ÁREA: Educação em Química

TÍTULO: A TRADICIONAL METODOLOGIA DO ENSINO DE CIÊNCIAS

AUTORES: ELIZABETH CHAGAS GOMES1
ALUNA DE GRADUAçãO DE LICENCIATURA EM QUíMICA; UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARá (ELIZABETHCGOMES@HOTMAIL.COM)
JOSé MARIA B. DE OLIVEIRA2
PROFESSOR ; UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARá


RESUMO: RESUMO: Ao analisarmos o tipo de ensino em ciência que temos hoje na escola pública, percebemos as práticas tradicionais ainda utilizadas na educação, a maioria, modismos e idéias transplantadas acabam evidenciando uma prática tradicional ou enveredando pelo tecnicismo. Incluídas nesse contexto, as práticas metodológicas do ensino de ciências são relegadas à repetição de conceitos, em sua maioria desvinculados dos problemas sociais. Uma visão mais que tradicionalista. Por isso, este trabalho propõe-se a oferecer subsídios para o repensar da metodologia do ensino de ciências,considerando a realidade do aluno trabalhando com a cotidianização dos conteúdos.

PALAVRAS CHAVES: metodologia, ensino, ciÊncias

INTRODUÇÃO: INTRODUÇÃO: Uma reflexão aprofundada sobre a metodologia do Ensino de Ciências, evidencia marcas profundas de tradicionalismo, inclusive o distanciamento entre teoria e pratica. Essa percepção pode ser confirmada por algumas praticas adotadas pelos professores. Basta entrar em uma sala de aula para perceber tal fato. Os professores, apenas com o giz, consideram-se prontos para fazer as demonstrações, mas na maioria das vezes, ele não dispõe de tempo para uma discussão mais relevante sobre a aplicação dos conhecimentos. A utilização dos laboratórios (quando existentes) para a demonstração dos conteúdos, também deixa a desejar, pois normalmente são demonstrados experimentos que só podem ser observados em laboratórios, o que distancia ainda mais o ensino de ciência da realidade dos alunos. Muitos conteúdos, porém, seriam facilmente observados pelos alunos em situações do cotidiano, o que facilitaria a compreensão e aplicação do conhecimento. Daí nossa preocupação com o ensino de ciências e suas praticas metodológicas.

MATERIAL E MÉTODOS: MATERIAL E MÉTODOS: Este trabalho teve como delineamento a pesquisa bibliográfica. Pois como afirma Gil (1999:65), esse tipo de pesquisa permite ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente. Priorizamos a analise qualitativa das informações obtidas através das leituras. Depois de escolhida o tipo de metodologia, partimos para a definição de conceitos essenciais, como a tendência tradicional e a tendência crítico-social dos conteúdos, pois só entendendo a proposta metodológica de cada uma, é que partimos para a analise. Compreendemos por metodologia tradicional, aquela que se baseia na exposição verbal da matéria. Tanto a exposição quanto a analise são feitas pelo professor: a) preparação do aluno; b) apresentação; c) generalização;d) aplicação de exercicios.(Libâneo, 2002:24) Esse posicionamento é totalmente diferente da tendência crítico–social, que por sua vez, privilegia a aquisição do saber, mas de um saber vinculado às realidades sociais,(...) parte de uma relação direta com a experiência do aluno, confrontada com o saber trazido de fora. (Libâneo,2002:40). Essencial para e educação de qualidade.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: RESULTADOS E DISCUSSÕES: Ao relacionarmos as tendências metodológicas e o Ensino de ciências, verificamos que o mesmo ainda carrega princípios de uma educação tradicional. No Ensino Fundamental há uma mobilidade maior que, por vezes, cai em mal-entendidos e confusões. Não raro ser interpretado como uma listagem de termos a serem memorizados. (Delizoicov,1994). Já no Ensino Médio o tradicionalismo é muito mais evidente, pois são disciplinas que trazem uma abstração de conceitos distanciados da realidade dos alunos. É relevante, também, a ênfase nos exercícios, na repetição de conceitos ou fórmulas, pois através da memorização se visa disciplinar a mente e formar hábito, o que acaba por adestrar os alunos. Por outro lado, quando desejamos um Ensino de Ciências baseado na tendência crítico-social, percebemos a necessidade dos métodos favorecerem a correspondência dos conteúdos com os interesses dos alunos, e que estes possam reconhecer nos conteúdos o auxilio ao seu esforço de compreensão da realidade. Daí a importância da cotidianização da ciência, pois a ciência do familiar é uma das maneiras mais eficazes de apresentar a ciência a não-cientistas.(Fisher, 2004).




CONCLUSÕES: CONCLUSÕES: Nossa conclusão é que, não se deve dar tanta ênfase ao repasse dos conteúdos, mas sim a contextualização. Essa é a proposta crítico-social dos conteúdos. Para muitos, ensinar é transmitir conhecimento. No entanto, quando pensamos em como aprendemos, é que conseguimos contextualiza-los. Afinal, todo cientista busca compreender o mundo, e essa compreensão pode vir tanto do pequeno e insignificante como da contemplação dos grandes temas. Dessa forma o aluno deixaria de ser mero repetidor de conceitos passando a ser sujeito ativo de sua aprendizagem.

AGRADECIMENTOS:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA:REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS:
DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J.A.Metodologia do Ensino de ciências. 2 ed. São Paulo: Cortez,1994.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 5 ed. São Paulo: Atlas, 1999.
LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da Escola Pública: a pedagogia crítico-social dos conteúdos. 18 ed. São Paulo: Edições Loyola, 2002.
FISHER, Len. A Ciência no Cotidiano: como aproveitar a ciência nas atividades do dia-a-dia. Tradução, Helena Londres. Rio de Janeiro: Jorge Zahar ed. 2004.