ÁREA: Química dos Alimentos
TÍTULO: AVALIAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DO MELÃO CANTALOUPE COMERCIALIZADO NO MERCADO PÚBLICO DE CAMPINA GRANDE - PB
AUTORES: GOMES, W. C.
MEDEIROS, J.-UFCG
MELO, J. C. S. DE.-UFCG
FEITOSA, R. M.-UFCG
RESUMO: Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de determinar parâmetros físico-químicos do melão variedade Cantaloupe comercializado na cidade de Campina Grande. As analises foram realizadas no laboratório de armazenamento e processamento de produtos agrícolas do Departamento de Engenharia Agrícola da Universidade Federal de Campina Grande, onde as amostras foram submetidas às etapas de limpeza, descascamento, despolpamento, acondicionamento e congelamento para a realização das seguintes análises: pH, sólidos solúveis totais (ºBrix), umidade, açúcares redutores, não redutores e totais, cinzas, e sólidos totais. Com base nos resultados, concluiu-se que o melão cantaloupe atendeu a legislação brasileira, excetuando-se os valores de pH e sólidos solúveis ºBrix.
PALAVRAS CHAVES: melão cantaloupe, polpa
INTRODUÇÃO: No Brasil, o interesse pela cultura do melão tem aumentado muito nos últimos anos pelo crescimento nas exportações e no consumo do mercado interno (PEREIRA et al., 2002). A Região Nordeste é responsável por 95% da produção nacional, sendo que o estado do Rio Grande do Norte concentra cerca de 65% da produção total brasileira, além de se destacar como um dos maiores pólos exportadores de melão do país (FERRARI et al., 2005).
Os melões pertencentes ao grupo Cantaloupensis possuem boa qualidade comercial, alto valor nutritivo, excelente fonte de vitamina A, é comercializado no mercado externo a preços elevados, representando o principal grupo de melão consumido no Hemisfério Norte (GOMES JÚNIOR et al., 2001).
Sendo artigo de consumo mundial, o conhecimento das características físico-químicas e químicas destes frutos são fatores determinantes e definitivos para uma boa comercialização. Nesse contexto, objetivou-se determinar as principais características físico-químicas e químicas do fruto melão na cidade de Campina Grande, no estado da Paraíba.
MATERIAL E MÉTODOS: No experimento utilizou-se dez melões Cantaloupe maduros, comprados no mercado público de Campina Grande-PB no mês de janeiro,realizando apenas uma coleta. Os melões foram conduzidos para o Laboratório de Armazenamento e Processamento de Produtos Agrícolas da Universidade Federal de Campina Grande. A seguir foi feita a lavagem imergindo-se os frutos em solução de hipoclorito de sódio a uma concentração de 50 ppm, com posterior lavagem em água corrente. Logo após foram descascados manualmente e despolpados em processador doméstico. Em seguida as amostras foram acondicionadas em sacos de polietileno (60g), congeladas em nitrogênio liquido (-196ºC) e armazenados em freezer (-22ºC) até o momento da realização das análises.
As amostras foram analisadas em triplicatas quanto ao teor de umidade, sólidos totais (ST), cinzas, pH, sólidos solúveis totais (SST) expressos em ºBrix, açúcares totais, redutores e não redutores e determinados segundo as metodologias do Instituto Adolfo Lutz (1985).
RESULTADOS E DISCUSSÃO: O resultado obtido para o pH do melão da variedade cantaloupe foi 6,93, bastante próximo do pH 6,83 encontrado por COELHO et al. (2003), da mesma variedade. Porém, bem superior ao relatado por SARRIAN et al (2005) que relatou um valor de 6,10 para o melão cantaloupe Vera Cruz.
Os sólidos solúveis totais do melão estudado apresentaram valor de 8,50ºBrix, mostrando-se inferior ao requerido para exportação (10ºBrix) de acordo com SOUZA et al. (2005) e próximo do valor (8,95ºBrix) relatado por GOMES JÚNIOR (2001).
Com relação ao teor de Umidade encontrado foi de 92,02%, para MENEZES (2001) que estudou a variedade Gold Mine 92,10%, mostrando que não há diferança entre tais variedades. Para os açucares não redutores, redutores e totais os valores encontrados foram respectivamente, 2,56 (% de sacarose), 2,99 (% de glicose) e 5,55 (% glicose). Sendo semelhantes aos encontrados por DAMASCEMO et al (2005) que relata valores de açúcares totais 6,40% e açúcares redutores 3,84% para a variedade melão espanhol.
Para os valores de cinzas o valor foi de 0,4863% sendo inferior ao encontrado por MENEZES (2001) que obteve o valor de 0,56%. O valor encontrado para Sólidos totais foi de 7,98.
CONCLUSÕES: De acordo com os dados obtidos e discutidos, pode-se concluir que a caracterização físico-química do melão cantaloupe comercializado em Campina Grande-PB, de maneira geral, atendeu a legislação brasileira, excetuando-se os valores de pH e sólidos solúveis ºBrix que não se encontraram dentro dos padrões.
AGRADECIMENTOS:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA:COELHO, Evando Luiz, FONTES, Paulo Cezar Rezende, FINGER, Fernando Luiz et al. 2003. Qualidade do fruto de melão rendilhado em função de doses de nitrogênio. Bragantia, Campinas, n.2, p.173-178.
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