ÁREA: IC-Iniciação Científica
TÍTULO: DETERMINAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE EM CORRELAÇÃO COM O TEOR DE QUERCETINA E TANINOS NOS EXTRATOS DE PSIDIUM GUAJAVA.
AUTORES: LEITE, J.J.G.-UECE; MAGALHÃES, A.R.L.-UECE; CASTRO, R.A.O.-UECE; COSTA, S.M.O.-UECE; MORAIS, S.M.-UECE
RESUMO: Os danos induzidos pelos radicais livres podem afetar muitas moléculas biológicas. As espécies reativas de oxigênio também estão implicadas nas várias doenças humanas. A presença de compostos fenólicos em plantas tem sido estudada por apresentarem atividades farmacológicas e também por inibirem a oxidação lipídica.O presente trabalho tem como objetivo, avaliar o potencial antioxidante e correlacioná-lo com o teor de quercetina e taninos nos extratos da Psidium guajava.
PALAVRAS CHAVES: antioxidante, taninos, quercetina.
INTRODUÇÃO: A espécie vegetal Psidium guajava conhecida popularmente por goiabeira, é uma árvore de porte pequeno pertencente à família Myrtaceae. É uma planta usada comumente na medicina tradicional apresentando atividades antibiótica, estomáquica, laxativa, poder cicatrizante, sendo usada também no tratamento de vômitos e contra inflamações da boca e da garganta. Muitas enfermidades são causadas por radicais livres e estão associadas aos processos de peroxidação lipídica. Uma forma de prevenir essas enfermidades seria a utilização de substâncias antioxidantes ou alimentos que as contém. A busca por novos antioxidantes presentes em plantas tem se intensificado nos últimos anos devido aos antioxidantes artificiais, muito usados para conservação de alimentos, estarem mostrando certa toxicidade. O bom potencial antioxidante da goiabeira já está relatado na literatura, e isso se deve, possivelmente, a presença de alguns constituintes, como a quercetina e alguns taninos elágicos, também citados na literatura.
MATERIAL E MÉTODOS: A planta foi coletada no Campus do Itapery (UECE) e os extratos foram preparados utilizando os solventes acetato de etila e etanol. Foram pesadas e trituradas 200g de folhas da goiabeira e maturadas no período de 7 dias em acetato de etila. O mesmo procedimento foi aplicado ao etanol. Os solventes foram evaporados sob pressão reduzida. Para a determinação do teor de taninos foi usado o método de Pansera et al (2003). Foi também determinado o potencial antioxidante dos extratos, segundo a metodologia citada por Yepez et al (2002). Para a determinação do teor de quercetina o método utilizado foi o espectrofotométrico, onde 1mg das amostras foram dissolvidas em 10ml de etanol. Para comparação foi preparada uma curva padrão de quercetina (20g/ml; 15g/ml; 10g/ml e 5g/ml). A leitura foi feita em 375nm num espectrofotômetro Spekol 1100 e o experimento foi realizado em triplicata.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Após a evaporação do solvente, obteve-se 8,09g de extrato acetato de etila e 10,09g de extrato etanólico. Com base no teor de taninos, o extrato acetato de etila mostrou uma concentração de 21,03% e o extrato etanólico mostrou uma concentração de 44,70%. O teor de quercetina foi de 50,01g/ml (extrato etanólico) e 89,80g/ml (extrato acetato de etila). Para a atividade antioxidante o índice de varredura (IV%) do extrato etanólico foi 89,42%, e do extrato acetato de etila 76,84%. Com base na análise de captura de radical livre o extrato etanólico apresentou maior potencial varredor em relação ao extrato acetato de etila. Quanto a determinação do teor de taninos para os extratos acetato de etila e etanólico, este apresentou maior percentual. Por outro lado o teor de quercetina encontrado no extrato acetato de etila foi superior ao extrato etanólico.
CONCLUSÕES: Os resultados obtidos indicam que o fator determinante na avaliação da atividade antioxidante nos extratos, foi à presença significativa de taninos no extrato etanólico, além do percentual de quercetina, uma vez que estes compostos são conhecidos na literatura pela sua capacidade antioxidante.
AGRADECIMENTOS:CNPQ, FUNCAP, UECE.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA:SOUSA, M. P.; MATOS, F. J. A.; MATOS, M.E.O.; MACHADO, M.I.L.; CRAVEIRO, A. A.; Constituintes Químicos Ativos e Propriedades biológicas de Plantas Medicinais Brasileiras; Ed. UFC, 2ª edição; 2004.
PANSERA, M.R. et al; Revista Brasileira de Farmacognosia, 13(1); 17-22, 2003.
YEPEZ, B. et al; Fluid Phase Equilibria; 194; 879, 2002.