ÁREA: Química Inorgânica

TÍTULO: DECOMPOSIÇÃO TÉRMICA DOS DICLOROACETATOS DE LANTANÍDEOS (III) COM A 2-PIRROLIDINONA

AUTORES: OLIVEIRA, R.C.S. (UFES) ; RODRIGUES, R.R.P. (UFES) ; SILVA, E.M. (UFES) ; MORIGAKI, M.K. (UFES) ; MELO, C.V.P. (UFES)

RESUMO: Através da análise das curvas Termogravimétrica (TG) e Análise Diferencial (DTG) foi feito o estudo da decomposição térmica dos complexos de fórmula Ln(Cl2HCCOO)3.C4H7NO (Ln = Eu3+, Pr3+ e Nd3+). As curvas TG – DTG foram obtidas através de um termoanalisador TGA-50 – Shimadzu, em atmosfera de oxigênio com fluxo dinâmico de 20mL.min-1. Foi observado que a decomposição térmica dos complexos ocorreu de maneira similar, em multietapas. A decomposição térmica desses complexos na faixa de temperatura 773K-873K sugere que houve formação de oxocomplexos (LnOCl), que sofre decomposição final para Ln2O3.

PALAVRAS CHAVES: 2-pirrolidinona, dicloroacetatos, lantanídeos (iii)

INTRODUÇÃO: Nesse trabalho apresentamos o perfil da decomposição térmica dos complexos de lantanídeos (III) com a 2-pirrolidinona de fórmula: Ln(Cl2HCCOO)3.C4H7NO (Ln = Eu3+, Pr3+ e Nd3+). A análise das curvas Termogravimétrica (TG) e Análise Diferencial (DTG), permitiram observar que a decomposição térmica dos complexos ocorreram em multietapas de forma semelhantes para os compostos estudados na faixa de 298K-1273K.

MATERIAL E MÉTODOS: A decomposição térmica para os compostos de fórmula Ln(Cl2HCCOO)3.C4H7NO (Ln = Eu3+, Pr3+ e Nd3+), foi realizada em atmosfera de oxigênio com fluxo dinâmico de 20mL.min-1, utilizando um Termoanalisador TGA-50 da Shimadzu. O software utilizado na obtenção das curvas termogravim étricas foi o Origin versão 6.0.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: A decomposição térmica para todos os complexos sintetizados de fórmula Ln(Cl2HCCOO)3.C4H7NO (Ln = Eu3+, Pr3+ e Nd3+) ocorreram em multietapas e de maneira similar. Na faixa de 615-851K foi observado a presença de oxocloretos de lantanídeos (III), (LnOCl) essa presença de íons cloreto foi identificada através do teste com íons Ag+ em meio ácido nítrico na massa residual, a partir de 852K, o resultado do teste para íons cloreto foi negativo, evidenciando a formação dos respectivos óxidos lantanídicos Ln2O3. A figura-1 mostra as curvas TG-DTG para os complexos Ln(Cl2HCCOO)3.C4H7NO (Ln = Pr3+ e Nd3+).



CONCLUSÕES: A decomposição térmica dos complexos sintetizados de fórmula Ln(Cl2HCCOO)3.C4H7NO (Ln = Eu3+, Pr3+ e Nd3+), ocorreu em diversas etapas de forma similar. Os produtos formados nas respectivas faixas de temperatura são: 298-466K ocorre a perda de água de higroscopicidade seguida da fusão sem decomposição dos compostos até 466K; na faixa de 467-614K ocorre a perda do ligante 2-pirrolidinona; na faixa de 615-851K ocorreu a perda simultânea dos dicloroacetatos levando a formação de oxocloretos; a partir de 852K ocorreu a formação dos respectivos óxidos de lantanídeos (III).

AGRADECIMENTOS: Agradecemos a Universidade Federal do Espírito Santo pelas bolsas concedidas e ao Laboratório de materiais Carbonosos do Departamento de Física – UFES.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: MADAN, S. K.; STURR, J. A.; “Inorganic complexes of gama-butyrolactam and N-Methyl-gama-butyrolactam”. J. Inorg. Nucl. Chem., Vol. 30, p. 2785-2793, Pergamon Press,1968.
SILVA, E. M.; “Compostos de adição dos cloroacetatos de lantanídeos (III) tendo como ligantes a epsolon-caprolactama e a N-metil-epsolon-caprolactama.”, Tese de doutoramento, Instituto de Química-USP, São Paulo, 1995.
SILVA, E. M.; “Síntese e caracterização de complexos de picratos de lantanídeos (III) com a 4-picolina-N-óxido (4-picNO)”, Dissertação de Mestrado, Instituto de Química-USP, São Paulo, 1991.