ÁREA: Química Analítica

TÍTULO: ESTUDO QUÍMICO DO OCIMUM BASILICUM, POPULARMENTE CONHECIDO COMO MANJERICÃO

AUTORES: TORRES,J.R.1;OLIVEIRA,L.R.2;1(PQ) PROFESSOR ADJUNTO; 2(IC) BOLSISTA/PIBIC; UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUí-UESPI/CCET- COORDENAçãO DE QUíMICA, 64002-150-TERESINA-PI. E-MAIL 1: JOSEROBERTOTORRES@BOL.COM.BR



RESUMO: O presente trabalho tem por objetivo o estudo da espécie vegetal Ocimum Basilicum, popularmente conhecida como manjericão, espécie já conhecida pela sua constituição em óleos essenciais, uso na culinária e para fins terapêuticos. Escolheu-se para estudo os elementos cálcio, magnésio, ferro e fósforo bem como o teor protéico. O vegetal após sua classificação botânica foi submetido à secagem e a tratamentos de calcinação e oxidação com vistas à execução dos procedimentos analíticos. Os métodos utilizados foram o titulométrico do EDTA , o método de Kjeldahl e os métodos espectrofotométricos da orto-fenantrolina e azul de molibdênio.
Os resultados obtidos demonstraram que a espécie apresenta teores dos elementos em estudo em níveis comparáveis aos de outras espécies citadas na literatura.



PALAVRAS CHAVES: manjericão, constituintes minerais

INTRODUÇÃO: A utilização de plantas na arte de curar é uma forma de tratamento com raízes muito antigas, relacionada aos primórdios da medicina e fundamentada no acúmulo de informações através de sucessivas gerações. Ao longo dos séculos, produtos de origem vegetal constituíram as bases para tratamento de diferentes doenças.
A determinação de constituintes minerais em plantas é sem dúvida um vasto campo de aplicação da química analítica, tendo em vista a importância destes elementos no metabolismo vegetal, além de servirem como suprimento indispensável àqueles que usem estes vegetais como fonte de alimentos ou medicamentos.
O Ocimum Basilicum mais conhecido como manjericão foi à espécie vegetal utilizada para o estudo. Suas folhas são ricas em vitamina A e C, além de possuir teores vitaminas B (1,2 e 3) bem como constituintes minerais (cálcio, fósforo e ferro); são sudoríferas e diuréticas, indicadas para os casos de ardor ao urinar. Auxilia na boa circulação, dores reumáticas, tosse e resfriados. Ajuda ainda na digestão e pode ser utilizada na manipulação de pomada antibacteriana. O manjericão possui folhas decorativas sendo muito usado na culinária.



MATERIAL E MÉTODOS: Balança analítica, Estufa, Espectrofômetro Coleman 395-D, Placa de aquecimento, Bico de Bunsen;
Reagentes: Ácido Clorídrico (1:1), Carbonato de sódio, Ácido Nítrico concentrado, Ácido perclórico p.a, Ácido sulfúrico p.a, Calcon, Negro de Eriocrômo T, Cianeto de potássio, Cloridrato de Hidroxilamina (10%), Orto-fenantrolina (1,10), Cloreto de amônio p.a , Hidróxido de amônio, Hidróxido de sódio (15%), Tri-etanolamida (20%), Molibdato de amônio, Ácido Ascórbico (2%), Sal di-sódico de EDTA di-hidratado;
Vidraria e outros materiais: Balão volumétrico de 50, 100, 250, 500 e 1000 mL, Béquer de 100 e 400 mL , Cadinho de porcelana c/ tampo, Cápsula de porcelana 100 mL; Fresco âmbar para estocagem de soluções (capacidades diversas), Frasco Kjeldahl. 250 mL, Proveta de 10 e 50 mL, Funil de vidro, tamanho pequeno, Erlenmeyer de 250 mL, Bureta de 50 mL, Recipiente de polietileno, Pesa - filtro 25 mL, Vidro de relógio, tamanho grande, Papel filtro quantitativo, W-40 ou W-42, diâmetro 10 cm, Papel indicador de pH, escala 0-14;
Métodos: método complexiométrico do EDTA, método do azul de molibdênio, método da orto-fenantrolina, método de kjeldahl.




RESULTADOS E DISCUSSÃO: Uma solução padronizada de EDTA 0,01 mol/L foi utilizada na determinação dos teores de cálcio e magnésio. Obteve-se como resultados os teores médios de cálcio de 3,10 e 3,07% para os tratamentos por calcinação e oxidação úmida. Para o magnésio obteve-se teores médios de 0,46 e 0,49. Na determinação de proteína os teores médios foram de 2,8 % .
A determinação de fósforo foi efetuada pelo método do azul de molibdênio a 660 nm, por uso de um espectrofotômetro Coleman 390 – D, equipado com cubetas cilíndricas de 1,0 cm. A curva padrão foi construída com padrões que variaram de 0,5 a 4,0 ppm, obtendo-se um coeficiente de correlação de 0,99747. Obteve-se um teor médio de fósforo de 0,185 % (mg/100).
O ferro foi determinado pelo método da orto-fenantrolina, á 515 nm, utilizando-se o mesmo equipamento anterior. A curva padrão foi construída a partir de padrões que variaram de 0,5 a 4,0 ppm e apresentou um coeficiente de correlação de 0,99999. Obteve-se um teor médio de ferro de 0,215% (mg/100).
Todos os resultados obtidos referem-se à amostra seca. Os dados obtidos para o fósforo e ferro referem-se apenas ao procedimento de abertura por calcinação.







CONCLUSÕES: Os resultados obtidos ressaltam a importância dessa espécie vegetal não só pela sua utilização para fins terapêuticos e culinários, mas, também, pela presença de outros constituintes minerais a exemplo do cálcio, ferro e fósforo, bem como de proteína. Além disso, propiciou ao bolsista uma oportunidade para aprofundamento em técnicas de tratamento de amostra, bem como de visualizar a aplicabilidade dos métodos analíticos à análise de vegetais.




AGRADECIMENTOS:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA:1-CORRËA, D., BATISTA, R. S. e QUINTAS, L. E. M. Plantas medicinais: do cultivo à terapêutica. 4a Edição, Editora Vozes. Petrópolis, RJ, 2001.
2-VON HERTWIG, I. F. Plantas aromátícas e medicinais: Plantio, colheita, secagem e comercialização; S. Paulo, Ícone, 1991.
3- TORRES, T. D. Determinação de constituintes minerais em plantas de interesse medicinal e aplicação de novas técnicas à extração destes elementos. Monografia de Especialização, UFPI, Teresina, Piauí, 1991.