ÁREA: IC-Iniciação Científica

TÍTULO: VALOR NUTRICIONAL DE UMA FORMULAÇÃO DE RAÇÃO PARA PEIXES À BASE DE BABAÇU.

AUTORES: Sá, M. C. (IC); CARDOSO, D. V. V. (IC); BRITO, N.M (PQ)

RESUMO: Este presente trabalho avaliou o valor nutricional de uma ração à base de babaçu, sabendo que a alimentação na piscicultura é um dos grandes problemas, por apresentar custos altíssimos aos criadores. As análises foram precedidas de acordo com as normas do Instituto Adolfo Lutz e com matérias comuns em laboratórios. Os resultados encontrados foram satisfatórios, estando de acordo com as necessidades diárias dos peixes, principalmente com relação às proteínas, cerca de 35%.

PALAVRAS CHAVES: babaÇu, alimentaÇÃo, peixes

INTRODUÇÃO: A Piscicultura é uma atividade economicamente viável e ecologicamente sustentável, do ponto de vista ambiental, a piscicultura apresenta-se como uma alternativa de consumo de proteína (KUBITZA, F, 2000).
Na piscicultura, a alimentação vem sendo amplamente discutida, principalmente por representarem cerca de 70% dos custos da produção (TACON, A.G.J. 1994), onde se busca, o fornecimento de alimento adequado em quantidade e qualidade que é importante para o sucesso econômico da piscicultura, tendo o conhecimento dos hábitos alimentares para a adequação da ração a ser fornecida.
A alimentação de peixes, sob o ponto vista nutricional, para ser considerado um alimento de boa formulação, deve conter elementos nutritivos, ou seja, proteínas, carboidratos e gorduras e valor energético, devem ser necessário ao pleno desenvolvimento das funções vitais do peixe como crescimento, locomoção e reprodução (TACON, A.G.J. 1994). Como uma alternativa para a diminuição dos custos com a alimentação tem-se proposto formulações de ração a base de babaçu, por ser rico em proteína, e ser abundante no Maranhão. Assim este presente trabalho tem o objetivo de avaliar o valor nutricional desta ração.

MATERIAL E MÉTODOS: Os materiais utilizados foram os materiais comumente encontrados no laboratório de Química como: pipeta, cadinho, béquer, vidro de relógio, bastão, erlenmeyer, bureta, piceta, balão entre outros equipamentos e as análises foram feitas seguindo as normas do Instituto Adolfo Lutz, sendo determinada umidade, cinzas, extrato etéreo, lipídeos, fibras, proteína e carboidratos.
A ração à base de babaçu foi enviada para o nosso laboratório por um psicultor que está utilizando esta formulação na alimentação dos peixes.



RESULTADOS E DISCUSSÃO: A ração à base de babaçu, primeiramente foi peneirada, separada e devidamente empacotada e as análises para a determinação de proteínas foi baseada na determinação de nitrogênio, feita pelo processo de digestão de Kjeldahl, com decomposição do nitrogênio, acidificação com ácido sulfúrico e, por fim, titulação com hidróxido de sódio, para determinar o teor de lipídios, foi feita a extração com solventes orgânicos, em aparelho extrator Soxhlet, seguida de remoção do solvente e pesagem do resíduo. Após estas análises os resultados obtidos estão apresentados na tabela 1:
De acordo com a tabela, podemos observar que os valores nutricionais encontrados mostram que a ração à base de babaçu é um produto de excelente qualidade, uma vez que está equivalente aos teores encontrados nas rações comerciais, além de ser uma boa alternativa na alimentação dos peixes, pois é fácil a aquisição da matéria-prima e o alto teor de proteína bruta está dentro do necessário para os peixes cerca de 35% (KAUSHIK, S.J. 1989).




CONCLUSÕES: De acordo com os resultados encontrados, podemos perceber que a ração a base de babaçu se mostra um produto de bastante eficiência, uma vez que esta contém um bom índice de proteína e fácil aquisição da matéria-prima.
Esta ração pode ser uma solução para o problema dos psicultores com os custos elevados em relação à alimentação dos peixes.


AGRADECIMENTOS:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA:INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz: métodos
físicos e químicos de análises de alimentos. 3. ed. São Paulo, v.1, 1985.
KAUSHIK, S.J. 1989. Use of alternative protein sources for intensive rearing of carnivorous fishes. In: SHIAU, S.Y. (Ed). Progress in Fish Nutrition. Proceedings of the Fish Nutrition Symposium, September 6-7, 1989.
TACON, A.G.J. 1994. Feed ingredientes for carnivorous fish species. Alternatives to fishmeal and other fisheries resources. FAO Fisheries Circular 881, 35p.
KUBITZA, F. Manejo nutricional e alimentar de tilápias. Revista Panorama da Aqüicultura, Jundiaí, SP, v. 10, n. 60, p. 31-36, julho/agosto, 2000.