ÁREA: Iniciação Científica

TÍTULO: CARACTERIZAÇÃO DOS ÁCIDOS GRAXOS DA AMÊNDOA DE Manicaria saccífera (BUSSU) DO MUNICÍPIO DO MAZAGÃO DO ESTADO DO AMAPÁ.

AUTORES: CORRÊA, C.G. (UECE) ; BENIGNO, A.P.A. (UECE) ; CASTRO, R.A.O. (UECE) ; SANTOS, T.J.S. (IEPA) ; MORAES, S.M. (UECE)

RESUMO: Os ácidos graxos essenciais devem estar presentes na dieta. Estão presentes em óleos vegetais.Verificou-se o teor de óleo fixo e caracterizaram-se os ácidos graxos presentes na amêndoa do fruto Bussu.Triturou-se a amêndoa para a obtenção do óleo e desidratou-se em estufa.O material foi submetido à extração a quente em refluxo, em Soxlet utilizando hexano como solvente.Para a análise de ácidos graxos o óleo foi submetido ao processo de transmetilação. Os ésteres metílicos foram analisados por cromatografia de gás acoplada e espectrometria de massa. Dentre os ácidos graxos encontrados, o ácido oléico (28,20%) e linoléico (21,38%) apresentaram-se em maiores quantidades. No entanto, obteve-se uma quantidade considerável de ácidos graxos saturados como palmítico (23,87%), mirístico (10,18%).

PALAVRAS CHAVES: manicaria saccífera (bussu) , ácido graxo

INTRODUÇÃO: As espécies do gênero Manicaria são palmeiras de regiões de matas de várzea da região norte do Brasil. O Bussu (Manicaria saccifera) é uma das palmeiras mais importantes na economia e fitossociologia local, onde as folhas desta são utilizadas na cobertura de casas. Os ácidos graxos essenciais são as “gorduras boas” que são essenciais para todas as células em nosso corpo e exercem um papel crítico incluindo produção de energia, aumento de metabolismo, aumento de crescimento muscular, transporte de oxigênio, crescimento normal celular, funções nervosas e regulação hormonal. O objetivo deste trabalho foi determinar o teor de óleo fixo e caracterizar os ácidos graxos presentes na amêndoa do fruto bussu.

MATERIAL E MÉTODOS: As amêndoas foram coletadas no município de Mazagão da região amazônica do Estado do Amapá. Para a obtenção do óleo a amêndoa foi triturada e desidratada em estufa. O material foi moído e submetido à extração a quente em refluxo, em Soxlet, utilizando hexano como solvente. Após 6 horas de extração a solução obtida foi concentrada, utilizando-se um evaporador rotativo para retirada do hexano e devidamente armazenado. Para a análise dos ácidos graxos o extrato (500mg) foi submetido ao processo de transmetilação dos triglicerídeos, dissolvendo-se em 5ml de hexano com solução de KOH 0,1M em metanol sob refluxo durante 1h. Após este tempo foram adicionados 5ml de hexano e 15 ml de HCl 5%. As misturas foram colocadas em funil de separação para obter-se a fase hexânica que contem os ésteres metílicos. Estes foram analisados por cromatografia de gás acoplada a espectrometria de massa (CG/EM).



RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os teores de ácidos graxos insaturados da amêndoa do bussu foram de 51%. Dentre os ácidos graxos encontrados, o ácido oléico (28,20%) e linoléico (21,38%) apresentaram-se em maiores quantidades. No entanto, obteve-se uma quantidade considerável de ácidos graxos saturados como palmítico (23,87%), mirístico (10,18%), como mostrado na tabela 1.



CONCLUSÕES: Os ácidos graxos encontrados apresentaram rendimento de 51% de insaturação, podendo alguns (ácido linoleico), que está de acordo com o limite fixado pelo Codex Alimentarius, serem utilizados na industria alimentícia.

AGRADECIMENTOS: Ao Instituto de Pesquisas Cientificas e Tecnologicas do Estado do Amapá - IEPA e A Universidade Estadual do Ceará - UECE.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: CARVALHO, P. O., CAMPOS, P. R. B., NOFFS, M. D., OLIVEIRA, J. G., SHIMIZU, M. T., SILVA, D. M. (2003), “Aplicação de lípases microbianas na obtenção de concentrados de ácidos graxos poliinsaturados”, Química Nova, v. 26, p. 75-80.

CASTRO, H. F., MENDES, A. A., SANTOS, J. C., AGUIAR, C. L. (2004). “ Modificações de óleos e gorduras por biotransformação”, Química Nova, v. 27, p. 146-156.