ÁREA: Alimentos
TÍTULO: DETERMINAÇÃO DE UMIDADE EM FARINHAS DE MILHO UTILIZANDO A TERMOGRAVIMETRIA (TG) E O MÉTODO CLÁSSICO DE ANÁLISE.
AUTORES: FERNANDES, N. S. (UFRN) ; ARAÚJO, E. G. (UFRN)
RESUMO: Nesse trabalho foi realizada a determinação dos teores de umidade em amostras de farinha de milho provenientes de estabelecimentos comerciais do município de Natal - RN, a partir da utilização do método clássico de análise para deteminação de umidade, como também pela Termogravimetria (TG) e Termogravimetria Derivada (DTG). Os resultados indicaram que as amostras atendem à resolução em vigor em relação à umidade, considerando as duas metodologias utilizadas, caracterizando dessa forma, que a Termogravimetria é uma ferramenta adequada na determinação da umidade.
PALAVRAS CHAVES: termogravimetria, (tg), farinha de milho, umidade, cinzas.
INTRODUÇÃO: O milho é um dos alimentos mais nutritivos que existem sendo uma importante fonte de energia para o homem. É rico em fibras e é constituído por carboidratos, proteínas, vitaminas (complexo B), sais minerais (ferro, fósforo, potássio, cálcio) óleo e grandes quantidades de açúcares, gorduras, celulose e calorias. Ele pode ser consumido diretamente ou como componente para a fabricação de balas, biscoitos, pães, chocolates, geléias, sorvetes, maionese e até cerveja. Cultivado em todo país, é a matéria prima principal de vários pratos culinários como cuscuz, polenta, angu, bolos, canjicas, mingaus, cremes, entre outros. Esses farináceos devem ser armazenados em local seco, fresco e arejado e não devem ser colocados juntos a produtos que exalem odores, pois os absorvem com bastante facilidade. Nesse sentido, nas indústrias, alguns parâmetros como a umidade e teor de cinzas da farinha de milho são determinados continuamente seguindo a resolução em vigor, como forma de avaliar a qualidade da farinha. Normalmente o teor de umidade e cinzas são obtidos por meio de procedimento envolvendo aquecimento em estufa e/ou mufla e pesagem até massa constante (Método Clássico), caracterizando dessa forma, um procedimento bastante demorado. No entanto existem na literatura, trabalhos que utilizam as técnicas termoanalíticas, especificamente a Termogravimetria (TG) na determinação da umidade e cinzas em várias substâncias, observando-se ótimos resultados como também um procedimento mais versátil, eficaz e rápido. Assim, o presente trabalho tem como principal objetivo comparar os resultados de umidade e cinzas obtidos pelo método clássico com a Termogravimetria (TG) e Termogravimetria Derivada (DTG) em amostras de farinha de milho provenientes do comércio de Natal-RN.
MATERIAL E MÉTODOS: Foram analisadas amostras de farinhas de milho adquiridas em estabelecimentos comerciais do município de Natal, RN. Para a determinação da umidade foram utilizados os seguintes equipamentos: Balança analítica (Tecnal)e estufa para secagem e esterilização (modelo 315 SE, FANEM).Para a obtenção das curvas termogravimétricas utilizou-se uma termobalança acoplada a um analisador térmico diferencial modelo DTG-60H da SHIMADZU e as curvas foram obtidas utilizando-se cadinho de alumina, massa da ordem de 6,0 mg, razão de aquecimento de 20 oC min-1, atmosfera de nitrogênio e intervalo de 30 a 900 oC. As amostras foram armazenadas em frascos de vidros previamente lavados e rotulados. Em alíquotas desta amostra procedeu-se também a determinação de umidade (Método clássico), gravimetricamente, por perda de massa em estufa a 105°C até obtenção da massa constante de acordo com o método descrito pelo Instituto Adolfo Lutz, 1985.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A Figura 1 apresenta os resultados obtidos para a determinação da umidade pelo método clássico e pelas curvas TG/DTG das farinhas de milho. Considerando a umidade foi observado que os resultados na sua maioria estão de acordo com a legislação em vigor que regulamenta o percentual de 13% para umidade. Além disso verificou-se consonância entre os resultados obtidos pelos diferentes métodos.
CONCLUSÕES: A partir dos resultados obtidos pelas duas técnicas de análises, considerando os resultados de umidade, foi possível verificar que a Termogravimetria (TG)- Termogravimetria Derivada (DTG) é uma ferramenta rápida e eficaz na determinação da umidade em alimentos, uma vez que apresentou resultados em consonância com o método clássico de análise.
AGRADECIMENTOS: Propesq, FINEP, Laboratório de Cimentos e Meio Ambiente, Laboratório de Alimentos e Núcleo de Estudos em Petróleo e Gás Natural – NEPGN pelas análises.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: BRASIL. Resolução nº 344, de 13 de dezembro de 2002. Regulamento Técnico para a fortificação das Farinhas de Trigo e das Farinhas de Milho com Ferro e Ácido Fólico. Diário Oficial da União, Brasília, 18 de dezembro de 2002.
GERMANI, Rogério.Tabela Brasileira de Composição de Alimentos. Disponível em: <http://www.unicamp.br/nepa/taco>. Acesso em: 2 março 2007.
INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Métodos físico-químicos para análise de alimentos. 4. ed. Brasília, 2005.
Manual de fortificação de fubá e flocos de milho com ferro, novembro de 2001.
SKOOG, Douglas A; HOLLER, James A; NIEMAN, Timothy A. Princípios de análise instrumental. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2002.