ÁREA: Química dos Alimentos
TÍTULO: AVALIAÇÃO DO TEOR DE PROTEÍNAS NOS GRÃOS FEIJÃO CAUPI SOB O EFEITO DO ESTRESSE SALINO
AUTORES: SANTOS,P.T.A.-UEPB;ANDRADE,R.B.-UEPB;CANUTO,M.F.C.S.-UFCG;MELO,J.B.-UFCG; LEITE,P.T.A.S.-UFCG;SILVA,L.M.F.-UFCG
RESUMO: RESUMO: O feijão caupi – feijão macassar ou feijão de corda ( Vigna unguiculata (L.) Walp )- é uma leguminosa comestível dotada de alto teor protéico e boa capacidade de fixação de nitrogênio, sendo cultivada normalmente pelos pequenos produtores e, de forma crescente, em escala comercial nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. O objetivo deste trabalho foi avaliar a tolerância à salinidade de 4 variedades e /ou linhagens de feijão caupi, verificando as possíveis influências do estresse salino no teor de proteína dos grãos em condições de abrigo telado de vegetação. Foram submetidas a 5 níveis de salinidade [0,3(CEes natural do solo; 3,0; 6,0;9,0 e 12,0 dSm-1) as seguintes variedades e/ou linhagens: Canapú, TE 97- 299 G22, EPACE 10 e IPA 201.
PALAVRAS CHAVES: palavras-chave: caupi, teor de proteína, salinidade.
INTRODUÇÃO: INTRODUÇÃO: O feijão caupi – feijão macassar ou feijão de corda (Vigna unguiculata (L.) Walp) - é uma leguminosa comestível dotada de alto teor protéico e boa capacidade de fixação de nitrogênio, sendo cultivada normalmente pelos pequenos produtores e, de forma crescente, em escala comercial nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Várias tecnologias têm sido utilizadas na produção agrícola sob condições de solo ou de água salina. Dentre elas, o uso de culturas consideradas tolerantes à salinidade tem se destacado, sendo importante os estudos que visem a avaliar a sensibilidade das espécies e/ou variedades ao estresse salino.O objetivo deste trabalho foi avaliar a tolerância à salinidade de 4 variedades e /ou linhagens de feijão caupi, verificando as possíveis influências do estresse salino no teor de proteína dos grãos em condições de abrigo telado de vegetação.
MATERIAL E MÉTODOS: METODOLOGIA: Foram submetidas à experimentação as seguintes variedades e/ou linhagens: Canapú, TE 97-309 G3, TE 97- 299 G22, EPACE 10 e IPA 201. Os tratamentos submetidos à experimentação constaram de 05 níveis de salinidade [N1= 0,3 (CEes do solo nas condições naturais); N2 = 3,0; N3 =6,0; N4 =9,0 e N5 =12,0 dSm-1]. O delineamento experimental foi inteiramente ao acaso com 4 repetições perfazendo um total de 20 parcelas experimental. Após colhidos, os grãos foram colocados em sacos de papel e secos em estufa com circulação forçada de ar a temperatura de 45°C. Depois de moídos em moinho de bola, os grãos foram analisados para a proteína utilizando-se o método semi-micro Kjeldahl descrito por Malavolta et al (1989) (%N total x 6,25).
RESULTADOS E DISCUSSÃO: RESULTADOS: A partir dos resultados obtidos, constataram-se reduções significativas no teor de proteínas nos grãos, explicada por modelo linear Y= 27,25934-1,319281x (*), ocorrido na variedade IPA 201, apresentando uma redução (%) em relação à salinidade natural do solo: N2 = 0,75; N3 =30,63; N4 = 49,07; N5 = 50,08. Essa redução pode refletir tanto no retardamento da síntese como na aceleração da degradação. Para a EPACE 10 não houve reduções significativas, em relação à salinidade natural do solo: N2 = 2,08; N3 = 0,00; N4 = 0,00; N5 = 15,16. A Linhagem TE 97- 299 G22, não apresentou redução significativa em relação à salinidade natural do solo: N2 = 0,00; N3 = 0,00; N4 = 0,00; N5 = 22,68. A variedade Canapú não apresentou redução significativa em relação à salinidade natural do solo: N2 = 4,21; N3= 2,90; N4 = 0,00; N5 = 47,69. Das variedades e/ou linhagens analisadas para teor de proteínas nas sementes e que apresentam reduções estatisticamente significantes para esta variável, a IPA 201 foi a única que apresentou um elevado R2 (0,91).
CONCLUSÕES: CONCLUSÃO: É sabido que a salinidade no solo ocasiona uma redução no nível de proteínas das plantas. Lemos (1991) estudando o estado nutricional de 2 variedades de feijão caupi submetidas a diferentes níveis de salinidade (1,0; 3,9; 6,8; 9,2 e 11,0 dSm-1 ), verificou que o teor de nitrogênio apresentou decréscimos apenas nos níveis de 11,0 dSm-1 . Isso foi constatado no trabalho, tendo em vista que as reduções do teor de proteína em relação à salinidade natural do solo ocorreram com mais intensidade no nível de salinidade N5.
AGRADECIMENTOS:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA:LEMOS,G.B. Avaliação do estado nutricional de duas variedades de Feijão caupi(Vigna unguiculata(L.)Walp)submetidas a diferentes níveis de salinidade. Areia-PB:UFPB/CCA,1991,85p.MALAVOLTA, E.; VITTI, G.C.; OLIVEIRA, S.A. Avaliação do estado nutricional das plantas- Princípios e Aplicações.Piracicaba: Potafos, 1989. 210p. OLIVEIRA-NETO, O.B.de DAMASCENO, A.T.;CAMPOS, F.de A.de P.;GOMES-FILHO, E.; ENÉAS-FILHO, J.; PRISCO, J.T. Effect of NaCl salinity on the expression of a cotyedonary amylase from Vigna unguiculata. Revista Brasileira de Fisiologia Vegetal, 1998, v.10, n.2, p.97-100.