ÁREA: IC-Iniciação Científica

TÍTULO: ATIVIDADE ANTIFÚNGICA E FITOTOXICIDADE DO EXTRATO METANÓLICO DA SEMENTE DO ABACATE (PERSEA AMERICANA) FRENTE A LASIODIPLODIA THEOBROMAE E COLLETOTRICUM SP.

AUTORES: ABREU, K.V.-UECE; LEITE, J.J.G.-UECE; SILVA, J.G.A.-UECE; SOUSA,M.R-UECE.; SAMPAIO,C.G.-UECE; FREIRE,F.C.O.-EMBRAPA;
GUEDES,M.I.F.-UECE; ALVES,C.R.-UECE


RESUMO: A agricultura moderna depende da utilização de defensivos agrícolas, não havendo dúvidas que o seu uso tenha aumentado a qualidade e a quantidade destes produtos químicos. Contudo, ao mesmo tempo em que traz inegáveis benefícios à agricultura, o uso de pesticidas pode acarretar uma série de impactos negativos ao meio. Tais problemas têm motivado a busca de formas alternativas e naturais de controle de pragas. Assim, este trabalho tem como objetivo avaliar a atividade antifúngica do extrato metanólico do abacate frente aos Lasiodiplodia theobromae e Colletotrichum sp. e verificar a sua fitotoxicidade.



PALAVRAS CHAVES: extrato de abacate, controle alternativo, fungo.

INTRODUÇÃO: A fruteira Persea americana Mill (Laurácea), conhecida popularmente por abacateiro, é originária do México, Guatemala e Antilhas. O abacate se espalhou até a América do Sul chegando à Amazônia, podendo ser encontrado em regiões com clima tropical e temperado, e solos férteis. O fungo, Lasiodiplodia theobromae (Pat.) Griff. & Maubl., vem se constituindo em um sério problema para as mais diversas fruteiras no Brasil, sendo polífago com mais de 500 hospedeiros. Por sua vez, a antracnose, causada por Colletotrichum sp, é a principal doença da soja na fase inicial de formação das vagens, ocasionando perdas na produção e consequentemente prejuízos na agroindústria brasileira.



MATERIAL E MÉTODOS: As sementes do abacate foram submetidas à extração a quente em refluxo em solvente metanólico, o qual foi retirado em evaporador rotativo. Seguidamente, o extrato metanólico foi emulsionado em 10 μL de DMSO e adicionado ao meio BDA fundente vertido em placa de Petri em diversas concentrações: 1.500, 2.000, 2.500 e 3.000 ppm, com três repetições para cada concentração de extrato/fungo. No centro da placa foi depositado um disco de micélio de 7 mm de diâmetro, retirado das bordas da colônia do fungo.
Para efeito comparativo da atividade do extrato da semente de abacate utilizou-se como testemunha uma placa de Petri inoculada com o fungo sem a adição do extrato.
Determinou-se o diâmetro médio das colônias (em milímetros) 72 horas após a incubação, na temperatura de 25ºC, e por comparação com o crescimento micelial das colônias nas placas testemunhas.
O extrato foi diluído com uma pequena quantidade de DMSO e seu volume completado com água a uma concentração de 1500ppm, em seguida, borrifado nas plântulas e no caule da Mangifera indica (mangueira) e Annona muricata (gravioleira).


RESULTADOS E DISCUSSÃO: Na concentração de 3.000 ppm de extrato metanólico de Persea americana observou-se uma inibição do crescimento em torno de 80% para o Lasiodiplodia theobromae e de 100% para o Colletotricum sp. Verificou-se ainda que, a atividade antifúngica do extrato foi reduzida com o aumento das diluições e o DMSO, utilizado na solubilização do extrato, não afetou o crescimento dos fungos. A fitotoxicidade foi avaliada por parâmetros de lesão, sendo que na concentração de 1.500 ppm não foi verificado a presença lesões em folhas e em caule das plântulas de Mangifera indica (mangueira) e Annona muricata (gravioleira).




CONCLUSÕES: O extrato da semente do abacate apresentou relevante potencial antifúngico in vitro frente aos fitopatógenos Lasiodiplodia theobromae e Colletotricum sp. No entanto, a concentração do extrato de 1500ppm não demonstrou potencial fitotóxico para as plantas testadas.

AGRADECIMENTOS:CNPq, FUNCAP, EMBRAPA E UECE

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