ÁREA: Iniciação Científica

TÍTULO: DESENVOLVIMENTO DE UM JORNAL PARA APLICAÇÃO DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

AUTORES: COSTA NETO, J.J.G (CEFET-MA) ; SIQUEIRA, L.F.S. (CEFET-MA) ; MARTINS, J. C. L (CEFET-MA) ; FURTADO, L. M (CEFET-MA) ; BRITO, L. C. (CEFET-MA) ; LOBÃO P. M. DE P (CEFET-MA) ; LOPES, J. E. M (CEFET-MA) ; NÓBREGA, O. A. M (CEFET-MA) ; CARVALHO, F. K. S (CEFET-MA) ; MARTINS, M. B (CEFET-MA) ; OLIVEIRA, M.M (CEFET-MA)

RESUMO: Para despertar o interesse pela leitura e pelo conteúdo da Educação Ambiental, foi criado um jornal lúdico pelos alunos do curso de Especialização em Educação Ambiental e Gestão Participativa de Recursos Hídricos. Conceitos tais como Manguezais Maranhenses Continuam na UTI, Comida Frankenstein são abordados de forma que a leitura se torne prazerosa e divertida. Tal material foi submetido aos alunos de graduação em Licenciatura Plena em Química e os mesmo aprovaram a metodologia aplicada. Pode-se notar uma melhora no aspecto disciplinar e principalmente no interesse despertado pela atividade.

PALAVRAS CHAVES: educação ambiental, lúdico, jornal.

INTRODUÇÃO: Uma nova propostas foi elabora para o ensino de educação ambiental voltada ao ensino fundamental, médio e superior por meio da elaboração de material didático em forma de jornal científico pelos alunos do curso de Especialização em Educação Ambiental e Gestão Participativa de Recursos Hídricos, visto que uma das grandes dificuldades enfrentadas pelos professores das escolas públicas de ensino é a falta de material didático adequado à sua realidade. Tais materiais são importantes para os professores, que não têm acesso às informações sobre as problemáticas ambientais local de forma contextualizada com a sua realidade e que seja de fácil assimilação como forma de substituir os textos dos livros que são tão conceituais que ficam até maçantes (MANZONCHI,1996 apud Czapski,1998).

MATERIAL E MÉTODOS: Na execução da proposta, criou-se, elaborou-se e editou-se um jornal com a participação dos alunos, sendo o professor um intermediador deste processo, os próprios alunos selecionaram as matérias a serem publicadas. O jornal teria como tema principal os conceitos da Educação Ambiental. Utilizaram-se livros, artigos e internet para a pesquisa. Também se decidiu que o jornal seria dividido em seções, como, notícias, experiências, curiosidades e charges.
Escolheram-se os conceitos tais como Manguezais Maranhenses Continuam na UTI - alertando para a conservação deste ecossistema e Comida Frankenstein - enfatizando os alimentos transgênicos, além de uma seção de humor e charges, que foram trabalhados utilizando-se uma atividade lúdica que concebe a criação e a elaboração de um jornal científico que poderá funcionar como um motivador, despertando características lúdicas diretamente ligadas ao aprendizado, tais como, liberdade, criatividade e personificação de atividades realizadas por adultos (HUIZINGA, 1980). Além disso, atividades lúdicas podem intensificar o relacionamento entre professor e aluno, conforme detectado por Oliveira e Soares (2005).


RESULTADOS E DISCUSSÃO: Ao aplicar este jornal divertido de Educação Química com os alunos de especialização e graduação, vários demonstraram resistência à primeira vista, pelo fato de não levarem a sério tal recurso didático, porém após lerem as primeiras matérias, estes descobriram como a metodologia se encaixa no nosso dia-dia, arrancando sorrisos, interesse e curiosidade, fato que despertou em alguns deles a vontade de criar mais matérias para publicação de mais um número. Um fato importante deste tipo de material mostra que é possível criar matérias contextualizas, diferentes, colorida e multidisciplinar, uma vez que vários marcos de nossa história, geografia, ecologia, biologia e muitos outros, fazem parte deste informativo mundo ambiental.
Títulos como: Manguezais Maranhenses Continuam na UTI Manguezais do Estado do Maranhão permanecem em estado grave na UTI do Socorrão II na cidade de São Luís. No Brasil, o estado dos manguezais é urgente exigindo cuidados especiais com o objetivo de atingir um quadro de equilíbrio entre o desenvolvimento e a conservação.
O professor poderá explorar de maneira salutar o tópico de seu interesse para despertar o interesse do aluno.
Trechos do jornal são mostrados a seguir:
“Ao bom estilo FRANKENSTEIN a empresa vem mesclando genes de diversos alimentos sob a desculpa de contribuir para a diminuição da fome nos países subdesenvolvidos, ou mesmo, evitar desperdícios na lavoura por conta de pragas que assolam as plantações. Portanto, não se espante se encontrar nas prateleiras de supermercados produtos como: “banacaxi” ou “abacanana”. Não é imaginação, é bioengenharia


CONCLUSÕES: Pode-se notar uma melhora no aspecto disciplinar e principalmente no interesse despertado pela atividade, características peculiares ao uso do lúdico no ensino de ciências (SOARES, 2004).
A idéia de deixar um grupo responsável pela editoração do jornal pode ser repensada, pois os integrantes deste grupo ficavam às vezes sem atividade durante as aulas. A divisão de tarefas, bem como atividades de campo pode ser uma alternativa para suprir este problema, uma vez que enriqueceria o material final


AGRADECIMENTOS: Ao curso de Especialização em Educação Ambiental e Gestão Participativa de Recursos Hídricos do CEFET-MA pela realização deste trabalho

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: HUIZINGA, J. 1980. Homo Ludens Jogo: o jogo como elemento de cultura. Editora Perspectiva. São Paulo.
MANZOCHII, L. 1996. Avaliando a Educação Ambiental. In: A implantação da Educação Ambiental no Brasil. CZAPSKI, L. MEC. Brasília, DF.
OLIVEIRA, A. S. SOARES, M.H.F.B. 2005. Júri Químico: uma atividade lúdica para ensinar conceitos químicos. Quim. Nova Escola.
SOARES, M.H.F.B. O Lúdico em Química: Jogos em Ensino de Química. Tese de Doutorado. Universidade Federal de São Carlos, 2004.