ÁREA: Química Ambiental
TÍTULO: AVALIAÇÃO DA POLUIÇÃO E AUTODEPURAÇÃO DO CÓRREGO DO RIO VERRUGA NO MUNICÍPIO DE VITÓRIA DA CONQUISTA-BA
AUTORES: J. R. DOS SANTOS1 (PG), M. L. P. DOS SANTOS2 (PQ), J. S. DOS SANTOS2 (PQ) E S.M.S. PEREIRA 3(IC).
1MESTRANDO EM QUíMICA ANALíTICA – BOLSISTA CAPES, 2DEPARTAMENTO DE CIêNCIAS NATURAIS, 3BOLSISTA–FAPESB, UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA. RODRIGUESJARBAS@HOTMAIL.COM.
RESUMO: Este trabalho objetiva estudar o grau de poluição e o processo de autodepuração das águas do Córrego do Rio Verruga, localizado no município de Vitória da Conquista, Ba. Foram medidos parâmetros físico-químicos relacionados com a qualidade da água, tais como pH, temperatura, CE, STD, NO2- e NO3- e teores de Ca, Mg , Na, K , Cu, Zn , Cd e Pb. As coletas foram realizadas em out/05 e abr/06, em sete pontos localizados no Córrego, antes e após os lançamentos. Concluiu-se que o Córrego está qualitativamente comprometido em pontos que recebe lançamentos de águas residuárias de esgoto doméstico e pluviais; que no ultimo ponto ocorreu a autodepuração decorrentes da aeração natural e que a nascente do Córrego encontra-se protegido, devido a estabilidade dos parâmetros analisados, mesmo chovendo.
PALAVRAS CHAVES: córrego verruga, autodepuração, metais.
INTRODUÇÃO: A água é fundamental à vida. Seus múltiplos usos são indispensáveis às atividades humanas, destacando-se, o abastecimento público e industrial, a irrigação agrícola, a eletricidade, preservação da vida aquática, sendo prioritários a preservação, o controle e utilização racional.
Sendo os efluentes domésticos; resíduos industriais; carga difusa urbana e agrícola principais poluentes
O sítio urbano de Vitória da Conquista encontra-se no centro da micro bacia do Córrego Verruga.
Inicialmente a expansão urbana direcionou-se à área próxima da nascente, e após, no seu leito que atravessa a cidade.
Procedimentos para controle de qualidade ou discriminação da origem geográfica de amostras ambientais e de alimentos utilizam métodos estatísticos multivariados. A análise de componentes principais e a análise hierárquica de agrupamentos,onde são calculadas distâncias métricas entre as amostras que formam o conjunto de dados agrupados compara-se o grau de similaridade apresentado; menores distâncias alto grau de similaridade, e maiores distâncias indicam o oposto.
Este trabalho objetiva avaliar o grau de poluição e autodepuração das águas do Córrego Verruga.
MATERIAL E MÉTODOS: Foi realizado um levantamento ao longo do curso do Rio Verruga, desde a nascente, atravessando o centro comercial da cidade e propriedades agropecuárias até a Serra do Marçal a 15 Km. Foram escolhidos 7 pontos de amostragens: o ponto P1 nascente do córrego verruga, localizado em uma reserva de mata de cipó à montante a cidade de Vitória da Conquista. Os pontos P2 e P3 estão localizados na zona urbana, antes e após a estação de tratamento da EMBASA, respectivamente. Os pontos P4, P5 e P6 localizam-se na zona rural a jusante ao centro urbano da cidade e P7 na Serra do Marçal, após o processo de aeração natural da água.
Após a coleta realizou-se as análises no laboratório de Q. Analítica da UESB, determinou-se os níveis de Ca, Mg, Cu, Zn, Cd, Pb em FAAS. As medidas de pH, em peagâmetro, modelo Digimed; a CE e os STD em medidor de condutividade de bancada. Para a medição de Na e K utilizou-se o Fotômetro de chama e o NO2-, NO3–, por espectrofotômetro. As determinações dos parâmetros foram realizados de acordo com as Normas Americanas Standard Methods for the Examination of Water and wastewater e da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental de São Paulo (CETESB, 1985 a,b,c).
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A matriz de semelhança dos coeficientes de correlação usados para análise de agrupamentos entre variáveis e o dendograma da Figura 1, discriminam três diferentes zonas de amostragem: a primeira e a terceira zonas distinguem os grupos de amostras coletadas em outubro de 2005 e abril de 2006, para os pontos que sofrem influência antropogênica (pontos P2, P3, P4 e P5). Já a segunda zona agrupa as amostras das duas coletas realizadas nos pontos P1 (nascente) e P7 (Serra do Marçal), mostrando que a nascente está preservada, e após a aeração natural ocorrida na turbulência das águas no desnível da Serra do Marçal, o córrego se depura com base na estabilidade dos parâmetros observados nas duas coletas.
Figura 01 - Dendograma de análise de cluster entre variáveis nas amostras de água coletas em outubro de 2005 e abril de 2006.
CONCLUSÕES: O estudo indica que a nascente do Córrego Verruga, encontra-se protegido, devido a estabilidade das concentrações dos parâmetros observados mesmos em período chuvoso. As variações das concentrações dos pontos P2 ao P5 podem ser atribuídas ao fato dessas zonas terem recebido aportes de esgotos sanitários e drenagem de águas pluviais e atividades agropecuárias. Observa-se também que no ponto P7, de acordo com as parâmetros analisados, isto pode ser atribuído aos processos naturais de autodepuração do córrego, como a aeração e atividades microbiológicas.
AGRADECIMENTOS:À Capes pela cessão de bolsa e a– UESB/DCN.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA:1. Santos, J.S; Oliveira, E.; e Massaro, S., 2000, Química Nova, 23: 4, 453-454.
2. Maria, J.N. , SPSS for Windows Professional Statistics, Chicago, 1993.
3. Santos, J. S. dos, Avaliação de Parâmetros Indicativos de Salinização em Reservatórios Hídricos do Sudoeste da Bahia, São Paulo, Instituto De Química USP, 1997. Dissertação de Mestrado.
4. Baird, Colin, Química Ambiental / Colin Baird; trad. Maria Angeles lobo Recio e Luiz Carlos Marques Carrera. – 2.ed. – Porto alegre: bookman, 2002.
5. Revil, A., Pezard, P. A. and Glover P. W. J., Journal of Geophysical Research – Solid Earth, 1999, 104(B9):20021 – 20031.