ÁREA: Ensino de Química

TÍTULO: Avaliação do aprendizado de ligações químicas em diferentes níveis do ensino médio

AUTORES: TEIXEIRA SÁ, D.M.A. (FAFIDAM-UECE) ; MELO, N.B. (FAFIDAM-UECE) ; OLIVEIRA, M. I. (FAFIDAM-UECE) ; MOREIRA, A.F. (FAFIDAM-UECE) ; NASCIMENTO, J. S. (FAFIDAM-UECE)

RESUMO: Os conceitos de Química no ensino médio são vistos pela maioria dos alunos como abstratos e difíceis. Neste trabalho abordamos o tema ligações em químicas através de aula expositiva, experimentos rápidos e os conhecimentos foram fixados através de um jogo de passa ou repassa. Os procedimentos foram aplicados para alunos de primeiro, segundo e terceiro ano do ensino médio envolvendo três escolas públicas diferentes. Em seguida os alunos foram convidados a responderem um questionário para avaliarmos o aprendizado dos mesmos. Observou-se que mesmo o tema Ligações química sendo tratado principalmente no primeiro ano do ensino médio. Houve um aumento no número e qualidade das questões respondidas a medida que o grau de escolaridade aumentava.

PALAVRAS CHAVES: ligaçoes-quimicas, ensino

INTRODUÇÃO: Para Taber, 2001 as dificuldades no aprendizado de Química podem ser discutias a partir do que eles consideram “impedimento pedagógicos chaves” que são derivados da maneira como o tema é ensinado. As pesquisas consideradas por Taber demonstram que somente exposições hábeis e estruturadas não são capazes de melhorar significativamente o nível de aprendizagem.
Neto, V. N. A. (2003) em sua dissertação de mestrado conclui que nos livros de ensino médio e ensino fundamental os assuntos de química seguem a precedênica: atomísticas, periodicidade química e ligações químicas. Ele sita que este é um contraponto encontrado nos livros do antigo ensino secundário Este mesmo autor propõe aproximar o ensino da estrutura da matéria por meio da utilização mais intensa da noção clássica de valência. O livro didático ocupa um papel central na ação pedagógica do professor. Entretanto outros recursos devem ser utilizados como pequenas demonstrações que surtirão grandes resultados, dependendo da abordagem e da socialização entre a turma que contribuirá para engajamento em atividades participativas. São competências/habilidades de Química no ensino médio caracterizar os tipos de ligações químicas de acordo com a distribuição eletrônica dos átomos participativos. É importante acompanhar como está a evolução deste conceito a medida que o aluno progride em seu grau de escolaridade.

MATERIAL E MÉTODOS: Este trabalho foi desenvolvido por uma equipe de alunos da disciplina Projeto especial em Química I do curso de Química da Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos da Universidade Estadual do Ceará. Primeiramente foi elaborada uma aula expositiva envolvendo os tópicos: A importância das ligações Químicas; Onde e como ocorrem as ligações Químicas; Os tipos de Ligações Químicas; Ligações iônicas: uma troca de elétrons; Ligações covalentes: uma sociedade de elétrons; Pontes de Hidrogênio; Momento dipolar; Polaridade das moléculas; Solubilidade e polaridade;
Alotropia e mudanças de estado físico. Para ilustrar foi utilizado balões, pincel e fita crepe para demonstrar diferentes ligações químicas. Foi feito dois experimentos rápidos um de condutibilidade elétrica dos metais e de diferentes soluções e outro experimento demonstrando a solubilidade envolvendo óleo, água, éter e gasolina. Também foi realizado um jogo de passa ou repassa para fixação dos conceitos. Estas atividade foram realizadas para 6 grupos diferentes de acordo com o descrito abaixo: Os grupos 1A, 2A e 3A são três grupos de dez alunos cada do primeiro, segundo e terceiro ano respectivamente de uma escola pública de ensino médio do município de Tabuleiro do Norte no Ceará. Os grupos 1B, 2B e 3B são três grupos sendo que o primeiro grupo foi de 21 alunos, o segundo grupo de dezesseis alunos de uma escola pública de ensino médio do município de Jaguaruana e o grupo 3B foi constituído de16 alunos de outra escola de Jaguaruana. Os três grupos foram de primeiro, segundo e terceiro ano respectivamente. No final da aula foi aplicado um questionário para cada aluno e as respostas deste questionário foram avaliadas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Durante a apresentação da aula foi avaliada a receptividades dos participantes e após a aula foi avaliado o número de acertos das questões por candidato e a dificuldade das questões.
A turma 1A apresentou certa ansiedade e um pouco de receio este deve ser um dos motivos do seu baixo rendimento observado na figura 1.
A turma 2A apresentou-se um pouco desinteressada e preocupada em como aquele trabalho influenciaria em sua nota na disciplina.
A turma 3A foi a que mais se interessou pela aula e como pode ser visto na figura foi a que apresentou melhores resultados.
As turmas 1B e 2B mostraram-se interessada e participativa sendo que a turma 1B foi a que respondeu menos questões corretas entre todas as turmas avaliadas.
A turma 3B foi a que se mostrou menos interessada.
As turmas apresentaram mais dificuldades nas cinco últimas questões.
A partir das metodologias aplicadas observou-se que mesmo com alguns empecilhos aulas com demonstração de materiais além da exposição escrita com pincel e quadro é mais instigante para o aluno, mas este tipo de aula demanda tempo e material do professor.
Fazendo um paralelo entre as turmas o gráfico ajuda a observar que quanto maior o grau de escolarização mais questões foram acertadas pelos alunos e que os alunos da escola de Limoeiro do Norte apresentaram um desempenho melhor.




CONCLUSÕES: O conceito de ligações químicas pode ser abordado de diferentes maneiras instigando a percepção dos alunos. No público testado o grau de escolaridade influenciou no aprendizado deste conceito de química que rotineiramente é empregado para alunos de primeiro ano do ensino médio.

AGRADECIMENTOS:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: Keith, T. Building the structural concepts of chemistry: some considerations from educational research. Chemistry Education: Research and Practice in Europe, v. 2, n. 2, p. 123–158, 2001. Disponível em : <http://www.uoi.gr/conf_sem/cerapie> Acesso em 14 mar. 2002.
Neto, W.N.A. RELAÇÕES HISTÓRICAS DE PRECEDÊNCIA COMO ORIENTAÇÕES PARA O ENSINO MÉDIO DE QUÍMICA: A NOÇÃO CLÁSSICA DE VALÊNCIA E O LIVRO DIDÁTICO DE QUÍMICA. Disertação de mestrado. Curso de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal Fluminense. Niterói Rio de Janeiro. 2003.