ÁREA: Química Ambiental

TÍTULO: REAPROVEITAMENTO DOS COMPONENTES DAS LÂMPADAS FLUORESCENTES

AUTORES: ARMANDO P. DO NASCIMENTO FILHO (PQ)*, NOEMY CARDOSO PUGLIESI (PQ), ANDRé PONTES DE ANDRADE COSTA (IC) E VINíCIUS MENDES SEMERARO (IC).

DEPARTAMENTO DE QUíMICA INORGâNICA – INSTITUTO DE QUíMICA – UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE. OUTEIRO DE SãO JOãO BATISTA S/N, CENTRO, NITERóI, RJ, CEP 24020-150.
GQIARMA @VM.UFF.BR


RESUMO: No Brasil, segundo a Associação Brasileira de Iluminação, em 2004 foram descartadas. 80 milhões de lâmpadas fluorescentes e de vapores metálicos. Devido ao pequeno número de empresas capacitadas ao tratamento de descontaminação, essas lâmpadas são geralmente destinadas aos aterros sanitários. Esta forma de destinação final para as lâmpadas, pode contaminar o meio ambiente de forma severa por via hídrica, considerando a presença dos vários ions metálicos. Neste trabalho é apresentada uma metodologia de descontaminação que aproveita as características físicas das lâmpadas e o reaproveitamento dos seus componentes, tais como: mercúrio, cobre, alumínio, ferro, vidro, e vários íons metálicos incluindo os de terras raras encontrados no filme que reveste internamente as lâmpadas.

PALAVRAS CHAVES: lâmpadas fluorescentes, poluição ambiental, recuperação

INTRODUÇÃO: Com o desenvolvimento tecnológico, surgiram no mercado de sistemas de iluminação, lâmpadas com maior eficiência na relação lúmens por Watt, e uma dessas tecnologias aplicadas é a utilização de vapor metálico em lâmpadas de vapor de mercúrio, vapor de sódio, luz mista, fluorescentes tubular, circular e compacta.
A produção anual é de cerca de 80 milhões de lâmpadas e o descarte por ano é de mesma magnitude. No Brasil, essas lâmpadas, ao final de sua vida útil, são geralmente depositadas em aterros sanitários, devido ao fato de não estar perfeitamente definido e organizado sua destinação final.
Considerando que a maioria dos constituintes das lâmpadas a base de mercúrio (tubulares, bulbo, compactas, etc.), podem ser facilmente reutilizados, o objetivo desde trabalho é apresentar uma metodologia para incentivar a descontaminação e o reaproveitamento dos componentes das lâmpadas, como as substâncias contidas no filme depositado na parte interna das lâmpadas tubulares a vapor de mercúrio, bem como o cobre e o alumínio encontrados no circuito eletrônico de lâmpadas fluorescentes compactas (LFC).


MATERIAL E MÉTODOS: Utiliza-se um método em via úmida que aproveita o vácuo presente no interior das lâmpadas tubulares para encher as mesmas com uma solução ácida de concentração conhecida. Além de garantir que o mercúrio fique retido na solução, permite ainda o reaproveitamento dos compostos presentes no “filme branco”.
Quanto ao reaproveitamento do cobre e do alumínio, no caso do cobre, o método baseia-se na coleta direta e manual do fio existente no transformador encontrado no circuito eletrônico das LFC. E no caso do alumínio, baseia-se na retirada deste material que se encontra na carcaça externa dos capacitores eletrolíticos e no interior de todos os capacitores na forma de uma pequena folha enrolada.
A placa de circuito é separada do resto da lâmpada usando um ferro de solda que também é utilizado para soltar o transformador da própria placa de circuito. Com o auxílio de um alicate, é quebrado o suporte magnético em que o fio é enrolado, assim, o fio de cobre é removido facilmente. Para retirar o alumínio, é utilizado um alicate de corte para abrir a carcaça dando acesso ao alumínio que se encontra na forma de folha enrolada.


RESULTADOS E DISCUSSÃO: Pelo método apresentado todo o mercúrio presente no interior das lâmpadas não escapa para o meio ambiente, logo não é necessário possuir um sistema de exaustão. Simultaneamente, o material das paredes internas do vidro das lâmpadas é removido de forma que possa ser reaproveitado. Além disso, obtêm-se o vidro sem a presença de contaminantes, podendo então ser utilizado para outros fins.
A sugestão da coleta manual de cobre e alumínio serve para embasar a proposta de geração de empregos à população de baixa renda através da utilização dos métodos em usinas de reciclagem. Vale ainda lembrar que aproximadamente 25,76% da massa do circuito eletrônico são do cobre retirado do transformador e do alumínio retirado dos capacitores, sendo esses metais bastante valorizados por terem elevada aplicabilidade na indústria, sobretudo na eletroeletrônica.





CONCLUSÕES: Pelo método proposto, a descontaminação da lâmpada ocorre com alta eficiência, permitindo a reutilização do vidro para vários outros fins. Quanto ao reaproveitamento dos diversos componentes, todos podem ser reutilizados, em particular o cobre e o alumínio que não precisam sofrer qualquer tratamento

AGRADECIMENTOS:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA:sem referências.