ÁREA: Química Analítica
TÍTULO: ANÁLISE DO TEOR DE FERRO EM FARINHAS DE MILHO FORTIFICADAS
AUTORES: MEDEIROS, J.F. - UFRN; FREIRE, R.M.L. - UFRN; SANTOS, K.M. - UFRN; CRUZ, A.M.F. - UFRN; DANTAS, A.S. - UFRN; MOURA, M.F.V. - UFRN
RESUMO: A fortificação de alimentos tem sido empregada pelos fornecedores com o intuito de reforçar seu valor nutritivo. O milho, por ser um cereal largamente utilizado na alimentação humana principalmente na forma de farinhas, tem sido fortificado com ferro, conforme determinação da ANVISA. Este enriquecimento tem por objetivo combater a anemia, causada pela carência do ferro. Neste trabalho analisou-se os teores de ferro existentes em 10 amostras de farinha de milho fortificadas, com a finalidade de avaliar a qualidade das farinhas comercializadas no mercado. A quantificação foi feita por espectrofotometria no UV-Visível através do método da o-fenantrolina. Os resultados indicaram que os teores de ferro não correspondem aos valores estabelecidos pela Resolução-RDC nº 344 de 13/12/2002.
PALAVRAS CHAVES: farinhas de milho, ferro, espectrofotometria
INTRODUÇÃO: O milho (Zea mays) é um cereal bastante utilizado no Brasil, especialmente na região nordeste que demanda parte da população mais carente e que possui condições climáticas favoráveis ao seu cultivo. O milho é um dos alimentos mais nutritivos que existe e na alimentação humana é utilizado principalmente na forma de farinhas. A ANVISA preocupada com o alto índice de anemia no país, principalmente na população de baixa renda, e considerando que as farinhas de milho são largamente consumidas pela população brasileira, determinou em sua Resolução (RDC nº344 , de 13 de dezembro de 2002) a aprovação do Regulamento Técnico para a Fortificação das Farinhas de Milho com Ferro, devendo cada 100g de farinha conter no mínimo 4,2mg de ferro visando combater a anemia causada pela deficiência do ferro. Neste trabalho determinou-se os teores de ferro em amostras de farinha de milho enriquecidas com ferro com a finalidade de investigar a qualidade dos produtos comercializados.
MATERIAL E MÉTODOS: Foram coletadas no estado do Rio Grande do Norte 10 amostras distintas de farinha de milho enriquecidas com ferro. O teor de ferro foi determinado a partir das cinzas da farinha de milho incinerada a 550ºC durante 3 horas e dissolvida em H2SO4 10% (v/v). A determinação do metal foi feita por Espectroscopia no UV-Visível usando um espectrofotômetro de absorção molecular modelo Cary 1E, Varian pelo método da o-fenantrolina. Para a construção das curvas de calibração utilizou-se soluções-padrão com as seguintes concentrações de ferro: 0,1; 0,2; 0,5; 1,0; e 2,5 ppm. As análises foram realizadas em triplicata.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A tabela mostra as médias dos resultados obtidos na determinação de ferro em farinhas de milho fortificadas. As concentrações de ferro nas amostras foram calculadas com base na curva de calibração. Mostra também as porcentagens de Ferro encontradas nas farinhas, onde 100% corresponderia a 4,2 mg de ferro/100g de farinha. Os teores de ferro encontrados nas farinhas analisadas encontram-se muito abaixo do valor estabelecido pela Resolução da ANVISA. Por se tratar de uma amostra sólida, a deficiência pode ser explicada pela dificuldade na homogeneização da farinha, ou por outro lado, os fabricantes não estão seguindo as normas determinadas pela Anvisa.
CONCLUSÕES: Com este trabalho constatou-se a eficiência da técnica espectrofotométrica no UV-Vísível para a quantificação de ferro em farinhas de milho. De acordo com os resultados obtidos, observou-se que a quantidade de ferro encontrada nas amostras não está correspondendo a quantidade estabelecida pela ANVISA, em sua Resolução – RDC nº 344, de 13 de dezembro de 2002. O que seria necessário uma maior fiscalização no controle de qualidade na fabricação das farinhas de milho.
AGRADECIMENTOS:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA:BRASIL. Resolução nº 344, de 13 de dezembro de 2002. Regulamento Técnico para a fortificação das Farinhas de Trigo e das Farinhas de Milho com Ferro e Ácido Fólico. Diário Oficial da União, Brasília, 18 de dezembro de 2002.
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