ÁREA: Química Orgânica
TÍTULO: ESTUDO DA VISCOSIDADE NA PREPARAÇÃO DE FLUIDOS DE CORTE
AUTORES: MUNIZ,C.A.S.-UFRN; DANTAS,T.N.C.-UFRN; NETO,A.A.D.-UFRN; MOURA,E.F.-UFRN; MOURA,D.C.-UFRN; FERNANDES,J.E.A.-UFRN.
RESUMO: Fluidos de Corte são lubrificantes usados nas indústrias metal-mecânicas. Levando-se em conta a grande quantidade de óleo mineral produzido em nossa região, este trabalho objetivou e desenvolveu novas formulações usando como base, óleos naftênicos e quatro aditivos. A viscosidade foi investigada para analisar a eficiência e estabilidade dos fluidos de corte. As formulações foram preparadas a partir de um planejamento fatorial (dois a quarta) e da mistura dos aditivos ao óleo mineral, sob agitação de 700 rpm por 10 minutos, a 25ºC. Os melhores resultados de viscosidade foram obtidos quando se utilizou o emulsificante na sua menor concentração. Observou-se também que as formulações mostraram resultados semelhantes, e até melhores, quando comparados com os fluidos comerciais.
PALAVRAS CHAVES: fluidos de corte, óleos básicos e viscosidade.
INTRODUÇÃO: Com a evolução e modernização da indústria metal-mecânica tem-se observado a grande necessidade de produzir lubrificantes especiais que atendam às expectativas do mercado. Fluidos de corte são lubrificantes usados nas indústrias metal-mecânicas e possuem composições complexas, contendo agentes químicos que variam de acordo com o tipo de operação a ser executada e os metais a serem trabalhados. A Região Nordeste é considerada uma das maiores produtoras de óleos básicos para lubrificantes, destacando-se os naftênicos. São óleos básicos minerais, que se tornam emulsionáveis pela adição de agentes emulsificantes. A composição dos fluidos de corte contém outros aditivos, tais como: anticorrosivos, biocidas e antiespumantes. Apresentam grandes vantagens em relação ao equilíbrio ambiental e à saúde dos operadores que manipulam os equipamentos. Baseado nesse contexto, este trabalho propõe a preparação de fluidos de corte utilizando básicos naftênicos, visando um melhor aproveitamento do mesmo, bem como a otimização dos aditivos da formulação, com vista a melhorar a qualidade do fluido, seja do ponto de vista técnico, ambiental e da melhoria da qualidade de vida.
MATERIAL E MÉTODOS: As formulações foram preparadas com a finalidade de estudar a sua melhor composição, através de um planejamento fatorial (dois a quarta), onde foram investigadas quatro variáveis a dois níveis mínimo (-) e máximo (+). Assim, variou-se a concentração do emulsificante A (8% e 12%), anticorrosivo B (2% e 1%), biocida C (1% e 0,5%) e antiespumante D (1% e 0,5%). Esses valores foram escolhidos baseados na ficha técnica dos aditivos. O procedimento constituiu-se na adição prévia dos aditivos ao óleo. O sistema obtido foi então submetido à agitação mecânica (agitador mecânico modelo TE 139 - Tecnal) a uma velocidade de 700 rpm por um período de 10 minutos, à temperatura ambiente (25º C). As medidas de viscosidade foram realizadas empregando uma ampla faixa de cisalhamento. Tais medidas foram obtidas através do Reômetro Brookfield, Modelo DV III, durante 10 minutos, à temperatura de 40º C, visto que é a temperatura utilizada nos fluidos de corte comerciais. As formulações foram avaliadas nos dezesseis ensaios com suas respectivas duplicatas a fim de ampliar o teste estatístico e obter um modelo funcional.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os modelos matemáticos foram gerados para resposta experimental (viscosidade), cujos coeficientes foram estimados por análise de regressão linear múltipla (NUNES et al., 1994) acompanhada por análise de variância através do software Statística 5.0. De acordo com a Tabela 1 (ver anexo), pode-se observar que os ensaios 1, 3, 5, 7, 9, 13 e 15 foram os que obtiveram o seu valor de viscosidade dentro da faixa (quando comparados com os fluidos comerciais: Dromus (Shell) cuja viscosidade é 39,7 cP e OP38 (Lubrax) cuja viscosidade é 37,0 cP). Esse resultado mostra que o emulsificante (A) utilizado na sua menor concentração favoreceu a obtenção da viscosidade desejada.
CONCLUSÕES: Essas formulações apresentaram ótimos resultados nas análises de viscosidade quando comparados aos valores encontrados nos fluidos comerciais, mostrando dessa forma, que as novas formulações são semelhantes aos fluidos comerciais, e em alguns casos até melhores.
AGRADECIMENTOS:Ao CNPq e CAPES.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA:NUNES, E. C. A.; SEIDL, P. R.; FABRIANI, A. C. R. Revista de Química Industrial, 62, 695, 1994.