30: 83 – 91.