ÁREA: Educação em Química

TÍTULO: UM OLHAR AO ENSINO DE QUIMICA NA REDE PRIVADA E PÚBLICA

AUTORES: MESQUITA, K. F. M.-UERN 1; NUNES, A. O..2 -UERN; SANTOS, A. G. D. -UERN. 2;
1 - PROFESSORA PESQUISADORA, DEPARTAMENTO DE QUíMICA ; 2 –ALUNO(A) DE INICIAçãO CIENTíFICA DO CURSO DE LICENCIATURA EM QUíMICA, DEPARTAMENTO DE QUíMICA –ALBINO_DQ_UERN@YAHOO.COM.BR


RESUMO: O presente trabalho visa comparar as dificuldades dos professores de química que tabalham nas redes pública e privada de ensino da cidade de Mossoró-RN, tanto no tocante às deficiências formativas, quanto aos recursos técnicos de que estes dispõem em sala, para o exercício de sua prática pedagógica. Para tanto foram entrevistados 17 professores e 428 alunos. Existem diferenças significativas, em âmbito formativo, de condições de trabalho, inerentes ao prorpio sistema educativo, e de abordagens pedagógicas, entre os professores das redes publica e privada analisados.

PALAVRAS CHAVES: ensino, química, aspectos escolares

INTRODUÇÃO: O ensino de ciências é um campo de estudo que vem despertando interesse de vários pesquisadores e pessoas ligadas à educação. Esse interesse se deve à demanda social por profissionais com formação científica e tecnolólogica, visto que esta é indispesável para o desenvolmento econômico, cultural e social. Por outro lado, nas escolas, as disciplinas científicas são preteridas pelos estudantes. Este problema pode ter várias causas, entre as quais podemos citar a exigência de um nível de abstração elevado e a limitação dos profissionais da educação, que são, em geral, os menos capacitados(Rosa). Podemos considerar também o ensino tradicional que dogmatiza a ciência, desprezando assim todo um conjunto de saberes que o aluno traz ao chegar na escola(Pozo), e a inabilidade do professor em demonstrar, de maneira explícita, a relação entre os conhecimentos estudados em sala com o cotidiano. Fala-se muito que a escola pública possue profissionais menos qualificados e, por isso, o ensino naquelas institições teria menos qualidade se comparado com o oferecido na rede privada. Estabelecemos aqui a relação entre a estrutura escolar de cada rede de ensino quanto aos seus profissionais.

MATERIAL E MÉTODOS: Esta pesquisa foi realizada em escolas de ensino médio da cidade de Mossoró no estado do Rio Grande do Norte, onde foram entrevistados 10 professores de química da rede privada durante o mês de março de 2005 e 7 da rede pública em abril de 2006 através de um diálogo que possibilitasse a análise de discusso aberto. Também foram questionados 281 alunos da rede privada e 147 da rede pública utizando-se de questionários de múltipla escolha respectivamente nos mesmos períodos.
A partir dos dados coletados, foram feitos cruzamentos de informações relevantes fornecidas por professores e alunos que possibilitassem um desenho da situação funcional e das condições didático-pedagógicas oferecidas pelo sitema educacional.


RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os professores das escolas públicas tem uma carga horária elevada, o que cria dificuldades para a realização do planejamento, inviabilizando alternativas didáticas de intervenção. No tocante a formação, nas escolas públicas, encontramos principalmente agrônomos como professores de Química. Nas instituições privadas são encontrados professores licenciados em quimica ou em processo de diplomação. Quanto aos recursos áudio-visuais utilizados, podemos perceber que na pública os profissionais possuem uma faixa etária maior de onde infere-se que talvez deva-se a isso sua menor familiaridade com novos materiais didaticos. As respostas dos professores da rede privada, que possuem menor faixa etária, reforçam essa idéia. Os cursos de aperfeiçoamento suprem deficiências de formação inicial, pois 80% dos profissionais da escola particular afirmam ter cursos em áreas como físico-química, orgânica ou analítica. Já os oferecidos aos professores da escola pública, apesar de terem aspectos de formação continuada, merecem uma análise, já que as deficiências conteudísticas dos professores acabam por forçar um redirecionamento no enfoque inicial.




CONCLUSÕES: Existem diferenças significativas, em âmbito formativo, de condições de trabalho, inerentes ao próprio sistema educativo, e de abordagens pedagógicas, entre os professores das redes publica e privada analisados. O tratamento dado a ciência por profissionais pouco qualificados acaba por ser ortodoxo e portanto, abissalmente contrário as dimensões aconselhadas nos P. C. N´s para o Ensino Médio. Consideramos que tal situação pode passar por mudanças nos próximos anos considerando o perfil dos novos profissionais que começam a ingressar na escola através de concurso público licenciados em Química.

AGRADECIMENTOS:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA:ROSA, Sany S. da, Construtivismo e Mudança, 9a ed, São Paulo: Cortez,1994.
POZO, J. I. e GÓMEZ CRESPO, M. A., Aprender y enseñar ciencia, Ediciones Morata, S. L., Madrid, 1998.