ÁREA: Ambiental

TÍTULO: IMPLANTAÇÃO DO PGRSS EM LABORATÓRIO

AUTORES: LIMA, W. Z (UNIFENAS) ; ALVES, R.S. (UNIFENAS) ; VIEIRA, C.A. (UNIFENAS) ; BARBIERI, R.S. (UNINCOR)

RESUMO: Devido à grande importância dada à preservação do meio ambiente, os estabelecimentos de saúde se tornam responsáveis pelos resíduos que geram.Tais estabelecimentos devem ter como regra geral procedimentos capazes de promover a responsabilidade ambiental. O presente trabalho tratou da implantação de um PGRSS em um laboratório de análises clínicas no município da cidade de Divinópolis com o objetivo de minimizar o impacto causado pelos resíduos hospitalares por este gerado. A implantação contou em primeira fase com a conscientização de todos os colaboradores da empresa, e em seguida por classificação, tratamento e destinação do resíduos gerados. Houve a minimização da geração de resíduos bem como adoção de procedimentos que visavam a disposição final dos mesmos.

PALAVRAS CHAVES: gerenciamento de resíduos, pgrss, meio ambiente.

INTRODUÇÃO: Os resíduos de serviços de saúde são geralmente considerados apenas aqueles provenientes de hospitais, clínicas médicas e outros grandes geradores. Tanto que os resíduos de serviços de saúde são muitas vezes chamados de "lixo hospitalar". Entretanto, resíduos de natureza semelhante são produzidos por geradores bastante variados, incluindo farmácias, clínicas odontológicas e veterinárias, assistência domiciliar, necrotérios, instituições de cuidado para idosos, hemocentros, laboratórios clínicos e de pesquisa, instituições de ensino na área da saúde, laboratórios de química, entre outros, daí a necessidade de criar uma métodos que gerenciem a geração e o tratamento dos mesmos.
O Plano de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) é o documento que aponta e descreve as ações relativas ao manejo de resíduos sólidos, que corresponde às etapas de: segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final. Deve considerar as características e riscos dos resíduos, as ações de proteção à saúde e ao meio ambiente e os princípios da biossegurança de empregar medidas técnicas administrativas e normativas para prevenir acidentes (ANVISA, 2006).


MATERIAL E MÉTODOS: Inicialmente foi realizado um estudo bibliográfico e aprofundamento nas legislações pertinentes ao Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde aplicados ao laboratório de análises clínicas.
Após foi feito uma reunião com a diretoria do laboratório para obtenção dos dados da empresa, edificação, técnicos, estatísticos, que foram registrados na elaboração do plano.
Em seguida foi feito um diagnóstico situacional no qual foram observadas as diversas etapas de rotina que compõem o atual gerenciamento dos resíduos no Laboratório (geração, segregação, acondicionamento, armazenamento interno, transporte e disposição final dos resíduos), observando as ações dos agentes de higienização (funcionária dos serviços gerais) e responsáveis pelas áreas técnicas que descartam os resíduos.
Caracterizou o nível de conhecimento dos funcionários, bem como a percepção ambiental sobre o tema. Diante das informações foi realizado um treinamento com grupos de funcionários separadas por área de atuação dentro da empresa, onde foi focado o treinamento nos principais resíduos gerados no seu setor de trabalho e uma revisão geral do projeto destacando a importância e principais funções e motivos da elaboração do PGRSS.
Feito isso, foi realizada à caracterização do lixo com o objetivo de obter os dados de geração dos resíduos, essa caracterização foi dada pelos próprios funcionários responsáveis pelo descarte e tratamento dos resíduos. Com este resultado foi elaborado um plano de amostragem com o objetivo de verificar os dados quantitativos de cada resíduo gerado no setor. Gerando uma média mensal de cada grupo de resíduo gerado. Montou-se então um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde.


RESULTADOS E DISCUSSÃO: Com a implantação do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde, houve uma minimização da geração de resíduos. Baseado em educação, treinamento e prática em grupo, de uma maneira geral envolveu todos os colaboradores dentro da empresa, no quesito processo contínuo e obediência às normas. De acordo com o plano, cada resíduo foi destinado em recipiente adequado e nunca misturado com outras classes. Como exemplo, podem ser citados os resíduos do grupo D (resíduos comuns) os quais não necessitam tratamento especial, não podendo assim ter contato com resíduos de qualquer outro grupo. Houve participação efetiva dos colaboradores nesse processo.
Houve foco na conscientização das cores dos sacos plásticos e importância do acondicionamento. Os sacos brancos foram exclusivos para descarte de substâncias Infectantes e mesmo os resíduos que sofreram tratamento (autoclavação), como os meios de cultura, devem ser descartados somente nestes sacos.
O Grupo A é identificado pelo símbolo de substância infectanteconstante na NBR-7500 da ABNT, com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos. As substancias infectantes (Grupo A) sendo materiais contaminados, foram submetidos a tratamento prévio no próprio laboratório, através de autoclavação.
Os resíduos químicos (Grupo B), provenientes de aparelhos automatizados, onde por orientação do fabricante já são automaticamente descontaminados durante o seu processo de análise. Os recipientes onde são armazenados os seus resíduos são identificados como Resíduo Químico (Grupo B), de acordo com a NBR 7500 da ABNT. Já os resíduos comuns (grupo D), são descartados somente em sacos pretos, com as lixeiras identificadas como RESIDUO COMUM.


CONCLUSÕES: Os estabelecimentos de saúde devem ter como regra geral a prevenção: não geração, redução, minimização da geração dos resíduos, o reaproveitamento: levando ao reuso, reciclagem, recuperação, e a destruição ambientalmente segura através de tratamento prévio, disposição final adequada em aterros sanitários controlados.O presente trabalho visou a implantação de um PGRSS e obteve resultados satisfatórios contudo a mudança de conscientização é individual. É importante para isso educar e conscientizar, diminuindo a geração de resíduos e gerenciando os mesmos.

AGRADECIMENTOS:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA:
AMANTHEA, E., BELLI, R., DAMASCENO, J. W., JUNIOR, C. B., LAZARIN, F. B., TSUJIOKA, R. Y. D., XAVIER, G. A. Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde, In: VI Congresso Brasileiro de Engenharia Química em Iniciação Cientifica, Campinas-SP, 2005.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: Símbolos de Risco e Manuseio para o Transporte e Armazenamento de Material. Rio de Janeiro, 2000.

ANVISA - MS. Manual de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde /Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. – Brasília : Ministério da Saúde, 2006. 182 p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) ISBN 85-334-1176-6.


RDC 33 – ANVISA – MS, 2003. Disponível em: <www.anvisa.gov.br> data de acesso 10/02/2007.