ÁREA: IC-Iniciação Científica

TÍTULO: ESTUDO TERMOANALÍTICO DE CORANTES ALIMENTÍCIOS VENDIDOS NA CIDADE DO NATAL

AUTORES: MACHADO, S. F. - UFRN.
RODRIGUES, S. S. S. - UFRN.
SILVA, D. R. - UFRN.
OLIVEIRA, O. A. - UFRN


RESUMO: A indústria alimentícia utiliza amplamente corantes para conferir, restaurar ou intensificar a cor dos alimentos e para garantir a eles um aspecto padronizado frente aos consumidores. O controle analítico dos corantes é de grande importância, assim como para muitos outros aditivos alimentares. Neste trabalho apresenta-se um estudo termoanalitico de amostras de corantes comercializados na cidade de Natal/RN. Foram escolhidas três amostras de diferentes marcas. As amostras apresentaram decomposição do material em temperatura a partir de 130ºC até 360ºC para as marcas A e B e a marca C apresentou total decomposição acima de 120°C sendo seu uso em fornos caseiros não recomendado por não desempenhar a função de colorir os alimentos se for submetido a temperaturas acima de 120°C.

PALAVRAS CHAVES: corantes, termogravimetria, estabilidade térmica.

INTRODUÇÃO: A indústria alimentícia utiliza amplamente corantes para conferir, restaurar ou intensificar a cor dos alimentos e para garantir a eles um aspecto padronizado frente aos consumidores, que associam a cor à qualidade do alimento. Assim como para muitos outros aditivos alimentares, o controle analítico dos corantes é de grande importância. A determinação qualitativa e quantitativa de corantes tem sido feita por vários métodos analíticos. Neste trabalho apresenta-se um estudo termoanaliticos por TG de amostras de corantes comercializados na cidade de Natal/RN, na finalidade de aferir a estabilidade térmica dos corantes, bem como avaliar através dos eventos térmicos a qualidade do produto para o uso a qual foi indicado. Demonstrando a importância da escolha dos aditivos alimentares para o uso correto.

MATERIAL E MÉTODOS: As amostras foram compradas em lojas especializadas em produtos para festa e alimentos no bairro do Alecrim em Natal-RN, em três marcas diferentes, sendo a amostra A e B na cor dourada e amostra C na cor vermelha, observando a composição indicada. Os corantes foram analisados em equipamento de analise termogravimétrica (TG) e analise térmica diferencial (DTA) DTG-60H da Shimatzu, sem tratamento prévio, sob atmosfera de nitrogênio até 900ºC, com razão de aquecimento de 10ºC.min-1, utilizando massa de aproximadamente 6.0 mg. O porta amostra utilizado foi de platina.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: A marca A apresentava-se em forma de pó sem indicação de composição em seu rotulo, o que nos leva à incerteza da qualidade do produto. A marca B indicava a seguinte composição química sem indicar porcentagem: gel de confeiteiro, alumínio, dióxido de titânio, oxido de ferro, hidróxido de ferro, tartrazina, álcool e água. A marca C indicava ter: glicose, amido, propileno glicol, sorbato de potássio e vermelho 40. Os corantes na cor dourada (marcas A e B) apresentaram eventos térmicos na mesma temperatura, indicando a utilização de componentes químicos semelhantes, o inicio da decomposição foi a 130ºC para ambos, a perda de massa total foi de 40% para a marca A e de 55,6% em B, apresentando resíduo verde no porta amostra ao fim das medições. Apresentando massa constante a partir de 360 ºC. O corante de marca C na cor vermelha, iniciou a perda de massa a 120ºC e sem resíduo final no porta amostra.




CONCLUSÕES: A marca A não indicava a composição em seu rotulo, o que nos leva à incerteza da qualidade do produto. Os corantes na cor dourada (marcas A e B) apresentaram eventos térmicos na mesma temperatura, indicando a utilização de componentes químicos semelhantes. Os resultados indicam que o uso em fornos caseiros não é recomendado devido à decomposição do material ser em temperatura a partir de 130ºC até 360ºC para as marcas A e B. A marca C não é indicada para uso em fornos caseiros por ter total decomposição acima de 120ºC, não desempenhado a função de colorir os alimentos.

AGRADECIMENTOS:Agracimentos a todos que colaboraram para realização deste trabalho,especialmente a SESU-MEC pelo apoio ao Programa PET Química e a FUNPEC-RN.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA:[1] RESOLUÇÃO - CNNPA Nº 44, DE 1978. DOU de 28/04/1978. Anvisa.
[2] ANGELUCCI, E. Corantes para alimentos: legislação brasileira. In: CORANTES para alimentos. Campinas: ITAL, 1988. p.1-15.
[3] BOBBIO, P. A.; BOBBIO, F.A. Introdução à química de alimentos. 2.ed. São Paulo: Varela, 1992.
[4] CONSTANT, P. B. L, STRINGHETA, P. C., SANDI D. B.CEPPA, Curitiba, v. 20, n. 2, jul./dez. 2002.