ÁREA: IC-Iniciação Científica
TÍTULO: EMPREGO DE ANÁLISE POR INJEÇÃO EM FLUXO PARA A DETERMINAÇÃO DA ALCALINIDADE: COMPARAÇÃO DE METODOLOGIAS
AUTORES: CARBONARO, E. S. - UEMS; BENEDETTI, L. P. S. - UEMS; BENEDETTI-FILHO, E. - UEMS; FIORUCCI, A. R. - UEMS
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL - UEMS (NENON@IBESTVIP.COM.BR)
RESUMO: Este trabalho tem como objetivo a comparação entre as metodologias envolvendo análise por injeção em fluxo e o método potenciométrico (alcalinidade de Gran) para a determinação de alcalinidade de carbonato em águas naturais e em soluções padrão de carbonato de sódio. Os estudos demonstraram que os valores determinados pelos métodos não diferem significativamente entre si, porém os métodos de análise por injeção em fluxo apresentam vantagens quanto a maior freqüência analítica e menor consumo de reagentes.
PALAVRAS CHAVES: fia, alcalinidade, potenciometria
INTRODUÇÃO: A alcalinidade representa a capacidade que um sistema aquoso tem de neutralizar ácidos. Desta forma, outro termo é comumente empregado na literatura: capacidade de neutralização de ácidos (CNA) (SCHNNOR, 1985). A alcalinidade é expressa em ternos ambientais como alcalinidade de Gran (GRAN, 1952), o qual desenvolveu uma equação matemática para verificar o valor da alcalinidade total, utilizando, fenolftaleína como indicador ácido-base. A proposta do trabalho de pesquisa foi utilizar a análise por injeção em fluxo, uma técnica extremamente versátil e rápida, e realizar comparações com as titulações potenciométricas das curvas de Gran, verificando qual o melhor sistema de análise com respeito à reprodutibilidade, consumo de reagentes, velocidade analítica e precisão em amostras ambientais aquosas.
MATERIAL E MÉTODOS: Utilizou-se uma bomba peristáltica Ismatec modelo IPC-8, espectorfotometro Femto modelo 700Plus, pHmetro Micronal modelo B474, injetor comutador confeccionado em acrílico e vidrarias Pyrex classe A. Os reagentes utilizados foram todos de grau analítico (Merck ou Reagen). Após a padronização das soluções de interesse, executou-se a determinação da alcalinidade para as amostras ambientais aquosas analisadas através de vários módulos de fluxo, no Standard Methods (APHA, 1998; GRAN, 1952). Desta forma, executaram-se diversas determinações analíticas de alcalinidade em níveis de carbonato para amostras dos córregos da cidade de Dourados – MS, visando uma comparação entre os métodos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: As amostras foram coletadas do córrego ”Parea” e “Água Boa”, que atravessam a cidade de Dourados – MS. Foram utilizados três métodos por injeção em fluxo, através dos reagentes colorimétricos: fenolftaleína e vermelho de metila. As diferenças entre os valores determinados pelas duas metodologias foram sempre inferiores a 0,5%. Observou que os métodos por injeção em fluxo apresentaram uma média de 70 determinações por hora, enquanto que a titulação potenciométrica somente 12 determinações por hora. O consumo de reagente, no método potenciométrico, é superior em cerca de 6 vezes aos processos por injeção em fluxo. As reprodutibilidades (desvio padrão relativo, n=5) nas determinações utilizando sistema em fluxo são inferiores a 0,05%, enquanto que nas titulações potenciométricas são de 0,8%. Todas as metodologias foram comparadas entre si, utilizando uma alcalinidade padrão 2 mmol.L-1 na forma de carbonato de sódio, e as diferenças entre os resultados obtidos para as duas metodologias permaneceram na ordem de 0,5%.
CONCLUSÕES: As determinações envolvendo análise por injeção em fluxo apresentaram uma melhor velocidade analítica e menor consumo de reagentes, caracterizando-se como o melhor método para a determinação da alcalinidade, apesar dos outros parâmetros apresentarem resultados semelhantes. O emprego de análise por injeção em fluxo pode representar, também, uma diminuição no nível de poluição ambiental, devido a menor quantidade de reagente utilizado nas determinações analíticas.
AGRADECIMENTOS:A PROPP - UEMS pela bolsa de IC concedida a acadêmica Luzia Pires dos Santos Benedetti.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA:SCHNNOR, J. L. & STUMM, W. Chemical Processes in Lakes. Ed. John Wiley & Sons, New York, 1985.
GRAN, G. Determination of equivalence point in potentiometric titration - Part II, Analyst, 77: 661, 1952.
CLESCERI, L. S.; GREENBERG, A. E. & EATON, A. D. Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. 20 edição. American Public Health Association, Baltimore, 1998.